A Asperbras, companhia que atua com fabricação de tubos e conexões de PVC, urbanismo e agronegócio, vai entrar na produção de painéis de fibra madeira (MDF).
O grupo irá construir uma fábrica em Água Clara (a 190 km de Campo Grande) com aporte de cerca de R$ 300 milhões em recursos próprios.
"A empresa iniciou o projeto de plantio de eucalipto em Mato Grosso do Sul no ano passado e agora decidiu pelo investimento na parte industrial", diz José Maurício Caldeira, CFO (diretor financeiro) da companhia.
A produção será destinada ao mercado interno, sobretudo para a indústria moveleira, uma das principais consumidoras de placas de MDF, de acordo com o executivo.
A primeira etapa da planta industrial deverá entrar em funcionamento em 2017, após três anos de obras.
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De início, a capacidade será de 200 mil metros cúbicos de placas de madeira. "Existem planos para uma segunda linha de produção, mas que serão detalhados futuramente", afirma Caldeira.
A localização de Água Clara no centro do país e a vocação da região para o cultivo de eucalipto pesaram na escolha para a instalação da unidade, segundo a empresa.
Além dos ativos florestais, a Asperbras já atua com pecuária no Centro-Oeste.
A companhia tem ainda outras três fábricas nos Estados de São Paulo, Bahia e Rio Grande do Norte, todas destinadas à produção de tubos e conexões de PVC.
Também é dona de um laticínio em Minas e tem projetos de infraestrutura e venda de veículos na África. Ao todo, são 2.400 funcionários.
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Inovação na planilha
Como melhorar a aprendizagem de alunos ou o atendimento em um hospital público? Desafios como esses são o foco do Tellus, uma consultoria que lançará uma escola para gestão.
"Serão cursos na área de inovação e design de serviços públicos no Brasil", diz Germano Guimarães, fundador e diretor-presidente.
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| Germano Guimarães, fundador e diretor-presidente da consultoria |
"Traremos o pensamento criativo do designer para o universo da gestão e para desenhar soluções mais inovadoras para o cidadão, entendendo o seu contexto", acrescenta Guimarães.
"É uma metodologia de gestão com menos planilha e mais percepção e sensibilidade do usuário."
Os governos contratam a consultoria, mas há casos de empresas e institutos que a procuram e depois doam o projeto a prefeituras.
O Tellus trabalha em Campinas (área da saúde), Pelotas (RS, em educação e saúde) e São Paulo (educação).
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Procura por seguro garantia crescerá neste ano, diz CNseg
Após uma mudança na regulamentação, o seguro garantia, que assegura entre outras coisas o cumprimento de contratos e depósitos na Justiça, poderá crescer até 20% neste ano, projeta a CNseg (Confederação Nacional de Seguradoras).
Com o incremento, a expectativa é que o mercado arrecade cerca de R$ 1,2 bilhão em prêmios emitidos em 2014.
De janeiro a novembro de 2013, o montante foi de R$ 974 milhões, segundo a entidade.
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"A alta será puxada pelas apólices que garantem depósitos e cauções judiciais", diz Rogerio Vergara, presidente da Comissão de Crédito e Garantia da Fenseg (Federação Nacional de Seguradoras).
A participação do seguro garantia judicial na carteira geral dos seguros de garantia deverá ultrapassar os 40% registrados em 2013 para cerca de 63% neste ano.
"A Justiça agora passará a reconhecer com mais facilidade o seguro como um meio válido de garantir a execução fiscal", diz.
O novo padrão foi publicado pela Susep (Superintendência Nacional de Seguros Privados) em setembro de 2013 e entrou em vigor em primeiro de abril deste ano.
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Indústria na mão
Apenas um em cada quatro engenheiros com carteira assinada no Brasil trabalha na indústria, de acordo com estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
O setor avalia que o número reduzido de profissionais emperra a inovação.
Ao todo, são 153 mil engenheiros na área –de um total de 680 mil profissionais empregados.
Sem mão de obra suficiente no setor, o país perde em competitividade, de acordo com Rafael Lucchesi, diretor de educação da entidade.
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"A inovação acontece no pátio da indústria. Quanto menos engenheiros, pior é a situação da nação", diz.
Além de defender o aumento de cursos, Lucchesi diz que a universidade precisa alinhar-se ao mercado.
"Os nossos cursos são muito teóricos e distantes da realidade", afirma.
O diretor diz que, por isso, muitos engenheiros abandonam a área por "não atender os requisitos da indústria".
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Migração de luxo
Pouco adiantou o esforço da associação das empresas importadoras de veículos (Abeifa) para manter as marcas de luxo que anunciaram fábrica no Brasil.
Depois da Audi, a BMW será a próxima a migrar para a Anfavea (associacão das montadoras). A mudança, no entanto, não deverá acontecer neste ano.
O foco principal da alemã em 2014 é terminar a fábrica que está sendo construída em Santa Catarina e que deve ficar pronta em outubro.
A Abeifa passou meses estudando como garantir sua sobrevida após anúncios de fábricas que transformariam importadores em produtores.
No início deste ano, aprovou uma mudança no estatuto para compreender os fabricantes, quando incorporou também a letra "f" ao nome –antes era Abeiva.
Além de BMW e Audi, já há no mercado quem dê como certa também a saída da Land Rover. Na Anfavea, elas terão de disputar espaço e interesses com mais 29 marcas.
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Luz... A rede de supermercados Walmart vai substituir o sistema de iluminação de 30 lojas do grupo no país. As novas lâmpadas utilizadas serão de tecnologia LED. A multinacional não informou o valor que será investido.
...mais barata O Walmart estima que a substituição, que ocorrerá a partir de junho, permitirá uma economia de 40% no consumo de energia elétrica. A iniciativa integra uma ação global da companhia.
Mais... O estoque de notas promissórias registradas na Cetip, depositária de títulos privados de renda fixa, cresceu 37% em março, em relação ao mesmo período de 2013. O montante alcançou no mês R$ 12,7 bilhões.
...promissórias A alta ocorreu por causa da instabilidade na taxa básica de juros nos últimos meses, o que fez crescer a busca por fontes de captação de recursos de mais curto prazo, segundo a Cetip.
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com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e GABRIEL BALDOCCHI
Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.