Na semana passada, a notícia da demissão de Plínio Martins Filho do cargo de diretor da Edusp pegou o mercado de surpresa -até porque o projeto da editora sob seu comando era tido como bem-sucedido. A explicação é que a reitoria tem planos para um novo projeto, que já foi encomendado ao conselho editorial da casa. Entre os pontos levantados pelo conselho, está o desejo de que a Edusp passe a produzir livros mais baratos, uma das questões em que a editora era criticada, e entre no mercado de e-books. Há ainda a intenção de abrir novas livrarias próprias, em campi no interior de São Paulo e fora do ambiente universitário. O conselho estuda também uma forma de abrir as livrarias da Edusp nos fins de semana, o que não é possível com uma equipe de funcionários concursados. "A editora da Universidade de Brasília costumava ter uma loja no aeroporto, que era responsável por grande parte do seu faturamento", diz o diplomata Rubens Ricupero, presidente do conselho editorial.

Diário de Anne Frank

Até agora, nenhuma grande editora quis pagar para ver se "O Diário de Anne Frank" entrou ou não em domínio público. Pois a primeira a publicar o livro sem o aval da AFF (Anne Frank Fonds), fundação detentora dos direitos da obra, é a pequena Todolivro, de Blumenal (SC), que acaba de lançar uma versão infantil do diário.

Segundo o registro ISBN do título, a autora da adaptação é Suelen Katerine Andrade Santos, com ilustrações feitas pelo Belli Studio.

A dúvida sobre o diário se deve ao fato de que toda obra entra em domínio público 70 anos depois da morte do autor, caso de Anne. Mas a AFF argumenta que Otto Frank, pai da menina, tem direitos autorais como organizador do livro e, portanto, a obra só cai em domínio público nos 70 anos da morte dele, em 2.050.

	Eloar Guazzelli/Divulgação
	Ilustração de Eloar Guazelli para a nova edição de "Reinações de Narizinho" (Globinho) mostra a personagem de Monteiro Lobato ao acordar com um peixe caminhando em seu nariz, antes de ir para o Reino das Águas Claras

Editora olímpica

A Casa da Palavra, do grupo Leya, venceu a seleção para editar as publicações dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

Ao todo, serão cinco títulos oficiais: o "Livro de Atividades", o "Livro dos Mascotes Vinicius e Tom" (para o público infantil) e uma edição revista e ampliada do "Almanaque Olímpico", de Marcelo Barreto e Armando Freitas. Este, editado em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil.

As obras chegam em junho às livrarias e às lojas oficiais dos Jogos. Nem a Casa da Palavra nem o Comitê Rio 2016 revelam o valor do negócio.

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Guerra santa Buemba, buemba. Aconteceu na Casa do Rio Vermelho, em Salvador, onde Jorge Amado viveu. Elvis, fêmea da trupe de cágados do local, animal querido de Xangô no candomblé, derrubou na quarta (16) a cachaça oferecida a Exu, protetor do local.

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Guerra santa 2 Não satisfeito, o quelônio ainda bebeu meia garrafa da pinga do orixá. Com medo diante do sacrilégio, os funcionários foram consultar uma mãe de santo, mas foram tranquilizados. "Era o Exu de Xangô que precisava beber", disse a mãe. A cachaça do orixá já foi reposta. Elvis passa bem.

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Grana A Pauliceia Literária acaba de receber autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 703 mil. O evento deve acontecer em setembro.

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Originais Acabou a seleção Temporada de Originais da editora Grua. Os felizardos foram o romance "O Experimento Gabriel", de Maurício Limeira, e o volume de contos "Teta Racional" (isso mesmo), de Giovana Madalosso.

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Originais 2 Só dois livros foram eleitos, diferentemente da edição anterior, quando foram escolhidos quatro. Pelas regras, é preciso haver consenso entre o júri, que só chegou a um acordo sobre Limeira e Madalosso.

painel das letras

por Maurício Meireles

Maurício Meireles é jornalista especializado na cobertura de literatura, mercado editorial e políticas de livro e leitura. Escreve aos sábados.