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    Manuel da Costa Pinto

    'Cem Anos de Solidão' ganha nova edição para celebrar cinquentenário

    09/07/2017 02h00

    Guillermo Angulo/Harry Ransom Center/Divulgação
    Literatura: o escritor colombiano García Márquez trabalhando no livro "Cem Anos de Solidão". *** Gabriel García Márquez working on "One Hundred Years of Solitude." Photograph by Guillermo Angulo Image courtesy of Harry Ransom Center ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    García Márquez trabalhando no livro "Cem Anos de Solidão"

    Esta edição em capa dura, com imagem de um barroquismo psicodélico, comemora os 50 anos da publicação de "Cem Anos de Solidão", obra central do colombiano Gabriel García Márquez (1928-2014), prêmio Nobel de literatura de 1982.

    O volume não traz textos críticos sobre esse clássico moderno. O que é uma pena, pois poderia explicar a permanência de um romance que representa o ápice do realismo mágico latino-americano, mas que foi assumindo outras conotações a partir das diferentes leituras do universo de Macondo —o povoado fictício em que sucessivas gerações da estirpe dos Buendía encarnam o desequilíbrio da harmonia primordial.

    Cem Anos de Solidão. Autor: Gabriel García Márquez. Tradução: Eric Nepomuceno. Editora: Record (2017, 432 pág., R$ 79,90).

    *

    DISCO

    Romantismo cósmico

    O compositor russo Alexander Scriabin (1872-1915) é normalmente visto como romântico tardio ou pré-moderno. Seria mais correto ouvi-lo como mais romântico dos modernos, cujas ousadias harmônicas produzem êxtases sonoros que deveriam expressar as ambições cósmicas do artista-demiurgo.

    Entre as peças para piano interpretadas pela coreana Soyeon Kate Lee, estão a "Sonata-Fantasia" e o "Cânon", composto aos 11 anos por esse visionário.

    Scriabin: Piano Music. Artista: Soyeon Kate Lee. Gravadora: Naxos (2016, R$ 46,10, importado).

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    FILME

    Delinquência xenófoba

    Partindo do histórico ataque xenófobo a um prédio de asilados vietnamitas em Rostock (Alemanha) em 1992, o diretor Qurbani (alemão de origem afegã) monta um tríptico em que o avanço da violência é visto pelas vítimas, por um político hesitante e por seu filho, integrante da gangue que deprava o mote libertário "Nós somos jovens. Nós somos fortes" (título do filme) em delinquência neonazista.

    Wir Sind Jung. Wir Sind Stark. Diretor: Burhan Qurbani. Elenco: Trang Le Hong, Devid Striesow, Jonas Nay. Produtora: Zorro Film/UFA Fiction (2015). Na Netflix.

    A coluna "Cult" é publicada aos domingos a cada 15 dias na "revista sãopaulo".

    Bruno Santos/Folhapress
    chamada mobile da edição de 09.jul.2017 da revista sãopaulo
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    manuel da costa pinto

    É jornalista e mestre em teoria literária e literatura comparada pela USP. Escreve aos domingos, a cada duas semanas.

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