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    Mercado Aberto

    Faturamento da indústria farmacêutica cresce 16%

    16/12/2013 09h15

    A indústria farmacêutica nacional fechou os 12 meses encerrados em novembro com alta de 16% no faturamento e de 12% em unidades vendidas, segundo dados do IMS Health, que audita o setor em todo o mundo.

    No período, o faturamento alcançou R$ 57 bilhões. Só os medicamentos genéricos foram responsáveis por uma receita de R$ 13,5 bilhões -23,7% do total.

    O resultado anual do mercado brasileiro deverá apresentar números semelhantes.

    O crescimento na casa dos dois dígitos vem na esteira do baixo nível de desemprego do país, de acordo com o presidente do Sindusfarma (sindicato do Estado de São Paulo), Nelson Mussolini.

    "Pessoas que estão trabalhando cuidam melhor da saúde. Qualquer problema, podem ir à farmácia ou ao pronto-socorro. O segmento de planos de saúde também tem se beneficiado com isso", afirma o executivo.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Apesar da expansão, Mussolini afirma que as farmacêuticas estão perdendo rentabilidade em decorrência do preço da mão de obra e da carga de tributos.

    Enquanto o preço médio dos remédios subiu 4,5% neste ano e 3,7% em 2012, o salário do trabalhador avançou 8,5% e 8%, respectivamente.

    "Os custos pressionam. Com a venda em alta, não é possível cortar gastos com profissionais. As companhias podem acabar precisando reduzir seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento," acrescenta.

    A desvalorização do real também prejudica o setor, que importa grande parte da matéria-prima.

    "Além da depreciação cambial, o preço dos insumos aumentou no exterior. A elevação é de cerca de 30% nos últimos dois anos."

    A entidade prevê alta entre 12% e 14% para 2014.

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    DESPOLUIÇÃO NA CADEIA

    A demanda por parte de empresas que querem realizar auditoria jurídico-ambiental em sua cadeia de fornecedores aumentou nos escritórios de direito do país.

    A exigência para que as empresas sejam ecologicamente corretas e as decisões de tribunais de responsabilizarem poluidores indiretos em caso de danos ambientais têm elevado a procura.

    "Hoje, por exemplo, é considerado responsável quem não impediu a poluição ou a instituição financeira que concedeu um empréstimo para a companhia que desenvolveu uma atividade prejudicial ao meio ambiente", diz Marise Hosomi, sócia do Demarest Advogados.

    No escritório Braga Nascimento e Zilio, a demanda cresceu principalmente neste ano, segundo o sócio Luiz Paulo Fazzio.

    "As multinacionais já tinham essa cultura de mapear riscos na cadeia produtiva. Agora, empresas de médio e pequeno porte também estão nos consultando sobre o assunto", diz.

    "Elas precisam se adequar para serem fornecedoras de outras companhias."

    ENERGIA BOA

    A eficiência energética será cada vez mais decisiva para a rentabilidade das indústrias, segundo um levantamento da EIU (Economist Intelligence Unit).

    O preço da energia será o principal motivador para se investir em eficácia nos próximos anos, segundo 57% dos executivos de empresas com fábricas entrevistados.

    "A energia corresponde a 50% ou 60% do nosso custo", disse um executivo indiano do setor de pneus.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Na alocação de recursos em energia mais produtiva, 35% das pessoas ouvidas citaram o desejo de melhorar a imagem da companhia e ligá-la à preocupação com o ambiente.
    Entrevistados podiam mencionar até três fatores.

    O estudo concluiu que as indústrias têm focado em melhores práticas na gestão da energia, mas ainda não combinam esse compromisso com investimentos.

    A pesquisa foi feita na América do Norte, na Ásia-Pacífico e na Europa ocidental com 317 executivos, diretores em sua maioria.

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    CONSUMO GERMÂNICO

    O poder de compra dos consumidores alemães crescerá 2,85% em 2014 na comparação com o resultado registrado neste ano, de acordo com a consultoria GfK.

    O valor médio anual per capita disponível para gastos deverá passar dos € 20,6 mil (cerca de R$ 66 mil) de 2013 para aproximadamente € 21,2 mil (R$ 67,9 mil) em 2014.

    O montante corresponde à renda líquida obtida pela população, incluindo subsídios que são recebidos do governo, como pensões, auxílio desemprego e abonos.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Com a alta estimada, a expectativa é que os alemães terão um ganho real em 2014, pois a inflação projetada para o ano é de 1,7%.

    Apesar do avanço geral, o estudo aponta uma discrepância no poder de compra dos moradores de diferentes regiões do país.

    Hamburgo deverá ter a maior média per capita, com € 23,5 mil (R$ 75,3 mil).

    O Estado de Saxônia-Anhalt, por sua vez, ficará com o desempenho mais baixo: € 17,3 mil (R$ 55,4 mil) anuais para cada pessoa.

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    EMPREGO NA COPA

    Profissões ligadas aos segmentos de marketing e infraestrutura estarão em alta no Brasil em 2014, segundo estudo da empresa de recrutamento Michael Page.

    Planejamento comercial e engenharia do orçamento são alguns dos serviços demandados durante o ano da Copa do Mundo e das eleições.

    "Os jogos movimentarão as vendas no país, associado às eleições, período em que historicamente o volume de obras de infraestrutura é muito maior", afirma João Nunes, diretor da Michael Page.

    Geofísica e geologia também estão na lista, devido à expectativa da indústria de petróleo para 2014, de acordo com Nunes, além da atividade de atuário.

    "O mercado de seguros está em um bom momento."

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    *Sociedade... * O escritório de direito Souza, Cescon, Barrieu & Flesch anuncia três novos sócios. A banca tem mais de 200 advogados.

    ...legal Os advogados Marina da Silva Prado e Darkson Galvão atuam em direito societário, fusões e aquisições e "private equity". O terceiro novo sócio, Ramon Castilho, por sua vez, é tributarista.

    Diploma... O Instituto Life, reconhecido pela CDB (Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica), criou uma certificação para distinguir organizações que desenvolvem programas voltados à conservação.

    ...conservado A intenção é fazer com que empresas busquem a certificação e reduzam o impacto ambiental produzido por meio de ações compensatórias, que podem beneficiar ONGs do país.

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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