• Colunistas

    Monday, 06-May-2024 18:02:39 -03
    Márcio Rachkorsky - Marcio Rachkorsky

    Seja um vizinho agradável e faça do seu prédio o melhor lugar para se viver

    31/12/2017 02h00

    Ufa, acabou o ano! Nos prédios, assim como nos demais campos, 2017 foi tenso, estranho e duro. Morar em condomínio requer habilidade extrema para compartilhar espaços e decisões com os vizinhos, que nem sempre têm a mesma educação, os mesmos hábitos e, pior, as mesmas expectativas que você.

    No ano que se inicia, três palavras serão fundamentais para a busca da harmonia nos condomínios –e vale fazer uma rápida reunião familiar para garantir que todos de casa estejam comprometidos.

    A primeira palavra é gentileza, seja ao encontrar um vizinho (ou funcionário) e cumprimentá-lo, ao reclamar de algo sem ofender o síndico e os funcionários ou então ao oferecer ajuda e ideias à administração, em vez de apenas criticar.

    Karime Xavier/Folhapress
    SÃO PAULO / SÃO PAULO / BRASIL -07/04/2016 -13 :00h - Fotos do empreendimento Jaguaré Quartier Residence, da incorporadora PDG, para matéria do caderno Morar sobre prédios econômicos com áreas de lazer amplas. ( Foto: Karime Xavier / Folhapress) . ***EXCLUSIVO***IMÓVEIS
    Edifícios na região do Jaguaré, na Zona Oeste de São Paulo

    A segunda palavra que devemos ter em mente é consciência. O morador precisa assumir o seu papel e participar das assembleias, respeitar a vontade da maioria e cumprir as regras do regulamento interno e os procedimentos de segurança.

    Ser mais consciente inclui desde não fazer muito barulho, sobretudo após as 22h, até estacionar o carro direito na vaga, tomar cuidado ao abrir as portas do veículo e não segurar o elevador.

    A última palavra de ordem para 2018 é tolerância. É preciso tolerar os barulhos normais que seu vizinho faz, porque uma família produz ruídos cotidianamente –e muita sensibilidade também atrapalha.

    Devemos ser compreensivos com síndicos e conselheiros, que têm uma dura missão e às vezes tomam decisões impopulares e indigestas. E temos que ter paciência com as pequenas falhas cometidas pelos funcionários, sobretudo os porteiros, que estão sob constante pressão. Por fim, é necessário tentar entender os vizinhos mais fechados, que às vezes são apenas quietos, e não mal educados.

    Parece tudo muito simples e óbvio, mas o turbilhão de preocupações do cotidiano nos faz esquecer dessas atitudes elementares, que nos tornam pessoas melhores e vizinhos mais agradáveis. Em 2018, faça do seu condomínio o melhor lugar para viver.

    márcio rachkorsky

    É advogado, especialista em condomínios. Presidente da Associação dos Síndicos de SP e membro da Comissão de Direito Urbanístico da OAB-SP. Escreve aos domingos,
    a cada duas semanas.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024