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    Mercado Aberto

    Plano de saúde é o 3º desejo, diz pesquisa

    05/08/2013 03h00

    Ter um plano de saúde é o terceiro maior desejo dos brasileiros, depois da casa própria e da educação, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

    A qualidade do atendimento foi apontada como a principal razão para desejar ter um plano de saúde por 47% dos entrevistados. Para 39%, a saúde pública é precária e não se quer depender do SUS. A segurança de ter o plano para se sentir tranquilo em caso de doença foi lembrada por 18%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Para Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS, os resultados indicam crescimento da saúde suplementar no Brasil nos próximos anos.

    "Menos de 25% da população brasileira contava com esse benefício no fim do ano passado", diz.

    "Existe o potencial de crescimento, mas a mais médio prazo o que deve ocorrer é o contrário porque infelizmente o aumento de custo é muito alto, de 15% ao ano." No ano passado, a variação foi de 16,4%.

    "O custo é elevado e o produto para quem não o tem ainda é caro. Os planos grandes não conseguem atender, por exemplo, em algumas áreas do país, nos prazos mínimos de agendamento de consultas e exames", afirma.

    "Por isso, a tendência é de os planos se concentrarem nas regiões metropolitanas", acrescenta. O Datafolha entrevistou 3,32 mil pessoas, entre beneficiários e não beneficiários, em oito regiões metropolitanas.

    Zé Carlos Barreta - 1.out.2012/Folhapress
    Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do instituto
    Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do instituto

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    Associação terá câmara para mediar conflitos de propriedade

    A ABPI (Associação Brasileira da Propriedade Intelectual) vai iniciar em setembro as atividades de uma câmara de mediação para solucionar conflitos entre empresas.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A proposta é buscar acordo amigável em questões como marcas, patentes, softwares e franquias e, com isso, evitar que as disputas parem no Judiciário.

    "Além de dar mais agilidade, a mediação reduz os custos causados por um conflito desse tipo", afirma o presidente da associação, Luiz Henrique do Amaral.

    No ano passado, a entidade já havia lançado uma câmara para auxiliar na disputa envolvendo nomes de domínio na internet.

    Desde então, o órgão atuou em 11 processos. As divergências nesses casos têm sido solucionadas em um prazo médio de 90 dias.

    O ganho de tempo é um dos principais benefícios da mediação, segundo Mônica Guise Rosina, professora de direito da FGV, especialista em propriedade intelectual.

    "Se o caso vai parar na Justiça, a demora, na maioria das vezes, deixa o negócio da empresa parado, à espera de solução", afirma.

    A resolução de uma disputa de propriedade no Judiciário pode levar até uma década, afirma a advogada.

    Além da iniciativa da ABPI, o próprio Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Intelectual) lançou neste mês um serviço de mediação que começou pelas marcas, mas que deve chegar às patentes

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    EUA atraem interesse de executivos brasileiros

    O número de empresas brasileiras que buscaram informações sobre a abertura de negócios nos Estados Unidos à Câmara Americana de Comércio aumentou de 22 em 2010 para 131 em 2012.

    Com 84 empresas, o primeiro semestre de 2013 teve uma alta de 20% ante o mesmo período do ano passado.

    "O PIB americano está seis vezes maior do que o brasileiro. Além disso, abrir uma empresa nos Estados Unidos leva dias, enquanto no Brasil pode levar meses", diz o presidente, Gabriel Rico.

    Werter Padilha, CEO da empresa de TI Sawluz, participou de duas missões comerciais da câmara para conhecer o mercado americano antes de se instalar na Flórida.

    "A maioria dos nossos clientes são montadoras estrangeiras. Estando lá, a comunicação é facilitada", diz.

    A diretoria da Genuína Lindoya, envasadora de água mineral, escolheu o Estado de Connecticut para inaugurar uma sede depois de fazer análises de mercado.

    "A operação é tão mais simples que quase compensa fechar as unidades no Brasil e passar a exportar dos Estados Unidos para cá", diz o presidente, Martin Ruette.

    Como a burocracia americana é diferente da brasileira, porém, é essencial conhecer as leis locais antes de ir para o outro país, diz Carolina Joop, sócia do escritório Demarest.

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    Grid de largada

    A XP Gestão passa a oferecer a partir deste mês um fundo de investimentos que destinará 50% de sua receita líquida ao Instituto Ayrton Senna.

    A carteira do fundo XP Instituto Ayrton Senna FIC FIM será composta por cerca de cinco fundos da XPG de diversas classes como renda fixa, renda variável e multimercados.

    A aplicação inicial mínima será de R$ 3 mil. A taxa de administração ficará em 2,75% ao ano, sem cobrança de taxa de performance.

    Parte da receita dessas taxas oriundas de cada um dos fundos investidos pelo XP IAS, será repassada para o Instituto Ayrton Senna, que é uma organização sem fins lucrativos.

    A XP será a gestora do fundo, que é o seu primeiro produto com esse perfil.

    A expectativa da empresa é de captar R$ 50 milhões já no primeiro ano do fundo de investimentos.

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    Galpões Logísticos

    A OCC Empreendimentos investe R$ 80 milhões em dois projetos logísticos -um em Salvador (BA) e outro em Campinas (SP).

    Ambos são galpões para fundos de investimento imobiliário destinados à locação, com área total de 42 mil metros quadrados. As obras começarão em dezembro.

    "Esses tipos de empreendimentos são os de maior rentabilidade e de menor ociosidade e atendem, sobretudo, à indústria e ao agronegócio", diz o presidente da OCC, Marcelo Oliveira.

    O CEO vendeu parte de sua participação na PW Construções para criar a companhia no começo do ano.

    Em 2014, a empresa vai executar R$ 200 milhões na construção de shopping centers, parques logísticos e prédios corporativos, com base em projetos sustentáveis.

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    Mídia... Mais de 20% das crises corporativas retratadas na imprensa do país no primeiro semestre de 2013 foram por problemas financeiros e questões contábeis, segundo a agência de comunicação Imagem Corporativa.

    ...observadora As crises operacionais ficaram em segundo lugar. Os setores de alimentos e de petróleo foram os mais afetados, com 11% das ocorrências cada um. Foram registradas 780 crises empresariais em 14 jornais e revistas.

    Bairros... A Cipasa Urbanismo investiu R$ 165 milhões em seis empreendimentos que serão lançados até o final deste ano.

    ...planejados Cada unidade tem potencial de venda de R$ 60 milhões. A empresa calcula lançar 44 projetos nos próximos 24 meses.

    Lucros... O X-Games, evento esportivo que aconteceu em Foz do Iguaçu (PR) em abril, injetou R$ 40 milhões na economia local.

    ...radicais As competições, que duraram quatro dias, arrecadaram R$ 2,3 milhões em bilheteria, segundo a BSB, empresa de negócios esportivos.

    Aniversário... A Emirates comemora cinco anos da estreia do avião A380 na empresa, que transportou 18 milhões de pessoas no período.

    ...nas alturas Outras nove companhias aéreas também utilizam o mesmo modelo de aeronave, como a Air France e a alemã Lufthansa.

    Unidade nova A empresa Limppano, do Rio de Janeiro, vai construir um laboratório de pesquisa focado em produtos para a higienização de banheiros.

    Copo cheio O segmento de uísques "super premium" do Chivas teve alta de 26% em vendas no país. Neste mês, o Brasil recebe 1.150 garrafas de uma edição limitada.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e CLARA VELASCO

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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