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    Mercado Aberto

    Segunda empresa deixa superlaboratório criado com o apoio do governo federal

    26/09/2013 03h00

    O superlaboratório Orygen, criado em maio do ano passado para produzir medicamentos biotecnológicos (feitos com células vivas) considerados estratégicos pelo governo federal, teve sua segunda baixa.

    Dessa vez, foi a farmacêutica Cristália que deixou a joint venture. No começo deste ano, o laboratório Libbs anunciou sua saída. Restam agora Biolab e Eurofarma.

    A coluna apurou que a ruptura não foi amigável e decorreu de atritos entre as sócias na gestão da companhia. A Orygen informou que a decisão foi de comum acordo.

    Biolab e Eurofarma passam a ter 50% de participação cada uma. Elas confirmaram que continuarão com a estratégia inicial, que inclui aporte de cerca de R$ 500 milhões na construção de uma fábrica e no desenvolvimento de produtos. Com a cisão, no entanto, o projeto deve atrasar.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O foco de trabalho da Orygen são quatro medicamentos usados no tratamento de câncer e de artrite reumatóide, cujos mercados movimentam R$ 2 bilhões por ano no país.

    O governo é praticamente o único comprador desses remédios e apoiou a criação do superlaboratório para tentar diminuir seu deficit no setor --hoje só multinacionais fabricam as drogas.

    A ideia inicial era formar uma única joint venture com oito farmacêuticas. Desavenças acabaram gerando dois grupos: Orygen e Bionovis.

    *

    Sem pausa para o café

    O Fran's Café planeja entrar no mercado de Santa Catarina em 2014 e retornar ao Pará, à Bahia, ao Espírito Santo e ao Maranhão --Estados onde as unidades da empresa fecharam.

    Ao todo, a rede de cafés deve abrir entre 22 e 26 pontos. "A maioria franquias, principalmente fora de São Paulo, já que fica difícil administrar de longe", diz o sócio Henrique Ribeiro.

    A empresa também pretende focar sua expansão em aeroportos. Em Viracopos, uma loja já foi aberta e a segunda está em obras. Há negociações para Fortaleza, Brasília e Cumbica.

    "Queremos ir para quase todos os aeroportos do país. Se conseguirmos três ou quatro já será bom."

    O preço da locação de espaço nos terminais não interfere nos planos, diz Ribeiro.

    Nas lojas de aeroportos, entre 18% e 22% do faturamento é destinado ao aluguel. Nas unidade de rua e de shoppings, o valor varia de 8% a 12%. "No shopping, o custo é menor, mas as vendas também."

    R$ 165 milhões
    é o faturamento esperado para este ano

    150
    é o atual número de lojas

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    Seguradoras recuperaram R$ 340 mi em fraudes em 2012

    As seguradoras recuperaram cerca de R$ 340 milhões no ano passado em fraudes comprovadas no pagamento de sinistros, segundo levantamento que a CNseg (Confederação Nacional de Seguradoras) divulga amanhã.

    O montante corresponde a 1,2% dos R$ 28 bilhões que foram pagos pelas empresas em indenizações em 2012.

    Editoria de Arte/Folhapress

    As suspeitas de fraudes, no entanto, chegaram a 7,8% do total desembolsado.

    "Quando as fraudes são detectadas, as seguradoras precisam seguir uma série de critérios ao negar uma indenização, para não serem penalizadas pela Justiça e pelo órgão regulador", afirma Leonardo Girão, da CNseg.

    Com 55% de participação, os seguros de carros lideram os sinistros. Também ocupam o primeiro lugar em fraudes suspeitas e confirmadas.

    As principais tentativas detectadas são inversão de responsabilidade, falso comunicado de roubo ou furto e simulação de batida ou incêndio.

    "As fraudes impactam no crescimento da sinistralidade e isso aumenta o valor do seguro, trazendo prejuízos diretos ao consumidor."

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    Aluguel em baixa

    O valor dos aluguéis de imóveis corporativos de alto padrão em São Paulo caiu 6,5% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2012, revela pesquisa da consultoria Cushman & Wakefield.

    A média do metro quadrado ficou em R$ 137,20 ao mês.

    As regiões Faria Lima e Itaim foram as que registraram as maiores quedas --9% e 7%, respectivamente.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "O mercado sofreu uma expansão repentina na oferta e nos preços desses imóveis e agora está em um período de ajuste, que deve continuar no segundo semestre", afirma Marcelo da Costa Santos, vice-presidente da consultoria.

    A Vila Olímpia apresentou a maior taxa de escritórios vazios, com 28,96%.

    "Essa região tem uma distorção de preço e um excesso de oferta, além do gargalo de infraestrutura", diz.

    As áreas com menores taxas de disponibilidade foram as de Itaim (6,45%), Berrini (7,02%) e Paulista (7,63%).

    "Abaixo de 10% é considerado um mercado ainda muito bom para o proprietário."

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    Perfil do chefe

    O número de egressos do ensino superior privado que ocupam cargos de chefia --gerência, diretoria e presidência-- em empresas cresceu, aponta pesquisa do Semesp (sindicato das universidades privadas).

    Os resultados mostram que o porcentual de oriundos do ensino privado em posições de gerência passou de 81%, em 2002, para 95% em 2012.

    No mesmo período, a presença desse grupo em postos de direção saltou de 69% para 87%. O aumento mais substancial foi registrado entre os presidentes das companhias: 86%, no ano passado, ante 66% em 2002.

    Foram ouvidos 1.422 profissionais de grandes, médias e pequenas empresas presentes em 80 cidades do Estado de São Paulo.

    "A vocação das privadas é formar para o mercado", diz Rodrigo Capelato, presidente da instituição.

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    Sorvete... A Kibon, marca de sorvetes do grupo Unilever, inaugura hoje sua primeira loja própria no país. A unidade será aberta no shopping Eldorado, na capital paulista.

    ...personalizado O modelo de venda permite aos clientes personalizar os sorvetes e já foi adotado em outros países, como Alemanha, Portugal, Espanha e Holanda.

    Giro britânico Após visitar oito cidades do Brasil, o "road show" do Consulado-Geral Britânico atraiu 14 empresas que vão ao Reino Unido para avaliar possíveis negócios no país. A missão terá 19 executivos.

    Coleção de troféus Embraer e Vale lideram o ranking das empresas mais transparentes, segundo avaliação da Anefac (associação de executivos de finanças) em parceria com Fipecapi (instituto da USP) e Serasa Experian.

    Energia... Uma pesquisa sobre biocombustíveis e energia alternativa será desenvolvida a partir de 2014 em uma iniciativa conjunta do Instituto Baker da Universidade Rice, em Houston (EUA), da Uniesp e da Brasilinvest.

    ...em pesquisa O engenheiro Anderson Jucá, especialista em energia e em assuntos regulatórios do setor, teve o projeto selecionado. A cadeira do programa no Instituto Baker leva o nome de Mario Garnero, da Brasilinvest.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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