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    Maurício Meireles

    Com marido candidato à ABL, Helena Severo dá cargo a mulher de imortal

    03/09/2016 02h00 - Atualizado às 09h37 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    Há um conflito de interesses na nomeação da nova diretora-executiva da FBN (Fundação Biblioteca Nacional). O cargo será ocupado por Célia Portella, mulher do imortal da ABL (Academia Brasileira de Letras) Eduardo Portella.

    A questão é que o ex-ministro da Cultura Francisco Weffort concorre à vaga de Ivo Pitanguy na ABL. E Weffort é marido de Helena Severo, atual presidente da FBN.

    Conhecido por sua influência, Eduardo Portella é um dos principais fazedores de reis na Academia. A nomeação de sua mulher
    ainda não foi publicada no Diário Oficial, mas ela já tem circulado pela FBN nas últimas semanas.

    Procurado, o Ministério da Cultura diz que Célia é uma "profissional competente" e já ocupou o mesmo cargo na gestão de Muniz Sodré. Eduardo Portella afirma ser amigo de Helena Severo e de Weffort há muito tempo e lembra que Celia é "doutora pela UFRJ".

    "Não sou fazedor de reis. O ego lá é tão grande que ninguém tem voto de ninguém. Só tenho o meu mesmo e olhe lá. O que eu sou é pé quente", ri o imortal, destacando que Sodré foi candidato à ABL em 2010 e não teve seu voto.

    Divulgação
    Zelia Gattai na CAsa do Rio Vermelho 1992. Foto: Acervo Zelia Gattai/Fundacao Casa Jorge Amado/Divulgacao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
    A escritora Zélia Gattai em 1992, na Casa do Rio Vermelho, em Salvador, em foto no livro 'Zélia Gattai e a Imigração Italiana' (Edufba), de Antonella Rita Roscilli

    Dilma em livro

    O escritor pernambucano José Luiz Passos incluiu, no começo desta semana, o último discurso de Dilma, feito segunda (29) no Senado, em seu novo romance, "O Marechal de Costas" (Alfaguara), que sai em outubro. Passos, aliás, tem incluído discursos da presidente deposta no romance desde 2012.

    O livro alterna a história de uma cozinheira, que participa dos protestos de 2013, e do Marechal Floriano, vice que assumiu a presidência em 1891. Floriano ficou conhecido como o "marechal de ferro", por reprimir protestos como a Revolta da Armada e a Revolução Federalista.

    Passos em volta Aliás, o livro anterior do autor, "O Sonâmbulo Amador", aparece em primeiro plano no filme "Aquarius", de Kleber Mendonça, retirado de uma prateleira.

    É golpe? Para Caetano Veloso, sim. O compositor assina o prefácio da nova edição de "A Máquina de Fazer Espanhóis" (Biblioteca Azul), de Valter Hugo Mãe, e fala em golpe "em câmera lenta, levando o tempo necessário para fingir ser um processo legal".

    Mujica A Melhoramentos e o El País do Uruguai fecharam acordo para distribuir livros de Ziraldo no país, em bancas e por assinatura. A ideia é botar na rua até 70 mil exemplares.

    painel das letras

    por Maurício Meireles

    painel das letras

    Maurício Meireles é jornalista especializado na cobertura de literatura, mercado editorial e políticas de livro e leitura. Escreve aos sábados.

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