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    Leonardo Souza

    Mercadante e Gleisi Hoffmann defendem mudanças em regras trabalhistas

    05/02/2015 12h48

    O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) procuraram a coluna para afirmar que defendem as mudanças nas regras de concessão de direitos trabalhistas, como o seguro-desemprego, o abono salarial e a pensão por morte.

    Conforme publicado na coluna desta quinta (5), diversos integrantes da bancada do PT no Senado, num jantar na casa do senador Jorge Viana (AC), nesta segunda (2), colocaram-se contra alterações nas regras trabalhistas anunciadas pelo governo no final de dezembro.

    A senadora disse que houve discussões e ponderações, mas que, no conjunto, a bancada defende as alterações propostas.

    Por meio de sua assessoria, Mercadante mandou a seguinte nota para coluna:

    1) no referido jantar com a bancada do PT do Senado, na casa do senador Jorge Viana (AC), o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Aloizio Mercadante, fez defesa veemente e aprofundada das medidas de ajustes nas despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e da previdência social, da mesma forma que já havia feito, de forma pública, na ocasião de lançamento das mesmas. Na ocasião, ampla maioria dos senadores presentes garantiu apoio da bancada do PT às medidas;

    2) o ministro Mercadante reitera que as medidas propostas não envolvem perdas ou retirada de direitos trabalhistas, mas sim correções pontuais em distorções existentes. São medidas importantes para o equilíbrio das contas públicas, assim como outras que o Governo vem adotando tanto nas despesas como nas receitas.

    Por telefone, a senadora concedeu entrevista à coluna. Hoffmann, que já esteve, no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, na cadeira hoje ocupada por Mercadante, disse o seguinte: "Este é um processo mais difícil de discussão. Acaba dando um sinal de que há titubeação. E de fato, [o Mercadante] foi muito firme, inclusive enfrentou algumas discussões. A bancada fez algumas ponderações, e não contra todas as medidas. Por exemplo, em relação à pensão, todo mundo é favorável à mudança. Não é possível uma pessoa de 21 anos casar com uma pessoa mais velha e ficar com a pensão vitalícia".

    A senadora afirmou que Mercadante foi muito firme na defesa das medidas.

    Segundo ela, os membros da bancada fizeram ponderações sobre alguns pontos das medidas, como o aumento do prazo, de seis meses para 18 meses de trabalho, para a obtenção do seguro-desemprego no pedido feito pela primeira vez pelo trabalhador. E também sobre as alterações no percentual da pensão para os filhos.

    "Isso o governo está discutindo com as centrais sindicais. O governo também não é radical em dizer que não fará nenhuma mediação", disse ela. "Não há dúvida da bancada. Há ponderações a serem feitas, como essa do prazo, como a questão do percentual para os filhos na pensão. Mas são coisas mais periféricas. De resto, a bancada está muito unida em torno das medidas", afirmou.

    Na visão de um dos senadores presentes ao jantar, ouvido pela coluna, não foi bem assim. Pedindo para não ser identificado, disse que vários integrantes da bancada ficaram contra diversas medidas. Alguns mais exaltados, segundo ele, defenderam que o governo recuasse já das alterações, dado o desgaste para a imagem do partido.

    leonardo souza

    Escreveu até setembro de 2015

    Vencedor de dois prêmios Esso na Folha, atuou na cobertura de política e economia em São Paulo e Brasília.

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