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    Manuel da Costa Pinto

    Livro reúne textos da Antiguidade com precursores da 'literatura fantástica'

    23/10/2016 02h00

    Divulgação
    Capa do livro "Antologia Fantástica da Literatura Antiga", organizado por Marcelo Cid e publicado pela editora Ateliê
    Capa do livro "Antologia Fantástica da Literatura Antiga", organizado por Marcelo Cid

    Metamorfoses da imaginação | Inspirado por Jorge Luis Borges, o escritor, pesquisador e diplomata Marcelo Cid reuniu aqui fragmentos de textos da Antiguidade greco-romana em que se reconhecem precursores daquilo que modernamente chamamos de "literatura fantástica" (subgênero a rigor inexistente no período abrangido pela antologia). De Homero a Santo Agostinho, passando por Ovídio, Plínio, o Velho, Plutarco e Luciano de Samósata, essa coletânea traz passagens mitológicas em que se reconhecem paralelos com a Bíblia judaica, relatos de filósofos e naturalistas, além de trechos de obras ficcionais que nos permitem ler as metamorfoses da imaginação.

    Antologia Fantástica da Literatura Antiga. Organizador: Marcelo Cid. Editora: Ateliê (2016, 264 págs., R$ 65).

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    + DISCO

    Modernos sem ortodoxia | Iniciativa dos compositores Sergio Roberto de Oliveira e Rami Levin (norte-americana radicada no Rio de Janeiro), este CD apresenta recorte da música erudita brasileira contemporânea desvinculado de experimentalismos e ortodoxias. Além de obras dos idealizadores, traz peças orquestrais e com solistas de Marisa Rezende, Pauxy Gentil-Nunes e Alexandre Schubert, mesclando elementos mais líricos e expressionistas a pulsações rítmicas sob influência do nacionalismo musical.

    Orquestra Sinfônica Nacional Interpreta Compositores de Hoje. Artista: OSN-UFF; Tobias Volkman, regente; Cristiano Alves, clarineta; Aloysio Fagerlande, fagote. Gravadora: A Casa (2016, R$30).

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    + FILME

    Sarcasmo nórdico | Baseado em romance policial do norueguês Jo Nesbo, traz um caça-talentos do mundo corporativo que, baixinho e complexado, atua paralelamente como ladrão de obras de arte, para bancar o alto padrão de vida com sua bela mulher. Quando ele encontra um executivo que diz possuir uma tela perdida de Rubens e seduz sua beldade, a trama se transforma num "thriller" mirabolante com gélido (ou nórdico) sarcasmo.

    Headhunters. Direção: Morten Tyldum. Distribuidora: Nordisk Film (2011). Na Netflix.

    manuel da costa pinto

    É jornalista e mestre em teoria literária e literatura comparada pela USP. Escreve aos domingos, a cada duas semanas.

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