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    Mercado Aberto

    Projeto de lei deve alavancar zonas de exportações no país

    10/07/2013 03h00

    Foi aprovado ontem no Senado um projeto de lei que aumenta de 20% para 40% a parcela das mercadorias produzidas nas zonas de processamento de exportações (ZPEs) que pode ser vendida no mercado interno.

    O projeto ainda precisa passar pela Câmara, mas já anima o setor. Hoje, das 24 ZPEs autorizadas pelo governo, apenas duas têm alfandegas e podem operar.

    As regras atuais, que obrigam a exportação de 80% das mercadorias, foram estabelecidas em 2008 -antes 100% da produção deveria ser embarcada-, mas não chegaram a impulsionar o setor.

    "O volume que pode ficar no mercado nacional ainda pequeno. Quase não há empresas no Brasil que possam vender 80% para fora, ainda mais com crise no exterior", diz o presidente da Abrazpe (associação brasileira das ZPEs), Helson Braga.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Dez zonas correm risco de perder sua autorização ainda neste mês por causa do atraso nas obras -a legislação dá um prazo para que as construções sejam iniciadas.

    "Algumas não têm revelado interesse, como a de Rio Grande, que foi extinta pelo governo do Rio Grande do Sul."

    Outras, porém, atraem a atenção de políticos. Boa Vista é uma dessas. A prefeitura do município entrou com pedido para prorrogar o prazo de instalação da zona.

    "A cidade é um local estratégico. Quem de instalar ali poderá exportar para Venezuela e Caribe", diz Brasa.

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    Seguro incorporado

    A Tokio Marine Seguradora S.A. incorporou a Tokio Marine Brasil Seguradora S.A.

    A companhia passou a ter uma única razão social, Tokio Marine Seguradora S.A., já autorizada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

    A seguradora tornou-se uma única companhia, mais robusta, para otimizar custos, sistemas, documentação e processos, segundo José Adalberto Ferrara, presidente da empresa.

    "Separadas, tínhamos alguns problemas operacionais", afirma Ferrara.

    "Uma atendia mais seguro para pessoa física e a outra, frotas. Muitas vezes as oficinas faturavam o conserto de um carro para a seguradora indevida, o que atrasava pagamentos e gerava reclamação", acrescenta.

    "A junção simplifica o trabalho interno e o reporte à Susep. Passaremos a divulgar um único balanço, a ter uma contabilidade só e aplicações financeiras concentradas", afirma.

    A unificação mantém inalteradas as coberturas e as demais condições dos seguros contratados pelos clientes, de acordo com o executivo.

    R$ 2,6 bilhões deverá ser a receita bruta da companhia neste ano

    R$ 30 milhões é o lucro previsto para o primeiro semestre de 2013

    50 mil é o número de funcionários da empresa em todo o mundo

    35 é o número de países onde a seguradora atua

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    Dinheiro de água

    O Pará fechou junho como o Estado recordista em recursos recebidos de usinas hidrelétricas: R$ 9,8 milhões foram para os cofres paraenses como compensação do uso de seus recursos hídricos.

    Minas Gerais, que liderava a lista no mesmo mês do ano passado, ganhou R$ 7,5 milhões, conforme balanço da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

    Editoria de Arte/Folhapress

    Em terceiro lugar está o Paraná (em junho de 2012, o terceiro colocado era Goiás).

    No total, 698 municípios de 22 Estados, além do Distrito Federal, somaram R$ 132 milhões no último mês.

    As concessionárias destinam 6,75% do valor da energia produzida a título de compensação financeira. São 95 empresas pagadoras.

    A arrecadação é distribuída entre municípios atingidos por reservatórios (45%), Estados (45%) e órgãos ligados à União (10%).

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    No mercado vizinho

    O Santander lançou um programa de bonificação cujo objetivo é fidelizar o cliente no pagamento com cartões e estimular o uso das maquininhas da própria companhia.

    A meta é ampliar a participação da instituição financeira no mercado de adquirência --empresa que faz a comunicação da transação entre lojas e a bandeira do cartão.

    Hoje o Santander tem 4,8% desse mercado.

    No Itaú Unibanco, o serviço de adquirência é feito pela Redecard.

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    Desperdício reduzido

    As concessionárias brasileiras de saneamento precisariam investir R$ 18,5 bilhões nos próximos 17 anos (cerca de R$ 1,1 bilhão anualmente) para reduzir em 50% as perdas de água.

    Os números são de levantamento feito pela GO Associados, a pedido da International Finance Corporation, instituição de financiamento do Banco Mundial voltada ao setor privado.

    Hoje, o desperdício é de 40%. Com o aporte, ficaria em 18,7% -ainda acima da média dos países desenvolvidos, que varia de 10% a 15%.

    Problemas de vazamento e de fraudes no sistema de medição de gasto de água são as principais fontes de perda do setor, segundo Gesner Oliveira, sócio da consultoria.

    "O investimento de R$ 18,5 bilhões aumentaria o arrecadamento das concessionárias. Ele geraria recursos que pagariam o próprio aporte."

    A pesquisa foi realizada com 52 empresas de saneamento do país, que atendem cerca de 70% da população.

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    com LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE LUCHETE e LEANDRO MARTINS

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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