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    Mercado Aberto

    Empresa investirá R$ 350 mi em shoppings no Sul

    15/10/2013 03h00

    A Partage, empresa de investimento imobiliário acionista do laboratório Aché, investirá R$ 350 milhões na implantação de dois novos shoppings no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

    As unidades -as primeiras da companhia na região Sul- serão construídas em Rio Grande (RS) e Criciúma (SC).

    O projeto gaúcho, que já tem 73% da área bruta de locação contratada, segundo a empresa, terá também uma torre com escritórios e hotel.

    A previsão de entrega do empreendimento é para o primeiro semestre de 2015.

    "Rio Grande não tem grandes opções para lazer e compras e está crescendo muito com os investimentos no porto", afirma Ricardo Baptista, sócio do grupo.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Criciúma foi escolhida devido à localização estratégica. "É uma cidade-polo, com cerca de 200 mil habitantes, que recebe diariamente moradores dos municípios próximos e que não tem um grande centro comercial", diz.

    A atuação do grupo, no entanto, não se limita a regiões de médio porte. Existem atualmente unidades em São Gonçalo (RJ), Campina Grande (PB) e Betim (MG).

    "Não focamos em cidades com 200 mil habitantes ou carentes de shopping, vamos muito mais pelas oportunidades que o local oferece."

    O objetivo da empresa não é construir empreendimentos populares, mas democráticos, de acordo com o executivo.

    "Buscamos reunir lojas diversificadas que atendam a todas as classes sociais."

    O grupo estuda fechar contratos em mais duas outras cidades ainda neste ano, possivelmente nas regiões Sudeste e Nordeste.

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    Novos ventos

    Após investir R$ 100 milhões, a joint venture formada entre a dinamarquesa LM Wind Power e a brasileira Eólice inaugura hoje uma fábrica em Pernambuco, no complexo industrial de Suape, que produzirá pás eólicas.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A planta tem capacidade para fabricar até mil peças por ano, mas já há projetos para expandi-la, de acordo com Romualdo Monteiro de Barros, presidente do conselho administrativo da LM Wind Power do Brasil.

    "Vamos aguardar o próximo ano para definir [o início da ampliação]", diz.

    A companha já fechou alguns contratos. "A LM tem clientes em todo o mundo. Alguns deles estão presentes no país. É natural que fabriquemos para eles."

    A unidade de Suape começou a ser construída em novembro do ano passado. As operações estão previstas para serem iniciadas na última semana deste mês.

    De início, a mercadoria será vendida internamente, mas há a intenção de exportar.

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    Cama e negócios

    O grupo Senpar e a Solbrasil vão construir em Itu (SP) um complexo formado por hotel com 343 apartamentos e centro de convenções para 2.000 pessoas. O local terá bandeira Novotel, da Accor.

    A estrutura ficará ao lado do condomínio Terras de São José, desenvolvido pelo grupo Senpar nos anos 1970.

    Karime Xavier/Folhapress
    Cesar Federmann, sócio-diretor da Sempar
    Cesar Federmann, sócio-diretor da Sempar

    O valor do investimento não foi divulgado. Um Novotel um pouco menor ainda em obras em Belo Horizonte, no entanto, foi estimado em R$ 80 milhões.

    "O empreendimento vai ter vantagem competitiva, pois estará perto de grandes centros, como São Paulo, Campinas e Sorocaba", diz Cesar Federmann, sócio-diretor da Senpar.

    "O mercado de convenções no entorno de São Paulo ainda tem uma demanda não atendida", afirma Carlos Alberto Camargo, diretor-presidente da Solbrasil.

    Será o maior hotel de eventos da Accor no interior paulista, segundo Abel Castro, da rede hoteleira.

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    À espera de definição

    Técnicos da EPE, da Aneel e da Cesp reuniram-se ontem para mais uma rodada de negociações sobre a usina de Três Irmãos.

    Decretado o fim da concessão da usina pelo governo federal, a Cesp manteve a operação de Três Irmãos.

    A companhia, porém, contesta o valor de R$ 1,7 bilhão da indenização pelos investimentos não amortizados que, pelos cálculos da empresa, eram de R$ 3,5 bilhões e hoje já alcançam R$ 3,8 bilhões.

    O assunto foi discutido na semana passada em encontro do secretário estadual de Energia de São Paulo, José Aníbal, com o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, em Brasília. Um novo leilão está marcado para janeiro.

    "Minha expectativa é que nesta semana tenhamos acesso às contas do governo federal para, então, negociar o pagamento do que é devido ou eventualmente daquilo que possa ser objeto de disputa judicial", afirma Aníbal.

    "Enquanto isso, estamos operando e fazendo a manutenção da usina. Nada como abrir números para se saber o que são considerados ativos não amortizados."

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    Custo com trabalho no país cresce 46% de 2006 a 2012

    O custo com trabalho para produzir uma mercadoria no Brasil aumentou 45,7% entre 2006 e 2012, de acordo com pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

    Nos cinco anos anteriores, o crescimento havia ficado em 27,3%.

    A expansão dos salários e a valorização do real foram os principais fatores que alavancaram a alta.

    "Na primeira metade da década, a produtividade havia registrado incremento maior que os salários. Nos anos seguintes, houve uma inversão", diz o economista da CNI Renato da Fonseca.

    "Se o deslocamento entre remuneração e produtividade é temporário, não há problema. Pode ser uma recuperação do período anterior. Mas não é o que está acontecendo", afirma.

    "Com o mercado de trabalho aquecido, os crescimentos dos salários são superiores e contínuos."

    O custo elevado de produção do país reduz a competitividade das empresas.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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