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    Mercado Aberto

    Importação de máquinas deve ter nova queda

    14/03/2014 03h00

    O setor de importação de máquinas e equipamentos deve ter mais um ano com fraco volume de negócios em consequência da queda dos investimentos privados prevista pela Abimei (associação que reúne o setor).

    Estudos encomendados pela entidade apontam que os investimentos em 2014 devem ficar entre 16,5% e 17% do PIB. A média histórica nacional é de 18%, mas o valor considerado ideal é de 20%.

    "A medida que o montante de aportes em capital fixo se reduz, cai também o volume de importação de maquinário", afirma o consultor econômico da associação, Otto Nogami.

    Editoria de arte/Folhapress

    A Copa e seus decorrentes feriados e o Carnaval tardio estão entre os fatores que influenciarão negativamente o resultado do setor neste ano. As eleições também afetarão.

    "Elas fazem as empresas postergarem os investimentos. As companhias ficam em compasso de espera para ver se algo irá mudar."

    Em 2013, o setor já registrou queda de 10%. No ano anterior, a retração havia sido de 17%.

    "É preciso que os resultados melhorem para que os negócios de 2014 pelo menos se igualem aos de 2013", afirma o presidente da Abimei, Ennio Crispino.

    "A desvalorização do real não tem sido um empecilho, mas a situação econômica do país está deixando o empresário receoso", diz.

    Fabio Braga - 6.set.2012/Folhapress
    Ennio Crispino, presidente da entidade
    Ennio Crispino, presidente da entidade

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    Novos medicamentos

    A Bahiafarma (órgão público da Bahia de pesquisa e distribuição de medicamentos) vai investir R$ 13 milhões para produzir dois genéricos contra a asma.

    O projeto será desenvolvido em parceria com a farmacêutica Natulab, que vai aportar mais R$ 12 milhões.

    Os recursos serão para ampliação da fábrica, compra de equipamentos e importação de tecnologia de empresas italianas e argentinas.

    A planta industrial da Natulab vai aumentar dos atuais 6.000 m² para 50 mil m².

    Os dois genéricos devem custar até 35% menos do que os produtos de marca, segundo o presidente da Natulab, Marconi Sampaio.

    Parte da produção será distribuída pelo SUS e o restante será comercializado. A intenção é começar a vender a partir do segundo trimestre de 2015. "Um dos objetivos principais da companhia é disponibilizar medicamentos para as classes C, D e E", afirma Sampaio.

    R$ 180 milhões foi faturamento da Natulab em 2013

    950 é o número de funcionários da empresa

    200 é a quantidade de produtos já lançados

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    Investidor internacional

    O HSBC lança um fundo internacional para clientes do varejo. Com a melhora do cenário global, a desvalorização do real e a alta nas Bolsas americanas, cresceu o interesse por aplicações no mercado internacional.

    O fundo HSBC Multimercado Global será destinado a investidores qualificados (com R$ 300 mil ou mais), que poderão diversificar em 20% a sua carteira em mercados internacionais. O restante ficará em fundos conservadores.

    A taxa de administração é de 0,7% ao ano (não inclui a taxa de fundos em que o produto invista).

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    Negócios com lazer

    Passado o Carnaval, a indústria de turismo aposta nas viagens de negócios e na Copa do Mundo para estimular o setor.

    Na cidade de São Paulo, as feiras movimentam em torno de R$ 3 bilhões ao ano, segundo o São Paulo Convention & Visitors Bureau. Estão previstos 82 eventos neste ano.

    O Rio de Janeiro espera gerar US$ 443 milhões (R$ 1 bilhão) em 2014 com o turismo de negócios, alta de 78% em relação a 2013.

    "Iniciaremos também campanhas para o lazer nos fins de semana", afirma Alfredo Lopes, presidente do Rio Convention & Visitors Bureau.

    Em Pernambuco, o mercado de eventos técnicos e científicos estará em alta.

    "As visitas de profissionais como médicos, professores e pesquisadores vão liderar", diz o presidente da companhia de estímulo ao turismo de Recife, Bruno Herbert.

    Em Natal (RN), a expectativa é que o segmento movimente R$ 150 milhões.

    Editoria de Arte/Folhapress

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    Confiança recorde

    O otimismo do consumidor americano apresentou uma tendência de melhora neste mês após registrar retração em fevereiro, segundo um estudo da consultoria Ipsos.

    O índice que mede o humor ficou em 51,8 em março, um crescimento de 1,4 ponto em relação ao mês anterior.

    editoria de arte/folhapress

    O indicador varia de zero a cem -a confiança é maior quando o índice é mais alto. O patamar é considerado elevado pela consultoria.

    A recuperação foi puxada pelo subíndice emprego, que registrou o maior patamar dos últimos seis anos: 62,5 pontos. Antes, a melhor performance havia sido em janeiro (61,9).

    Em fevereiro, porém, houve uma queda decorrente do fim de empregos temporários, de acordo com relatório da consultoria.

    A esperança dos americanos em relação à inflação subiu dois pontos e chegou a 78,7 neste mês -a maior elevação apresentada pelo subíndice no mês a mês. Foram ouvidas mil pessoas.

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    Sem derivado do petróleo

    A Algar Agro investe R$ 17 milhões em uma caldeira de biomassa, neste semestre, em Porto Franco (MA).

    O equipamento substituirá a atual matriz energética, baseada em óleo derivado de petróleo, e vai proporcionar uma redução de cerca de 50% do custo total.

    A nova caldeira terá capacidade para gerar 40 toneladas de vapor por hora, que se transformará, quando implantada a cogeração, em energia elétrica suficiente para abastecer cerca 70 % da necessidade da indústria.

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    Economia... O GPA Malls, braço imobiliário do Grupo Pão de Açúcar, vai investir R$ 12 milhões neste ano em projetos de eficiência energética. O trabalho será desenvolvido em parceria com a GreenYellow, subsidiária do setor de energia do Grupo Casino.

    ...de energia De início, serão feitas reformas nos hipermercados Extra dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. O projeto inclui também instalações de centrais de geração de energia solar integradas a edifícios do grupo e softwares de monitoramento de consumo.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e REINALDO CHAVES

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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