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    Mercado Aberto

    Venda de equipamentos para saúde aos EUA volta a crescer, diz entidade

    31/07/2014 01h30

    Após ter caído 1,5% no primeiro semestre de 2013, a exportação de produtos médicos, odontológicos e hospitalares para os Estados Unidos subiu 9% de janeiro a junho deste ano, segundo a Abimo (associação do setor).

    O país é o principal mercado e representou 24% do valor total que foi embarcado.

    A ampliação do número de fabricantes brasileiros que no ano passado conseguiram liberações do FDA (agência reguladora dos Estados Unidos) para os seus produtos é um dos motivos para a alta, de acordo com a entidade.

    "Em 2013, conseguimos elevar de 15 para 25 as empresas brasileiras certificadas", diz Paula Portugal, da associação. O trabalho é feito em parceria com a Apex (órgão que promove as exportações).

    Editoria de Arte/Folhapress

    Materiais de consumo, como curativos adesivos, itens para suturas cirúrgicas e agulhas, estão entre os mais vendidos para os americanos.

    "Entre as novas fabricantes certificadas há também companhias dos segmentos de equipamentos hospitalares e odontológicos."

    Segundo maior mercado, a Argentina teve recuo de 7% por causa das dificuldades de empresas locais para obterem liberação do governo para a compra, segundo a Abimo.

    De forma global, as exportações evoluíram 5%. As importações caíram 1,2%, mas o setor enfrenta um deficit elevado –foram cerca de US$ 2 bilhões no período.

    "Hospitais públicos e filantrópicos podem importar com isenção. Enquanto não ocorrer uma isonomia tributária, não haverá perspectiva para equilibrar a balança."

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    Mordida maior

    A Dabi Atlante, fabricante de equipamentos odontológicos com sede em Ribeirão Preto (SP), elevou em 170% os negócios com os Estados Unidos no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2013.

    A empresa obteve no início deste ano a liberação para a venda de um tomógrafo no país, que chega a custar R$ 200 mil cada unidade.

    Desde 2011, o grupo comercializava no mercado americano um equipamento de radiografia panorâmica.

    A alta nos Estados Unidos fez as exportações passarem de 12% para 18% do faturamento líquido, de acordo com Caetano Biagi, principal executivo da empresa.

    "É o que contribuiu para que conseguíssemos manter o nosso nível de produção e não tivéssemos cortes", diz.

    "No mercado interno, as vendas de produtos mais tradicionais, como cadeiras odontológicas, cresceram só 1,5%, abaixo da inflação."

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    Educação atraente

    O Brasil é o décimo país mais atraente para estudos em um ranking composto pelas 15 maiores economias do mundo, de acordo com pesquisa da Ipsos encomendada pelo British Council.

    Dos 6.000 entrevistados, 8% citaram o país. China, México, Coreia do Sul, Rússia e Índia ocuparam as últimas posições. Os EUA, com 67%, ficou em primeiro lugar.

    Editoria de Arte/Folhapress

    As três nações seguintes do ranking (Reino Unido, Austrália e Canadá) têm o inglês como língua oficial.

    O levantamento também aponta que, para 32% dos ouvidos, o sistema educacional de um país o torna atraente. O idioma foi mencionado por 39%. Na primeira colocação, ficaram as atrações históricas e culturais, com 61%.

    A pesquisa ouviu ingleses, indianos, americanos, alemães, chineses e brasileiros.

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    Alemanha no ápice

    A expectativa de renda do consumidor alemão atingiu neste mês seu mais alto patamar desde a reunificação do país, em 1991, mostra pesquisa da consultoria Ipsos.

    O indicador ficou em 54,7 pontos, em uma escala de -100 a 100, na qual números maiores indicam um maior otimismo entre a população.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Na comparação com o mês anterior, a alta foi de 7,5 pontos. Em relação a julho do ano passado, a elevação foi de 11,9.

    A reduzida taxa de desemprego e o aumento no número de trabalhadores com carteira assinada (ainda que em um ritmo mais lento que em 2013) são apontados como os responsáveis pelo avanço.

    A inflação baixa também favoreceu a melhora do indicador, segundo relatório da empresa. Foram entrevistadas 2.000 pessoas a pedido da Comissão Europeia.

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    Inovação... Grande parte dos empresários ainda não sabe sobre benefícios da Lei do Bem, em vigor há nove anos, diz enquete realizada pela EY.

    ...no escuro Entre os participantes, 47% disseram desconhecer os incentivos que a legislação proporciona para quem investe em inovação.

    Mexicanos... A Helado Monterrey, que produz picolés no Nordeste, chegará a São Paulo, com quiosques em quatro shoppings, em agosto.

    ...gelados Até o final de 2014, a empresa pretende ter 25 quiosques na cidade e 75 em outros Estados. O investimento é de R$ 10,5 milhões.

    Fomento... A Inseed Investimentos, gestora de recursos voltados para a inovação, aportará R$ 12 milhões em duas empresas que reutilizam garrafas PET e poliamida no processo industrial.

    ...verde A Lamiecco produz revestimentos laminados a partir da reciclagem de garrafas e a H3 Polímeros, por sua vez, extrai o elastano de resíduos industriais para confeccionar plásticos.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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