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    Marcia Dessen

    Saiba para que servem os índices e o que eles medem

    20/01/2014 03h00

    Você está comprando um imóvel e quer saber se o preço pedido pelo vendedor é justo, se está alto ou baixo.

    Alugar aquele apartamento que você gostou e aceitar o valor do aluguel pedido pelo proprietário é um bom negócio? O desempenho do seu fundo multimercado em 12 meses foi de 7,4%.

    Você celebra ou critica o gestor? Se você vender hoje sua carteira de ações, terá um ganho de capital de 6%. Foi bom ou poderia ter sido melhor?

    Os índices existem para nos ajudar a responder a perguntas como essas. Eles permitem comparar a evolução do seu patrimônio, avaliar a competência dos gestores profissionais que você remunera e tomar decisões assertivas de investimento.

    Além de indicadores econômicos amplamente divulgados, como a taxa DI, a taxa Selic (juro básico) e os índices de inflação, existem diversos índices que ajudam a medir e avaliar os mercados de renda fixa, renda variável e de imóveis, por exemplo.

    RENDA FIXA

    O IMA (Índice de Mercado Anbima) é uma família de índices que representa a evolução da carteira de títulos públicos federais a preços de mercado. O IMA-Geral calcula a média ponderada dos retornos diários dos índices específicos, atrelados a determinados indexadores: prefixados (IRF-M), IPCA (IMA-B), IGP-M (IMA-C) e taxa Selic (IMA-S).

    Para atender a diferentes perfis de maturidade de carteiras, o IRF-M e o IMA-B são ainda segmentados segundo o prazo: IRF-M1 (menos de um ano) e IRF-M1+ (maior ou igual a um ano); IMA-B5 (menor que cinco anos) e IMA-B5+ (maior ou igual a cinco anos).

    RENDA VARIÁVEL

    Os índices da BM&FBovespa são indicadores de desempenho de um determinado grupo de ações. Existem os índices amplos, como o Ibovespa e o IBrX, e os setoriais, como o Índice de Energia Elétrica (IEE) e o Financeiro (IFNC), além dos índices de sustentabilidade (ISE), de governança, e de segmento, como o de dividendos (Idiv).

    Editoria de Arte/Folhapress

    Nem sempre o Ibovespa, índice mais conhecido no mercado, é o melhor parâmetro para avaliar o desempenho de sua carteira. Também não é o único que revela como o mercado se comportou nos últimos meses.

    Localize o índice mais aderente ao perfil da sua carteira de ações para analisar periodicamente a evolução do patrimônio e tomar decisões relacionadas a manter, vender e comprar ações.

    IMÓVEIS

    Os índices que medem a variação de preços do mercado imobiliário são mais recentes e representam referências necessárias para acompanhamento desse mercado.

    O Fipe Zap (Índice Fipe Zap de Preços de Imóveis Anunciados) é o primeiro indicador com abrangência nacional que acompanha os preços de venda e locação de imóveis no Brasil.

    A Fipe considera apenas os anúncios de apartamentos e leva em conta a localização (bairro), o número de dormitórios e a área útil.

    É calculado com base nos anúncios publicados na página do Zap Imóveis, que também oferece estatísticas do mercado imobiliário por bairro em que possui ofertas e para todos os tipos de imóvel (apartamentos, casas, imóveis comerciais etc.).

    O IGMI-C (Índice Geral do Mercado Imobiliário Comercial), criado pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), tem o objetivo de avaliar a rentabilidade dos investimentos em imóveis comerciais no Brasil.

    O Ifix (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários BM&FBovespa) mede o desempenho de uma carteira composta por cotas de fundos imobiliários negociados nos ambientes administrados pela Bolsa.

    Essas cotas são selecionadas pelo volume negociado e ponderadas nas carteiras por seu valor de mercado total (número total de cotas emitidas multiplicado por sua última cotação em mercado).

    O IVG-R (Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados), criado pelo Banco Central, registra o valor das garantias dos financiamentos imobiliários concedidos para pessoas físicas, mostrando como evoluiu o preço dessas garantias.

    A tabela ao lado reúne o desempenho de alguns índices ao longo de 2013. É curioso observar que o resultado varia bastante dependendo do ângulo e do foco de observação. Ajuste a sua lente para melhor analisar seus investimentos.

    marcia dessen

    É planejadora financeira pessoal, diretora do Planejar e autora do livro 'Finanças Pessoais: o que Fazer com Meu Dinheiro'. Escreve às segundas.

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