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    Leão Serva

    Estudo mostra empresas preocupadas com mobilidade dos funcionários

    27/11/2017 02h00

    Reprodução/Twitter/RadioBandNews
    Congestionamento no cruzamento das avenidas Faria Lima e Juscelino Kubitschek, em São Paulo
    Congestionamento no cruzamento das avenidas Faria Lima e Juscelino Kubitschek, em São Paulo

    Uma pesquisa inédita, a ser lançada nesta terça-feira (27) em São Paulo, vai mostrar como as empresas se preocupam com a mobilidade de seus funcionários; feito ao mesmo tempo, um outro levantamento mostra como os funcionários percebem as ações de seus empregadores e como eles se deslocam para o trabalho.

    A pesquisa, feita para a Aberje (Associação de Jornalismo Empresarial), ouviu 155 empresas de todos os tamanhos, representantes de cerca de 10% do Produto Interno Bruto brasileiro, sendo que 6 entre cada 10 entrevistadas têm capital nacional, as demais são multinacionais.

    A pesquisa mostra que mais da metade das empresas têm programas de fretamento de ônibus para os funcionários e um percentual semelhante mantém infraestrutura de apoio para aqueles empregados que vão trabalhar de bicicleta (bicicletários e vestiários). Interessante também é o alto índice de adoção de fórmulas de home office (41%) antes mesmo das novas regras, que regulamentam esse modo de trabalho.

    O estudo "Comunicação e Mobilidade: Perspectivas Profissionais e Corporativas" foi feito por encomenda do Lab de Comunicação para a Mobilidade da Aberje, por sugestão deste colunista, ouvindo empresas associadas à entidade e profissionais em geral. Ela perguntou às empresas se mantêm atividades relacionadas à mobilidade dos funcionários, quais são e como é feita a comunicação. O outro levantamento, aberto, perguntou a funcionários de empresas como eles se deslocam, quanto tempo e custos gastam com ir e vir para o trabalho e também como percebem as ações de seus empregadores.

    Rafael Morse - 29.mar.2017/Folhapress
    Ciclista na ciclovia da Av. Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo
    Ciclista na ciclovia da Av. Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo

    Há vários anos, o Banco Mundial iniciou um projeto no Brasil buscando incentivar ações das companhias para a redução do uso do automóvel por seus funcionários. Esse foi o tema da primeira coluna neste espaço, com o título: "Melhorar o trânsito sem fazer obras".

    O programa piloto foi realizado em grandes conjuntos de escritório na avenida Marginal Pinheiros. Ele incentivava as empresas a criarem programas de carona compartilhada e apoio ao uso de bicicleta entre seus funcionários; a não pagarem estacionamento, mas trocar o incentivo por mensalidade na academia de ginástica; fretamento de ônibus para deixar trabalhadores em casa ou em estações de transporte coletivo, entre outras medidas.

    A instituição financeira internacional considera as empresas um elemento fundamental para a alteração da cultura das grandes metrópoles, excessivamente voltada para o automóvel. E aponta que programas oriundos da iniciativa privada e voltados para mudança de hábitos têm custo menor do que a produção de infraestrutura pelo poder público, reduzindo a pressão sobre o tesouro.

    A pesquisa da Aberje (terça-feira, 28/11, às 10h, na rua Amália de Noronha, 151, 6º andar, junto à estação Sumaré do Metrô), vai mostrar como as empresas caminharam nestes quatro anos.

    leão serva

    Ex-secretário de Redação da Folha, jornalista, coautor de 'Como Viver em SP sem Carro', faz pesquisas no Warburg Institute, em Londres, com o apoio da Capes. Escreve às segundas.

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