A ABL (Academia Brasileira de Letras) prepara para julho uma homenagem à cadeira 41 (uma cadeira imaginária, já que a ABL só tem 40 vagas). A ideia, de Ana Maria Machado, é celebrar escritores que nunca entraram para a instituição.

A primeira será Júlia Lopes de Almeida, uma das fundadoras da ABL, que, na hora da eleição, foi preterida pelo marido, um poeta de menor expressão apelidado de Alfacinha. Na lista, também estão Lima Barreto, Clarice Lispector e Lúcio Cardoso. Quem discute a obra de Júlia é Luiz Ruffato.

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	Imagem do caderno de fotos da nova edição de 'Clarice - Uma Biografia', de Benjamin Moser, que será relançada pela Companhia das Letras

Troféu Demorou, mas finalmente foi marcada a cerimônia de entrega do Prêmio Camões a Raduan Nassar. Será dia 17 de fevereiro, no Museu Lasar Segall, em São Paulo. E o autor de "Lavoura Arcaica" estará presente para recebê-lo.

Agência Com a saída de Ana Paula Hisayama da Agência Riff para abrir uma nova casa com ex-editores da Companhia das Letras, quem vai para seu lugar é Eugênia Ribas Vieira.

Agência 2 Vieira havia deixado, há um mês, o comando do selo Globo Alt, na Globo Livros. Antes, foi editora durante seis anos na Rocco. Ela ficará baseada no Rio de Janeiro.

Casa nova E mais uma editora nova chega ao mercado. É a Olho de Vidro, de Marcelo Del'Anhol, que trabalhou durante 12 anos na Positivo. Entre os livros previstos, estão uma edição de poemas de Gabriela Mistral e "Se os Tubarões Fossem Homens", de Bertolt Brecht.

Salve, Jorge Vai sair do papel o Festival Literário no Pelourinho, sonho antigo de Myriam Fraga, diretora da Fundação Casa de Jorge Amado morta há um ano. O Ministério da Cultura autorizou a captação de R$ 1,5 milhão para o projeto, que já arrecadou R$ 350 mil. O evento acontecerá de 10 a 13 de agosto, mês do aniversário de Jorge Amado.

A rua Não é só no Brasil que os protestos de 2013 ecoaram. A editora americana Little, Brown comprou os direitos de "Feast Days", de Ian MacKenzie, que se passa durante as manifestações. O livro, que ainda está sendo escrito, será lançado em 2018.

Imperatriz A Leya publica em maio "D. Leopoldina - A História Não Contada", de Paulo Rezzutti, que tenta dar um outro ponto de vista sobre a imperatriz. O autor argumenta que ela foi uma estrategista fundamental na independência do Brasil. O livro se baseia em documentos inéditos, como o diário de uma condessa que acompanhou a vinda de Leopoldina de Viena até o país, em 1817.

painel das letras

por Maurício Meireles

Maurício Meireles é jornalista especializado na cobertura de literatura, mercado editorial e políticas de livro e leitura. Escreve aos sábados.