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    Márcio Rachkorsky - Marcio Rachkorsky

    Furtos em áreas comuns de condomínios perturbam síndicos

    DE SÃO PAULO

    26/10/2014 01h30

    Os síndicos estão extremamente preocupados com a explosão de furtos nos condomínios e precisam do apoio dos moradores para combater este crime, que gera prejuízos e sensação de impotência e insegurança.

    A situação é mais grave em prédios novos e de grande porte, com fluxo grande de moradores e visitantes, além de prestadores de serviços.

    Além do furto de objetos pessoais, tais como bicicletas e celulares, assusta o crescimento do furto de itens das áreas comuns, tais como bicos de mangueira de incêndio, fiação e objetos de decoração.

    Por exemplo, em um condomínio recém inaugurado, com seis torres e quase 700 apartamentos, existem 83 obras em andamento. Lá, circulam mais de 350 funcionários das obras todos os dia, sem contar entregadores e instaladores. A fiscalização deste batalhão é impossível.

    Diante dos constantes furtos e depredações, o condomínio fará uma pesada arrecadação extraordinária para contratar mais postos de segurança e instalar mais câmeras.

    No condomínio-clube em que meus filhos moram, foi inaugurada uma pista de skate, que virou febre entre os jovens. Em uma semana, meu filho de viu desaparecer um moletom seu num dia e noutro teve a mochila revirada, faltando-lhe o celular e o fone de ouvido. O síndico teve de proibir a entrada de visitantes e investirá em câmeras.

    Em outro edifício, com dez anos de funcionamento, todas os bicos das mangueiras de incêndio sumiram. Imediatamente o material foi reposto, a um custo total de R$ 8.000. Dias depois, quase tudo foi novamente furtado.

    Além do prejuízo financeiro, preocupa a questão de segurança em caso de incêndio.

    A polícia dificilmente consegue ajudar nos casos de furtos em condomínios, e os boletins de ocorrência acabam engavetados. Não há como acusar ninguém sem provas e os bandidos podem ser os próprios moradores, seus empregados, prestadores de serviços ou visitantes.

    Assim, o segredo é contar com a atenção e cooperação de todos os moradores, que devem debater o tema com seus familiares e funcionários, já que a solução não depende apenas de câmeras e sistemas de segurança, mas sim de conscientização e atenção redobrada.

    márcio rachkorsky

    É advogado, especialista em condomínios. Presidente da Associação dos Síndicos de SP e membro da Comissão de Direito Urbanístico da OAB-SP. Escreve aos domingos,
    a cada duas semanas.

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