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    Mercado Aberto

    Grupo de ensino investe na fabricação de eletrônicos

    26/03/2014 03h00

    O grupo Uninter, que atua com cursos à distância e presenciais, planeja entrar ainda neste ano no mercado de equipamentos eletrônicos.

    A companhia vai investir R$ 150 milhões na construção de uma fábrica de tablets, notebooks e desktops em Campo Grande (MS).

    "A produção será feita em parceria com a fabricante Gigabyte, de Taiwan, que fornecerá a tecnologia e os direitos de uso da marca", afirma Edmilson Picler, diretor-executivo da empresa.

    Os produtos serão destinados, a princípio, a alunos que adquirirem pacotes educacionais da empresa.

    "Mas, se identificarmos oportunidades no decorrer desse processo, poderemos fornecer os produtos para o mercado local também", diz.

    O aporte será feito por meio de recursos próprios da companhia paranaense e financiamento do fundo de fomento ao Centro-Oeste (FCO).

    "Além do acesso a recursos e incentivos, escolhemos a cidade devido à localidade, próxima dos grandes centros e de fácil logística."

    A fábrica, que ficará situada em um terreno no setor industrial da cidade doado pela prefeitura, deverá ser inaugurada em até dez meses.

    1 milhão
    é a quantidade de produtos que serão fabricados por ano

    450
    é o número de funcionários que devem trabalhar na planta

    150 mil
    são os alunos do grupo

    446
    são as unidades de educação da empresa em todo o país

    Theo Marques/Folhapress
    Edmilson Picler, diretor-executivo do grupo educacional, em Curitiba
    Edmilson Picler, diretor-executivo do grupo educacional, em Curitiba

    *

    Borrifos no imposto

    Apesar de ter um dos maiores mercados de perfumes do mundo, o Brasil não está entre os cinco principais da Kenzo Parfums.

    O país fica próximo do décimo lugar (a empresa não divulga a posição exata), atrás de Rússia e Argentina.

    Os impostos continuam entre os maiores empecilhos. Enquanto na Argentina um perfume é 30% mais caro que nos Estados Unidos, no Brasil, custa o dobro.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Grande parte dos consumidores da marca na Argentina são brasileiros, de acordo com a empresa.

    A cadeia de distribuição também dificulta a expansão das grifes internacionais, diz a diretora mundial da Kenzo, Patrícia Tranvouëz.

    Na Argentina e no México, por exemplo, elas se beneficiam de perfumarias reconhecidas e de lojas de departamentos de luxo.

    "Eles têm um sistema de distribuição mais avançado, que está se desenvolvendo só agora aqui, mas o Brasil ainda não é um mercado maduro para nós, então tem muito potencial", diz.

    Karime Xavier/Folhapress
    Patrícia Tranvouëz, diretora mundial da marca de perfumes
    Patrícia Tranvouëz, diretora mundial da marca de perfumes

    *

    Descarga elétrica

    O ministro Guido Mantega (Fazenda) aproveitou a reunião da presidente Dilma Rousseff com a cúpula do sistema financeiro, anteontem, no Palácio do Planalto, para marcar uma reunião para hoje, em São Paulo.

    O tema da conversa será o financiamento de R$ 8 bilhões para as distribuidoras do setor elétrico pagarem o elevado custo do acionamento das usinas térmicas.

    A Fazenda, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e os bancos privados, além do Banco do Brasil, vão avaliar como estruturar o empréstimo para as empresas.

    As distribuidoras terão de pagar no início de abril a conta mais alta da energia. Como não conseguiram contratar a energia necessária, tiveram de ir ao mercado em fevereiro para adquiri-la.

    No setor elétrico, há uma estimativa de que o montante já tenha chegado perto de R$ 3,7 bilhões.

    Em janeiro, a conta de R$ 1,2 bilhão foi coberta com recursos do Tesouro.

    O governo espera ter os bancos privados na operação que deverá ser a taxas de mercado. Os banqueiros, porém, querem saber com clareza como será a modelagem e que garantias serão dadas.

    O governo, que capitalizou o corte na conta de luz, quer agora empurrar o reajuste para 2015, para evitar a pressão sobre a inflação e a péssima notícia do aumento em ano de eleições.

    *

    Planos derrotados

    O número de projetos que não dão certo é maior na América Latina do que no restante do mundo.

    Pesquisa da PMI (Project Management Institute), organização internacional de gestão criada em 1969, aponta que os planos considerados fracassados chegam a 20% nessa região. A média mundial é de 16%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O levantamento também mostra que apenas 15% dos projetos latino-americanos possuem níveis altos de agilidade organizacional. A média global é de 21%.

    "Empresas na América Latina perdem, em média, US$ 116 milhões para cada US$ 1 bilhão investido devido à fraca performance dos projetos", estima o presidente do conselho de administração da PMI, Ricardo Triana.

    Má formação dos profissionais de gerenciamento, que não conhecem as melhores ferramentas e técnicas de suas funções, é uma das principais deficiências das companhias pesquisadas.

    O estudo Pulse of Profession ouviu 2.515 pessoas, sendo 270 na América Latina.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI, REINALDO CHAVES e VALDO CRUZ

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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