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    Leandro Colon

    Meirelles se mexe e tenta tirar Alckmin do radar eleitoral do governo

    04/12/2017 02h00

    Marlene Bergamo - 2.dez.17/Folhapress
    O presidente Temer entre o governador Alckmin e o ministro Henrique Meirelles (Fazenda), em Limeira (SP)
    O presidente Temer entre o governador Alckmin e o ministro Meirelles (Fazenda), em Limeira (SP)

    Uma imagem emblemática e oportuna do último sábado (2): Michel Temer no centro, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), sentado à sua esquerda, e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), à direita do presidente.

    Em entrevista publicada pela Folha nesta segunda (4), Meirelles afirma que Alckmin não pode ser o candidato do governo Temer à Presidência em 2018.

    Questionado sobre a hipótese pelos repórteres Marina Dias e Julio Wiziack, o ministro da Fazenda tenta tirar o tucano do caminho de Temer. "Uma coisa é o apoio a determinadas reformas, outra é o apoio à política econômica atual, com todas as suas medidas e consequências", diz.

    Meirelles afirma que decidirá em março se sairá candidato, mas na entrevista já adota discurso como tal. Anuncia que defenderá o legado do governo federal em caso de disputa.

    Suas palavras revelam que ele decidiu participar de vez do debate eleitoral. O chefe da economia sabe que Alckmin entrou no radar do Planalto para 2018 depois do acordo interno que o levará ao comando do PSDB.

    Em termos eleitorais, Alckmin apresenta hoje mais requisitos do que Meirelles no campo da centro-direita. Pesa contra o tucano a falta de simpatia do centrão, que sustenta a gestão de Temer, ao seu nome e ao PSDB. Conta a favor a ausência de um nome do governo com uma perspectiva mínima de competitividade.

    O ministro diz que a população começará a sentir no começo do ano a melhora econômica do país e o aumento da sensação de "bem-estar".
    Sua previsão pode se concretizar, mas não significará necessariamente um crescimento automático de seu nome nas ruas. Meirelles não passa de 2%. Segundo o Datafolha, 52% afirmam não conhecê-lo. O percentual sobe para 61% entre aqueles que ganham até dois salários mínimos.

    Escrevi neste espaço há uma semana que só um milagre fará a reforma da Previdência ser aprovada na Câmara. O mesmo parece valer para a candidatura de Meirelles decolar.

    leandro colon

    É diretor da Sucursal de Brasília. Foi correspondente na Europa, baseado em Londres, de 2013 a 2015. É vencedor de dois Prêmios Esso e de um Prêmio Folha de Jornalismo. Escreve às segundas.

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