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    Manuel da Costa Pinto

    Documentário relembra tragédia do ataque ao jornal 'Charlie Hebdo'

    11/06/2017 02h00

    Divulgação
    Je Suis Charlie Emmanuel Leconte and Daniel Leconte, France, World Premiere, TIFF Docs On January 7, 2015, French satirical weekly Charlie Hebdo was the victim of a terrorist attack that killed 12 people, including some of the greatest French cartoonists such as Cabu, Wolinski, Charb, Tignous and Honoré. The following day a policewoman was shot dead in the street. On January 9, another attack targeted the Jewish community. Four hostages were murdered. This film pays tribute to all these victims. Filme exibido no festival de toronto. Divulgacao. ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    Cena do documentário "Je Suis Charlie"

    Esse documentário francês é uma homenagem aos cartunistas do jornal satírico "Charlie Hebdo" (Cabu, Charb, Tignous e Wolinski, entre outros) mortos por fundamentalistas islâmicos em Paris, no início de 2015. Para além da comoção nacional, que levou à maior manifestação popular na França desde o fim da Ocupação nazista, os diretores destacam como a indignação inicial logo foi dando lugar a um questionamento obsceno do direito à livre expressão. Com imagens de arquivos e entrevistas de sobreviventes do ataque (além de depoimento da filósofa Elisabeth Badinter), traz imagens de um documentário que, dez anos atrás, deixava entrever a tragédia que rondava o semanário.

    Je Suis Charlie. Direção: Daniel e Emmanuel Leconte. Elenco: Elisabeth Badinter, Cabu, Charb, Tignous e outros. Produção: Daniel Leconte/Canal + (2015). No Netflix

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    LIVRO

    Metamorfoses da carne

    Essa antologia bilíngue e em capa dura da poesia homoerótica latina reúne poemas de autores conhecidos como Ovídio, Catulo e Virgílio, e de outros menos célebres da Antiguidade romana. Cada conjunto de poemas traz apresentação erudita e acessível, desvelando a beleza erótica que transpira de versos ora elegíacos, ora orgiásticos, mas também as metamorfoses da carne numa sociedade que regia a sexualidade (e a relação entre os gêneros) por códigos próprios —prestando-se assim a relativizar os nossos.

    Por Que Calar Nosso Amores? Autor: vários. Organização e tradução: Guilherme Gontijo Flores, João Angelo Oliva Neto, Márcio Meirelles Gouvêa Júnior e Raimundo Carvalho. Editora: Autêntica (2017, 288 págs., R$ 64,90)

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    DISCO

    Beleza matemática

    Os brasileiros Ana Cecilia Tavares e Marcelo Fagerlande interpretam aqui obras de compositores barrocos escritas para duo de cravo ou transcrições para o instrumento (caso do "Concerto de Brandenburgo nº 6", de Bach). Com excelência na execução, os intérpretes ressaltam a beleza matemática do cravo, em geral preterida com o predomínio das modernas gravações ao piano de obras do período.

    Bach, Couperin, Boismortier: Originais e Transcrições. Artista: Ana Cecilia Tavares e Marcelo Fagerlande. Distribuição: Tratore (2017, R$ 28).

    manuel da costa pinto

    É jornalista e mestre em teoria literária e literatura comparada pela USP. Escreve aos domingos, a cada duas semanas.

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