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    Mercado Aberto

    Metade das empresas não tem plano de ação contra epidemias, diz consultoria

    22/08/2014 02h00

    A metade das multinacionais ouvidas para uma pesquisa disse não ter nenhum plano para lidar com epidemias que possam ocorrer em suas regiões de atuação, segundo a ECA International.

    Embora o estudo não tenha sido feito de forma específica sobre o surto de ebola na África, o resultado mostrou que nem todas as empresas estão preparadas para agir em situações semelhantes, de acordo com a consultoria.

    No grupo das que informaram possuir estratégias previamente definidas, a maioria (83%) relatou ter condições de fornecer um ambiente seguro de trabalho aos seus profissionais.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Quase oito em cada dez (78%) informaram que possuem um planejamento para dar continuidade aos negócios nos casos em que os funcionários não possam viajar.

    Entre as empresas pesquisadas com equipes na África Ocidental, 74% disseram que monitoravam o surto de ebola –20% haviam restringido o movimento na região, ainda segundo a consultoria.

    Brasileiros

    Procuradas pela coluna, empresas que atuam em países atingidos pela doença e que mantêm funcionários brasileiros nas localidades não forneceram detalhes sobre os seus planos de ação.

    A construtora OAS tem projetos na Guiné. Dos cerca de 50 brasileiros que vivem no local, a maioria é de funcionários da empreiteira, além de missionários.

    Na Libéria, há brasileiros na área de mineração da companhia global ArcelorMittal.

    Não há informação de cidadãos do Brasil em empresas sediadas em Serra Leoa.

    Fora da área atingida pelo ebola, a Odebrecht, que tem projetos em países como Gana, Angola e Moçambique, informou que acompanha a situação de forma preventiva por meio das autoridades.

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    Italiana monta fábrica no Brasil para atender setor de petróleo

    A italiana Riveco Generalsider S.p.A, especializada em tubos de aço, vai instalar sua primeira unidade no Brasil, em Lorena (SP). O investimento de R$ 110 milhões será feito em duas etapas.

    Na primeira, na qual aportará R$ 36 milhões, a empresa fará a concretagem e o revestimento de tubos utilizados na indústria de petróleo e gás. Em 2015, a Riveco planeja já estar atendendo a Petrobras e seus fornecedores.

    A partir do final do ano que vem, além de prestar serviços, a companhia vai instalar no mesmo local uma fábrica de tubos de aço, com investimento de R$ 73 milhões.

    "É uma oportunidade porque há apenas uma empresa que faz concretagem de tubos de aço no Brasil e o setor vai se aquecer cada vez mais, inclusive por causa do pré-sal", disse o CEO Eliseo Paolicchi, por telefone da Itália.

    De início, a empresa pensou em se instalar na capital do Espírito Santo, onde já está outra empresa italiana do grupo ENI, conhecida da Riveco, segundo Paolicchi.

    "Mas os terrenos estavam caros demais em Vitória e encontramos uma boa alternativa em Lorena", afirmou.

    O projeto tem o apoio da agência estadual Investe São Paulo.

    240
    é o número de empregos diretos que a fábrica gerará até 2016

    2
    são as plantas da empresa na Itália

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    Consultas em série

    Após a tendência das clínicas de odontologia e estética no mercado de franquias, os consultórios médicos podem ser os próximos.

    A ABF (que representa as franquias no país) ainda não tem nenhuma rede desse segmento associada.

    "Não é comum nem em outros países, mas pode despontar por aqui", diz Ricardo Camargo, diretor-executivo da entidade.

    A Dermovisage, clínica que oferece 22 especialidades com consultas a preços acessíveis em São Paulo, vai se expandir com franquias.

    Ze Carlos Barretta/Folhapress
    Paulo Eduardo Bortolotti Nunes, sócio da clínica médica
    Paulo Eduardo Bortolotti Nunes, sócio da clínica médica

    Ao menos cinco unidades já estão em negociação para este ano, uma delas no Tatuapé e outra em Osasco, na região metropolitana.

    "O investidor não precisa ser da área de saúde, mas tem de contratar um médico para ser o responsável", diz Paulo Eduardo Bortolotti Nunes, sócio da rede.

    Gerente comercial de uma indústria farmacêutica e com formação em marketing, Carlos Valotta é o investidor por trás da franquia que será aberta em Osasco.

    "O mercado é mais carente de atendimentos médicos com preços populares do que de lanchonetes."

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    Queda no maquinário

    O valor negociado com a importação de máquinas no país registrou queda de 5,9% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2013, segundo a Abimei (associação do setor).

    Em valores, foram comercializados US$ 24,1 milhões (cerca de R$ 54,4 milhões) com bens de capital.

    O recuo foi puxado pelo baixo desempenho no desembarque de peças para máquinas agrícolas e industriais, afirma a entidade.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Entre os maquinários agrícolas, o volume comercializado atingiu US$ 124,9 milhões (aproximadamente R$ 282,2 milhões) –um recuo de 20,4% no semestre.

    "Esse segmento é diretamente afetado pelo desaquecimento da indústria de tratores", diz Ennio Crispino, presidente da associação.

    A única área que apresentou elevação no volume (3%) importado de peças foi a de máquina-ferramenta, que inclui equipamentos usados pela indústria em geral.

    "A precisão das máquinas importadas explica a alta."

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    Isenção na bula

    A atualização da lista com isenção de PIS/Cofins para substâncias que dão origem a remédios deixou de fora 211 itens, segundo a Interfarma (associação da indústria farmacêutica de pesquisa).

    Após sete anos desatualizada, a chamada "lista positiva" recebeu em junho a inclusão de 160 substâncias –eram 1.500 antes da revisão.

    A isenção diminui em até 12% o custo do remédio.

    "Ficaram de fora substâncias inovadoras", diz Antônio Britto, presidente da associação de pesquisa.

    Os 211 componentes não contemplados têm a capacidade de gerar 400 medicamentos, aponta a entidade.

    "São remédios para câncer, infecções, lúpus, dentre um rol de outras doenças", afirma o executivo.

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    Frota nova

    O grupo Energisa, que detém 13 distribuidoras de energia em nove Estados, vai investir neste ano R$ 30 milhões para renovar a frota de veículos da concessionária.

    Serão adquiridos novos carros leves, picapes, caminhões e motos.

    Hoje, o número de veículos da empresa é de 3.100.

    A renovação da frota tem ocorrido por meio de leilões de carros em uso da companhia. O último leilão, ainda em aberto pela Energisa, dispõe de 321 unidades.

    Os carros em oferta estão localizados nos Estados de São Paulo, Paraíba, Sergipe, Minas Gerais, Tocantins e Mato Grosso do Sul.

    A Energisa acumula de janeiro a julho receita líquida de R$ 9 bilhões. O grupo possui 6.000 clientes no país.

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    Vida... O volume de acessos ao Facebook no Brasil caiu dois pontos percentuais em julho, ante mesmo mês de 2013, segundo a Hitwise, ferramenta da Serasa Experian. A rede social lidera com (67%) entre as mais visitadas.

    ...em rede O Youtube, segundo site mais acessado, ficou com 23% das visitas no período, cinco pontos percentuais superior ao mesmo mês de 2013. A maioria dos internautas entrevistados (27%) tem entre 25 e 34 anos.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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