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    Mercado Aberto

    Grupo investe em lojas de eletrodomésticos e postos

    17/04/2014 03h00

    O grupo mineiro Zema, que atua no varejo de eletrodomésticos e com distribuição de combustíveis, deverá investir cerca de R$ 125 milhões neste ano em seu plano de expansão nos dois setores.

    A maior parte do aporte –aproximadamente R$ 92 milhões– irá para a cadeia de lojas. A meta é abrir 55 novos pontos até o final deste ano.

    Com sede em Araxá, no Triângulo Mineiro, a rede tem 459 unidades em cinco Estados. Só em Minas são 310.

    "Ainda temos muito espaço para crescer no nosso próprio Estado de origem", afirma Romeu Zema, empresário que comanda a companhia.

    O investimento inclui a construção de um novo centro de distribuição na região norte de Minas, que atenderá também lojas da Bahia e do Espírito Santo. São Paulo e Goiás completam a área de atuação da marca.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Temos hoje um centro alugado com 7.000 metros quadrados no norte de Minas. A nova estrutura vai triplicar esse espaço", diz.

    No segmento de combustíveis, o grupo planeja a implantação de uma base distribuidora em Uberlândia (MG).

    "A expansão da estrutura de tancagem nos permite crescer porque Minas ainda tem muitos gargalos na distribuição de combustível."

    A rede de postos franqueados, hoje com 260 unidades em Minas, Goiás e Mato Grosso, deverá ganhar mais 35 revendas até o final deste ano, de acordo com Zema.

    A companhia tem 7.200 funcionários diretos e faturou aproximadamente R$ 2,6 bilhões no ano passado.

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    Foco no interior

    Na expansão da rede de eletrodomésticos, a estratégia do grupo Zema é evitar grandes cidades. A empresa optou por atuar em localidades menores, quase sempre com menos de 100 mil habitantes.

    "Em Minas, não estamos em Belo Horizonte nem em municípios como Juiz de Fora e Varginha", diz Romeu Zema, da quarta geração da família no comando.

    "Nos especializamos no atendimento aos clientes de cidades menores e é assim que crescemos", afirma.

    Por causa dessa estratégia, 63% das vendas da rede ocorrem com pagamentos por meio de carnês. "A inadimplência não chega a 2%."

    As lojas mantêm nos mostruários produtos que, muitas vezes, já saíram dos catálogos de varejistas de grandes centros, como aparelhos de TV de tubo e freezeres horizontais para residências.

    "São itens que ainda têm bastante demanda entre a nossa clientela", afirma.

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    Dança de cadeiras

    Zé Carlos Barretta - 19.set.2013/Folhapress
    Guilherme Benchimol, sócio da corretora
    Guilherme Benchimol, sócio da corretora

    A XP Investimentos bateu em março o seu recorde de entrada mensal líquida de recursos em um mês, ao registrar R$ 850 milhões.

    "Em abril, projetamos R$ 1 bilhão de captação no mês. É dança de cadeiras. Esse dinheiro vem de bancos, que não oferecem ao cliente comum, fora da alta renda, produtos de outras instituições", diz o sócio Guilherme Benchimol. Há dois anos, a captação mensal era de R$ 80 milhões, acrescenta.

    A empresa, que dá assessoria financeira e atua no segmento de distribuição, tem R$ 15 bilhões em carteira. Neste mês, a corretora atingiu outra marca histórica, segundo o empresário.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Foram R$ 3 bilhões em fundos de terceiros. É a consolidação de que o shopping de produto financeiro funciona." Para Benchimol, a confiança na variedade desse "shopping" é uma das razões da alta, apesar da crise.

    "Os bancos é que deveriam ser esse porto seguro."

    Entre 20% e 25% do dinheiro que entra é para investir fora. A XP tem corretora em Nova York, com um braço em Miami.

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    Copa para americano ver

    A maioria dos americanos entrevistados pela consultoria Ipsos afirmou não saber nada a respeito da Copa do Mundo de 2014.

    Das 1.416 pessoas ouvidas, 38% disseram ter conhecimento sobre o Mundial –24% informam estar um pouco inteirados sobre o tema e somente 5% dizem ter muita informação a respeito da Copa.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Quando questionados sobre qual país sediará o evento, apenas 31% dos americanos ouvidos afirmaram saber que os jogos serão realizados no Brasil e 61% não souberam responder.

    A parcela de pessoas interessadas em acompanhar os jogos da Copa é semelhante ao envolvimento no assunto.

    Apenas 7% dos entrevistados disseram que pretendem acompanhar de perto os jogos, seja na TV, no rádio ou pela internet, enquanto 66% dos americanos afirmaram que não irão fazê-lo.

    Do total de entrevistados, apenas 16% citaram a Copa do Mundo de 2014 como um dos assuntos mais ouvidos nos últimos dias.

    A pesquisa foi realizada nos Estados Unidos entre os dias 7 e 11 deste mês.

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    Certificado... A GE Aviation obteve o certificado de qualidade do FAA, órgão que regula a aviação dos EUA, para atuar em nome da entidade em procedimentos de certificação. A empresa é líder na fabricação de motores de aeronaves.

    ...operacional No Brasil, a empresa mantém em Petrópolis, no Rio de Janeiro, uma unidade para manutenção de turbinas. Até 2020, a companhia pretende reparar até 500 turbinas por ano, o dobro da capacidade atual.

    Sucursal americana A Amcham, câmara de comércio dos Estados Unidos, lançará na próxima semana uma nova unidade em Fortaleza (CE). O escritório será o terceiro da entidade na região Nordeste e o 14º em todo o Brasil.

    Novo... O argentino Miguel Devoto é o novo presidente da Danone Nutrição Especializada no Brasil. O executivo, que estava na presidência da divisão na Argentina, se reportará a Robert Schnur, VP Medical Nutrition para Américas.

    ...comando O executivo terá como meta desenvolver novas oportunidades de crescimento da marca e aumentar a participação de mercado, que hoje corresponde a 36% dos produtos de nutrição especializada.

    Em obras A rede de franquias Concretta, que forma profissionais para o setor da construção civil, deve chegar a 100 unidades em todo o país até o final deste ano. Hoje, a marca tem 45 pontos distribuídos por 13 Estados.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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