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    Mercado Aberto

    Compra da Marítima pela Yasuda Seguros é aprovada

    10/05/2013 03h00

    A compra do controle acionário da Marítima Seguros pela Sompo Japan Insurance, por meio de sua subsidiária Yasuda Seguros, foi aprovado pelos órgãos reguladores do Brasil: o Cade, a ANS e, por último, a Susep.

    Falta ainda a aprovação do Financial Services Agency, o órgão regulador do Japão.

    Para aumentar a participação para 88,2% das ações da Marítima Seguros, a Yasuda aportou cerca de R$ 200 milhões. Em 2009, a seguradora já havia adquirido 50% das ações ordinárias por aproximadamente R$ 336 milhões.

    As marcas continuarão a operar de forma separada.

    Em princípio, a gestão também permanece como está.

    "A nossa meta agora é crescer 20% em cada seguradora, cada uma em sua especialidade", afirma Luiz Macoto, vice-presidente da Yasuda.

    O forte da Marítima são os seguros individuais (automóveis e residências), além do seguro saúde, que também atende empresas.

    Toda a operação de saúde será feita apenas pela Marítima, uma vez que a Yasuda não opera nessa área.

    "O DNA da Yasuda é o seguro corporativo, como o de frotas e de ativos de empresas, segundo Macoto.

    "Em 2012, a Marítima já havia crescido 15%. Para este ano, temos a meta de 20%, uma expansão linear em todos os segmentos, acima dos 15% projetados para o mercado", diz Francisco Caiuby Vidigal Filho, diretor-presidente da Marítima Seguros.

    R$ 413,8 milhões foram os valores pagos (prêmio líquido) pelos segurados à Yasuda Seguros em 2012

    R$ 27,7 milhões foi o lucro líquido da empresa

    R$ 1,7 bilhão foi o resultado consolidado em prêmio do grupo Marítima no ano passado

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    Lupa no leite

    Após a prisão de um grupo suspeito de colocar ureia em leite no Rio Grande do Sul, a secretaria estadual de Agricultura decidiu fazer mudanças na cadeia produtiva.

    A pasta quer que a indústria de envase tenha controle mais rígido das transportadoras autônomas que recolhem leite com produtores rurais.

    Oito pessoas ligadas a cinco empresas foram presas anteontem sob a suspeita de que adicionavam água e ureia no produto antes que fossem levados às indústrias.

    Dessa forma, lucravam com o volume a mais que era vendido, segundo as investigações. A ureia, composta por formol, disfarçava a perda nutricional nas fiscalizações.

    Hoje, segundo a secretaria de Agricultura, a indústria terceiriza o serviço sem acompanhar todo o processo nem assumir responsabilidade sobre eventuais problemas das transportadoras contratadas.

    Propostas de mudanças ainda precisam passar pela câmara que reúne entidades do setor no Estado.

    O sindicato da indústria de laticínios diz em nota que o setor se empenha para ter produtos de alta qualidade.

    4 marcas tiveram lotes adulterados, segundo o Ministério da Agricultura: Italac, Líder, Mumu e Latvida

    100 milhões de litros é a estimativa de leite transportado entre abril de 2012 e maio de 2013 pelas empresas suspeitas

    600 mil litros de leite tiveram a adulteração comprovada

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    Distribuidora de remédios investe R$ 20 mi em centro logístico

    A Genésio A. Mendes, empresa catarinense que faz distribuição de medicamentos, vai investir R$ 20 milhões em um centro de logística em Santa Cruz do Sul (cerca de 160 quilômetros a oeste de Porto Alegre).

    O Rio Grande do Sul é o principal mercado da companhia. O Estado gera 50% do faturamento, mas é atendido pelo centro de distribuições de Santa Catarina.

    "Trabalhamos com a ideia de que o empreendimento ajudará a aumentar a receita no Estado em 50% dentro de cinco anos ", afirma Luís Augusto Nuernberg, diretor da empresa.

    O galpão terá capacidade para armazenar até 3 milhões de unidades de medicamentos e perfumes por mês, segundo Nuernberg.

    As obras devem começar no final de julho. O cronograma prevê que elas sejam concluídas até o segundo semestre de 2014.

    No ano passado, a Genésio A. Mendes teve um faturamento de R$ 700 milhões.

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    Senhora Petrobras

    A Petrobras começa a divulgar hoje uma enorme campanha em comemoração aos seus 60 anos.

    Os anúncios vão frisar que a produção no pré-sal sairá de 300 mil barris ao dia para um milhão em 2017 e que o investimento até lá será de US$ 236 milhões.

    "Filmamos mais de 150 funcionários da empresa, com cinco equipes de gravação. Fomos às cinco regiões do país e gravamos em mais de 20 cidades brasileiras", diz Flavio Medeiros, diretor de criação da Heads Propaganda, do Rio de Janeiro, responsável pelo trabalho.

    A presidente Graça Foster não aparece na campanha.

    Após tratar do momento atual da Petrobras, as peças contam a história de pessoas que trabalham na companhia, como a primeira mulher a comandar um navio brasileiro, Hildelene Lobato Bahia.

    Os anúncios serão veiculados em quase 300 jornais, 200 rádios e nas principais emissoras em todo o país, segundo Medeiros.

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    Sem fúria no escritório

    O valor dos aluguéis de imóveis corporativos de alto padrão em São Paulo subiram 18,7% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2012, segundo pesquisa da consultoria Cushman & Wakefield.

    Na comparação com os últimos três meses do ano passado, a variação foi de 0,5 ponto percentual.

    "Houve um momento de fúria no mercado, mas agora a tendência é de redução nos preços, mesmo com essa alta registrada", afirma Marcelo da Costa Santos, vice-presidente da Cushman para a América Latina.

    A média do metro quadrado ficou em R$ 120,1 ao mês.

    "A projeção até o final deste ano é de pouca variação no valor. Caso ocorra, será para baixo. Acredito que o mercado atingiu um bom preço", diz o executivo.

    A região da Faria Lima, onde o metro quadrado custa cerca de R$ 190, é a mais cara da capital. Em segundo lugar, aparece o Itaim, com R$ 149,84 em média.

    Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress

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    Revolta das ferramentas

    O Sinafer (sindicato da indústria de ferramentas de São Paulo) conseguiu suspender na Justiça a obrigação de que empresas do setor informem o valor de importações em suas notas fiscais.

    A decisão provisória, prevista para ser publicada hoje no "Diário da Justiça" do Estado, libera as 2.400 indústrias associadas ao sindicato de seguirem uma norma definida pelo Senado em 2012.

    A obrigação passou a valer no dia 1º. Para o Sinafer, divulgar o valor de importação permitiria identificar a margem de lucro das empresas e suas estratégias comerciais.

    "[A medida] é apenas a exposição de um dado que fere completamente o sigilo comercial, previsto em lei", afirma o presidente do Sinafer, Milton Pessôa Rezende.

    Outros setores tiveram decisões judiciais semelhantes.

    A Resolução 13 do Senado estabelece alíquota de 4% do ICMS em todos os Estados para bens importados.

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    Contratos Cerca de R$ 95 milhões em negócios foram fechados nas rodadas de negócios da Apex-Brasil durante a Apas 2013, feira de supermercados que terminou ontem na cidade de São Paulo.

    Música Paraty (RJ) será incluída na Mimo, festival de música, neste ano. Ouro Preto (MG) e Olinda (PE) também recebem o evento. Na cidade pernambucana, a última edição movimentou R$ 8 milhões.

    Com LUCIANA DYNIEWICZ, RONALDO PASCHOALINO e FELIPE LUCHETE

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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