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    Mara Gama

    Lixo: Aumenta número de cidades que proíbem embalagens de isopor para comida

    17/04/2015 02h00

    A cidade de Oxford se tornou a primeira no Reino Unido a banir embalagens de poliestireno expandido (EPS, o isopor) para alimentos. Elas são o principal resíduo gerado pelas vans e carrinhos de comida que se espalham pela cidade e pelas cadeias de fast food.

    Os vendedores ambulantes vão ser obrigados a usar recipientes biodegradáveis. A iniciativa tenta reduzir a quantidade de isopor que a cidade envia para os aterros sanitários. Em entrevista ao jornal "The Independent", um dos líderes do Partido Trabalhista local, Bob Price, disse que a mudança é significativa para a melhoria do ambiente das ruas. Ele acredita que outras cidades vão seguir o mesmo rumo.

    Em janeiro, Nova York (EUA) também decidiu banir as embalagens de EPS em restaurantes, cantinas de escolas e também na comida de rua. Mas a proibição só começa a valer em julho. Ela entra em vigor por um período de carência de seis meses, durante o qual as empresas não serão ainda multadas, e depois começa a valer o sistema de multas.

    Com a medida, a cidade espera deixar de depositar em aterros, ruas e vias navegáveis cerca de 30 mil toneladas desse tipo de resíduo. Mais de 70 cidades nos Estados Unidos, incluindo Washington, San Francisco e Seattle já baniram esse tipo de embalagem.

    Em São Paulo, a prefeitura orienta a enviar as embalagens de isopor para a reciclagem, junto com os plásticos. O EPS não é biodegradável, mas é reciclável. Apesar de não ser interessante para catadores e cooperativas, porque ocupa muito espaço e não tem bom preço no mercado dos resíduos, ele pode ser tratado nas centrais mecanizadas da cidade e ser usado de insumo para o cimento.

    A encrenca é se for jogado junto com o lixo comum. Estima-se que leve cerca de 150 anos para ser totalmente degradado. Como outros plásticos, ele se quebra em micropartículas, que podem cair na cadeia alimentar de peixes e outros bichos do mar. Ou seja, informe-se com a prefeitura de sua cidade. Se existe esse tipo de reciclagem, envie para o local apropriado depois de usar. Se a sua cidade não recicla, melhor nem comprar.

    mara gama

    É jornalista com especialização em design, roteirista e consultora de qualidade de texto.
    Escreve às sextas.

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