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    Luciana Coelho

    Quais as suas apostas para o Emmy?

    19/09/2015 17h05

    Noite de premiação, como a deste domingo (20) de Emmy, pede apostas, e a coluna faz as suas. Mais ousadas que nos últimos anos, as indicações prometem alguma emoção em um prêmio repetitivo que parece, finalmente, buscar mais sintonia com o espectador. Escolher (e acertar), portanto, ficou mais difícil. Mas tentemos:

    Melhor série cômica: finalmente "The Big Bang Theory" não concorre, mas "Modern Family" segue no páreo e pode levar o sexto prêmio, jogando por terra o esforço de inovar. "Silicon Valley" foi a coisa mais engraçada na TV; a coluna aposta na temporada final de "Parks and Recreation" pelo conjunto da obra.

    Melhor série dramática: a belíssima "Mad Men" é favorita e deve ganhar também por ser a temporada de despedida (e que apoteose!), mas não precisava, porque já tem alguns Emmy no histórico.

    As ótimas "House of Cards" e "Orange Is the New Black" já tiveram anos melhores (ao contrário de "Game of Thrones", que está em ascensão e parece óbvio que em algum momento será coroada).

    A coluna torce para a discrição de "Better Call Saul" e para a ostentação de "Downton Abbey", que compartilham a acidez no texto. Só não dá para premiar "Homeland".

    Melhor atriz de comédia: Julia Louis-Dreyfus ("Veep" ) mereceria todos os prêmios sempre. Mas este parece ser o ano de Amy Schumer ("Inside Amy Schumer" ), e isso não é ruim. Jane Krakowski (a Jacqueline de "Unbreakable Kimmy Schmidt" ) merecia o troféu de coadjuvante -que periga ir de novo para Julie Bowen ("Modern Family").

    Melhor ator de comédia: torcida para Louis C.K. ("Louie" ), aposta em Jeffrey Tambor ("Transparent" ). Não é que a atuação de Tambor não seja excepcional; é que ele deveria concorrer na categoria drama. Entre os coadjuvantes, o Emmy deveria reconhecer que Keegan-Michael Key ("Key & Peele" ), o "tradutor de raiva" de Obama, é um gênio.

    Melhor atriz de drama: as seis concorrentes são dignas, mas Taraji P. Henson ("Empire" ), como Cookie, sequestrou a série e torna qualquer outra escolha errada. Tatiana Maslany ("Orphan Black" ) é uma azarona que agradaria a colunista. Coadjuvante: Lena Headey ("Game of Thrones" ). Só a cena da caminhada da vergonha já justifica.

    Melhor ator de drama: Bob Odenkirk ("Better Call Saul"), pelas pequenas sutilezas de um personagem escrachado. Jon Hamm ("Mad Men") é a aposta mais certeira, e seu Don Draper certamente deixa saudades. Para coadjuvante: Jonathan Banks ("Better Call Saul") ou Michael Kelly ("House of Cards"), que nos fizeram sofrer com eles.

    Melhor minissérie ou série de temporadas "avulsas": o voto vai para "Olive Kitteridge", mas "Wolf Hall" e "The Honorable Woman" são maravilhas que devem ser vistas. A aposta, porém, é na sensação "American Crime". Frances McDormand ("Olive Kitteridge") e Mark Rylance ("Wolf Hall") merecem e devem levar os prêmios de melhor atriz e ator.


    A premiação do Emmy será transmitida ao vivo pelo Warner Channel a partir das 21h deste domingo (20), com apresentação do ator Andy Samberg

    luciana coelho

    É editora de 'Mundo' e foi correspondente em Nova York, Genebra e Washington. Escreve às sextas sobre séries de TV.

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