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    Mercado Aberto

    Freio no consumo de cimento deverá ser maior em 2015, afirma entidade

    28/08/2014 03h00

    A desaceleração no consumo de cimento no mercado interno deverá se intensificar em 2015, segundo o Snic (sindicato da indústria do setor).

    A estimativa é que o segmento evoluirá 1,4% no próximo ano, de acordo com projeção da entidade em conjunto com a Galanto Consultoria.

    Se confirmado, o percentual ficará um pouco abaixo da estimativa de 1,5% feita para este ano e dos 2,4% registrados em 2013.

    O esfriamento do consumo no país, sobretudo o relacionado à construção de imóveis residenciais, é uma das principais causas para que a comercialização de cimento se desacelere, avalia o Snic.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A área de edificações representa 75% do mercado para o produto. Desse percentual, 50% estão vinculados à moradia -a outra metade é dividida em partes iguais (25%) entre obras não residenciais e de infraestrutura.

    Medidas de ajuste da economia que terão de ser tomadas pelo futuro presidente da República também deverão causar impacto negativo, ainda na análise do sindicato.

    Para 2014, a entidade chegou a projetar uma alta de 3%, mas reduziu a estimativa pela metade depois de um início de ano fraco.

    Os dados mais atualizados mostraram, em maio, uma queda de 0,7% em relação ao mesmo mês de 2013.

    Desde junho, após decisão do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) relacionada à condenação de cimenteiras por cartel, o Snic está proibido de publicar as estatísticas mensais do setor. O sindicato informou que recorreu do veto.

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    Reformas na América Central

    A rede Doutor Resolve, de reparos e reformas de imóveis, vai entrar ainda neste ano em sete países da América Central: Panamá, Costa Rica, Honduras, Nicarágua, El Salvador, Guatemala e República Dominicana.

    O projeto prevê a abertura de 120 franquias. Panamá e Costa Rica devem concentrar cerca de 90 unidades.

    "Os outros países são muito pequenos e receberão poucos pontos", afirma o fundador e presidente da empresa, David Pinto.

    Karime Xavier - 2.mar.2012/Folhapress
    David Pinto, fundador e presidente da rede
    David Pinto, fundador e presidente da rede

    Um grupo de lojas de material de construção panamenho, cujo nome não foi divulgado, levará a marca para a região.

    Hoje, a rede está na Colômbia e no México, além do Brasil, e 23% do total de suas 780 unidades estão instaladas no exterior.

    "Até 2017, deveremos ter mais franquias fora do país do que dentro. O México, por exemplo, tem uma população enorme e só 60 pontos nossos. O potencial para crescer é muito grande."

    As lojas da companhia deverão faturar cerca de R$ 400 milhões neste ano -a expectativa inicial era de R$ 500 milhões.

    "As pessoas estão adiando contratações, principalmente para grandes reformas. A classe C já está bastante endividada."

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    Alívio no varejo

    Após atingir por três meses consecutivos o nível mais baixo da série histórica, a confiança dos comerciantes brasileiros registrou a primeira alta em dez meses.

    O índice da CNC (Confederação Nacional do Comércio) marcou, em agosto, 109 pontos (em uma escala que varia de 0 a 200, na qual números mais elevados indicam uma maior confiança).

    Editoria de Arte/Folhapress

    A alta na comparação com julho é de 2%. O resultado positivo, no entanto, não sinaliza necessariamente uma tendência de retomada no nível de confiança, de acordo com a entidade.

    O indicador Expectativas do Empresário do Comércio, um dos três que compõem o índice, foi o que apresentou o maior incremento: 4,3%

    A melhoria nas expectativas para os próximos meses, ainda segundo a CNC, pode estar associada ao menor nível de inflação e a sua contribuição para um quadro mais favorável para o setor.

    Na comparação com agosto do ano passado, porém, o índice de confiança recuou pouco mais de 7%.

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    Orçamento britânico

    Quatro em cada dez consumidores britânicos estão preocupados com o impacto da alta na taxa de juros no pagamento de hipotecas nos próximos 12 meses, segundo estudo da Ipsos Mori.

    Esse percentual sobe para 57% entre os entrevistados cuja taxa de hipoteca é variável. No sudeste e no noroeste do país, as parcelas atingem 53% e 48%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Cerca de 30% dos entrevistados disseram que teriam dificuldades em arcar com os pagamentos do título caso houvesse um incremento de £ 100 (cerca de R$ 370) nas parcelas mensais, enquanto 13% teriam problemas caso a alta fosse de £ 50.

    Despesas com férias e lazer seriam os primeiros cortes para compensar o pagamento da hipoteca mais elevada para cerca de 40% dos ouvidos pela consultoria.

    Um terço afirmou que reduziria gastos com itens essenciais, como alimentação, caso a hipoteca subisse £ 100.

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    Imóvel... A Lello, imobiliária com sede em São Paulo, vai operar no mercado de Nova York. A empresa fechou uma parceria com o grupo norte-americano Douglas Elliman para intermediar a venda de imóveis para brasileiros.

    ...nos EUA O foco de atuação será o de imóveis com preços de US$ 1 milhão a US$ 5 milhões. Nos Estados Unidos, a Lello já comercializa há cerca de dois anos empreendimentos em Miami e Orlando. No Brasil, são 18 unidades.

    Negócio... A b2finance, empresa de consultoria e administração de pessoal, comprou a Inova Solution, de tecnologia, por R$ 11 milhões. A marca da Inova será mantida por um ano, até que seja feito o processo de transição.

    ...em tecnologia Com a aquisição, o portfólio de clientes subirá para aproximadamente 500, de acordo com a empresa. O grupo tem unidades em São Paulo, Barueri (Alphaville), Sorocaba (SP), Rio de Janeiro e Curitiba.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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