• Colunistas

    Sunday, 05-May-2024 15:07:49 -03
    Mercado Aberto

    Mercado de condomínios logísticos tem alta no segundo trimestre, diz consultoria

    15/08/2014 02h00

    Mesmo com a desaceleração da economia, o mercado nacional de galpões logísticos fechou o segundo trimestre com crescimento de 8% em relação aos três meses anteriores, segundo a consultoria Colliers International.

    Foram absorvidos 270 mil metros quadrados no período, a maior parcela em São Paulo e no Rio de Janeiro.

    Parte da alta nas locações ainda está atrelada à evolução do consumo ocorrida no país em anos anteriores, na avaliação da empresa.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Leva um tempo até que esse aumento [do consumo] repercuta no segmento de distribuição. Por isso, o setor ainda sente um reflexo positivo", afirma o presidente, Ricardo Betancourt.

    "Outro motivo é que, com o cenário econômico atual, as empresas estão em busca de condomínios mais eficientes, pois isso ajuda a diminuir os custos", afirma.

    Embora esteja em um patamar considerado alto, a ociosidade dos galpões no país se manteve estável em 18%, perto do nível de 2013.

    A taxa de vacância, no entanto, deverá subir e fechar o ano em 22%, de acordo com o executivo. "A demanda está constante. O problema hoje está na grande oferta de novos projetos, o que tem elevado a disponibilidade."

    O preço de locação também ficou estável desde o fim de 2013 e fechou o trimestre em R$ 18,50 o metro quadrado. "O mercado está mais flexível, dando carências maiores. É um momento mais favorável ao inquilino."

    *

    Galpão fora de São Paulo

    A Log Commercial Properties, empresa de galpões logísticos controlada pelo grupo MRV, teve uma alta de 14,3% no volume de novas locações no primeiro semestre deste ano, em relação ao período anterior.

    Foram 112 mil metros quadrados alugados de janeiro a junho de 2014.

    O crescimento está atrelado à diversificação geográfica dos projetos da companhia, segundo o diretor-executivo, Sérgio Fischer.

    Zanone Fraissat - 3.abr.2014/Folhapress
    Sérgio Fischer, da empresa de galpões do grupo MRV
    Sérgio Fischer, da empresa de galpões do grupo MRV

    "As novas locações nesse período foram distribuídas em condomínios localizados em oito Estados", diz.

    São Paulo, que hoje tem uma oferta elevada em algumas regiões, representou apenas 5% das locações que foram feitas pela empresa no primeiro semestre.

    O maior volume de contratos no período foi fechado pela empresa em Espírito Santo (28% do espaço locado) e Minas Gerais (25%).

    "No início, focamos muito em São Paulo, mas hoje atingimos uma capilaridade no país que nos permite manter uma escalada mais rápida", afirma o executivo.

    Em São Paulo, a taxa de ociosidade causada pelo excesso de oferta chegou a 20,6% em junho, segundo dados da Colliers.

    Em regiões como Campinas e Sorocaba, a vacância atingiu 36% e 32%, respectivamente, ainda de acordo com a consultoria.

    650 mil
    é o total de área locável, em metros quadrados, que a Log tem em galpões já construídos

    40
    são os empreendimentos que a companhia tem hoje

    26
    é o número de cidades com operações da empresa

    *

    Micro e pequena de SP têm pior 1º semestre desde 2009

    O faturamento das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo registrou o pior desempenho de um primeiro semestre desde 2009, segundo o Sebrae-SP.

    A receita total das MPEs paulistas atingiu um volume de R$ 285,4 bilhões –crescimento de apenas 0,8% na comparação com o mesmo período de 2013.

    Em 2009, ano da crise internacional desencadeada pelos EUA, os pequenos negócios do Estado registraram um recuo de 10% no faturamento, com receita de R$ 217,9 milhões.

    A retração na indústria (2,9%), puxada pelo setor automobilístico, e o comércio (1,9%) foi decisiva para o desempenho modesto das MPEs, aponta o levantamento.

    "O país vive em plena desaceleração econômica e a indústria é a primeira a registrar queda", explica Marcelo Moreira, coordenador da entidade.

    O único segmento entre as MPEs que cresceu no período foi o de serviços (5,5%), em razão do aumento do transporte de cargas de minérios e produtos agrícolas.

    Entre os 2.700 empresários ouvidos, 59% acreditam que os negócios não deverão crescer neste segundo semestre.

    *

    Doce partilhado

    A rede de doçarias Amor aos Pedaços começará a produzir recheios e coberturas para outras empresas até o ano que vem.

    Hoje, a planta, localizada em Cotia (SP), fabrica apenas itens que são vendidos em lojas da marca.

    "A ideia é fornecermos o que a empresa cliente precisar. Nada impede que montemos uma linha de produção para vender doces prontos com a marca de outra empresa", afirma Ivani Calarezi, presidente e fundadora
    da rede.

    Karime Xavier - 22.nov.2011/Folhapress
    Ivani Calarezi, presidente e fundadora da rede de doçarias
    Ivani Calarezi, presidente e fundadora da rede de doçarias

    Além de ver potencial no mercado, o novo negócio ajudaria a reduzir os preços dos itens, diz Calarezi.

    "A fábrica tem custos fixos, independente da quantidade que produz, sem contar que é mais barato comprar ingredientes em larga escala", explica.

    A unidade tem capacidade para fabricar até 1.500 toneladas de doces e bolos por ano, mas confecciona somente 800 toneladas.

    66
    são as lojas em operação

    15
    serão os novos pontos abertos até o final deste ano

    *

    Pesquisas em... O Ministério da Saúde anuncia nesta sexta-feira (15) um programa para fomentar pesquisas clínicas em vacinas, remédios e equipamentos nos hospitais universitários federais.

    ...doenças esquecidas O objetivo é testar a eficácia e a segurança desses produtos e de diagnósticos. O foco será em estudos relacionados a doenças que não despertam tanto interesse do mercado.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
    exceto aos sábados.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024