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    Mercado Aberto

    Lei do Estágio precisa mudar, afirma presidente do CIEE

    07/10/2013 03h00

    A Lei do Estágio, que completou cinco anos, precisa ser reformulada e ampliar o prazo máximo de dois anos para os contratos, de acordo com Luiz Bertelli, presidente do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola).

    Um projeto de lei -criado em 2009- que propõe o aumento para três anos do tempo de estágio em uma mesma empresa tramita na Câmara dos Deputados.

    Parado desde maio na Comissão de Educação, deve ser apreciado até o fim deste ano.

    Caso seja aprovado nessa comissão, o projeto de lei ainda deve passar por outras três: a de Trabalho, Administração e Serviço Público, a de Finanças e Tributação e a de Constituição e Justiça.

    Com a expansão do período, cresce a absorção de conhecimento do estudante, o que o torna um profissional mais capacitado, de acordo com o presidente.

    Além disso, o estagiário deve poder escolher se prefere permanecer mais um ano em uma mesma companhia.

    "Os legisladores achavam que se o jovem ficasse dois anos em uma empresa e depois passasse por outra, ele poderia ter experiências variadas. Na prática, isso não ficou muito evidenciado", argumenta o executivo.

    O presidente do CIEE defende ainda o aumento da jornada máxima diária do estudante na empresa das seis horas atuais para sete.

    "A partir do momento em que o estagiário passou a trabalhar seis horas, caiu o valor da bolsa-auxílio. Essa é uma reclamação generalizada por parte dos estudantes", afirma o presidente.

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    Confiança baixa

    O consumidor americano está menos confiante em outubro, aponta relatório da empresa de pesquisa Ipsos.

    Neste mês, o índice que mede confiança em relação à economia chegou a 50,7 pontos -0,4 a menos do que o registrado em setembro.

    Entre os cinco quesitos que compõe o indicador, houve aumento apenas no que avalia a opinião sobre o mercado de trabalho: de 60,1 em setembro para 60,2 em outubro.

    A menor parte (cerca de 15%) dos entrevistados acredita que irá perder o emprego nos próximos seis meses.

    A maior queda -de 80,3 pontos no último mês para 76,3 em outubro- aconteceu no subindicador de inflação.

    A variação reflete a percepção de que os preços estão subindo em ritmo menor do que o antecipado, diz a pesquisa.

    Os americanos, no entanto, estão menos propensos a realizar investimentos, como mostra a queda de 44,1 pontos no último mês para 43,2 em outubro. A diminuição é reflexo da discussão em torno do orçamento federal, conclui o levantamento.

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    Fôlego a mais

    O teto maior do FGTS para a compra de imóveis deve ajudar a indústria de materiais de construção a atingir a meta de crescimento de 4% neste ano -antes considerada pelo setor "difícil" de alcançar.

    "Estávamos bastante preocupados em não conseguir devido ao atraso no segmento de infraestrutura, que sofreu com o adiamento de concessões", diz Walter Cover, presidente da Abramat (associação que reúne as indústrias).

    Editoria de Arte/Folhapress

    Apesar de o mercado imobiliário residencial responder por apenas 15% do setor, a medida irá aquecer a área de reformas e incrementar as vendas do varejo, que correspondem a metade do volume de negócios.

    Para alcançar os 4% de expansão real, a indústria precisa avançar de 4,5% a 5% ao mês. O levantamento de agosto, porém, indicou alta de 3,2%.

    No ano seguinte à última atualização do valor do imóvel para compras com o FGTS, em 2009, o setor registrou uma elevação de 14,4% -a mais alta da série histórica.

    Naquela ocasião, a medida foi autorizada para ajudar a combater a crise.

    "Foi extremamente positivo, pois estávamos sofrendo com os impactos da crise externa e reagimos bem com as medidas."

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    Motores a todo vapor

    Como parte de um investimento de US$ 32 milhões, a empresa GE Transportation vai passar a produzir no Brasil motores de locomotivas que rodam em trilhos de menor largura.

    A fabricação, que será baseada em Contagem (MG), começa no próximo ano.

    O maquinário terá o dobro da capacidade de tração em relação a um motor de corrente contínua.

    Atualmente, no país, são 23 mil quilômetros de ferrovias com tais características.

    Outros componentes, como plataformas e cabines, também serão desenvolvidos pela equipe de engenheiros da instalação mineira.

    De acordo com a empresa, o desenvolvimento do motor integra estratégia de nacionalização para a América Latina, iniciada em 2008.

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    Ativos... A Apsis Consultoria, que presta serviços de avaliação de negócios e operações de compra e venda de ativos, planeja a abertura de representações em Fortaleza e Joinville (SC).

    ...em alta Hoje com escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo, a empresa tem uma carteira de aproximadamente 600 clientes.

    Tempos... A Líder Interiores, de móveis e decorações, investirá R$ 8 milhões na automatização de sua fábrica, em Carmo do Cajuru (MG). A expectativa da marca é crescer de 15% a 20% nos próximos anos.

    ...modernos A companhia também pretende expandir sua atuação no Nordeste e avalia a abertura de loja própria na região.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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