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    Mara Gama

    China tem maior fazenda de energia solar do mundo e lidera setor

    17/02/2017 02h00

    Stringer - 09.jan.17 /Reuters
    Pessoas fazem exercício em meio a nuvem de poluição em Zhengzhou, na China
    Pessoas fazem exercício em meio a nuvem de poluição em Zhengzhou, na China

    A agência de energia chinesa anunciou que a Longyangxia Dam Solar Park, que fica na província de Qinghai, é a maior fazenda solar do planeta. O parque consumiu cerca de 6 bilhões de yuans (R$ 2,690 bilhões) e está sendo construído desde 2013.

    Com capacidade de produção de 850 megawatts, pode suprir a necessidade de energia de até 200 mil famílias.

    A produção de energia solar segue crescendo na China e o país é hoje o principal investidor em energia limpa do mundo.

    A orientação na direção de um caminho mais verde vem sendo comemorada pelos ambientalistas que lutam pela diminuição das emissões de carbono e pelo cumprimento das metas firmadas no Acordo de Paris em 2016. Afinal, a China tem o pior índice de poluição do ar do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.

    Greg Baker - 31.dez.16/AFP
    Jovens usam máscaras por conta da poluição em Pequim, na véspera do Ano-Novo
    Jovens usam máscaras por conta da poluição em Pequim, na véspera do Ano-Novo

    Em dezembro passado, dez cidades apresentaram péssima qualidade do ar, levando o governo a pedir que milhões de chineses ficassem em casa a fim de evitar danos à saúde causados pela poluição.

    A agência de energia chinesa afirma que até 2020 pretende gastar mais de US$ 360 bilhões em fontes de energia renováveis, como solar e eólica, cortando emissões de carbono e criando 13 milhões de empregos. Para 2030, o país prometeu aumentar a quantidade de energia proveniente de combustíveis não-fósseis para 20% do total.

    A busca pela mudança da composição energética não é tão recente e tem interesses variados. Ser líder no setor pode garantir segurança estratégica. E também traz oportunidades de exportação de tecnologias de baixa emissão de carbono para países da África, sul da Ásia e América Latina.

    E, além disso, pode tornar a China referência positiva num momento em que o mundo assiste o atual presidente americano desmontar e atacar a luta contra o aquecimento global.

    mara gama

    É jornalista com especialização em design, roteirista e consultora de qualidade de texto.
    Escreve às sextas.

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