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    Mercado Aberto

    Fortaleza lançará pacote de R$ 1,7 bi em PPPs

    29/08/2014 03h00

    A Prefeitura de Fortaleza prepara um pacote de PPPs (parcerias público-privadas) que envolvem as áreas de administração e urbanismo. Serão três projetos que, juntos, deverão demandar investimentos de R$ 1,7 bilhão.

    Um deles prevê a construção de um centro administrativo para unificar setores que hoje estão espalhados pela capital cearense.

    Após o aporte privado, o prédio poderá operar de forma mista, com atividades comerciais, além dos serviços públicos da prefeitura.

    "A centralização permitirá reduzir custos com aluguel e telefonia, por exemplo, que hoje são elevados", afirma o prefeito, Roberto Cláudio.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Outra PPP será lançada para a construção de até nove estacionamentos subterrâneos em áreas de grande fluxo de veículos.

    "A ideia é que os estacionamentos fiquem perto de eixos de transporte público, como os do metrô e do BRT [ônibus rápidos] que estão em implantação na cidade."

    Por último, o terceiro projeto será para a revitalização do centro histórico de Fortaleza, o que inclui serviços de urbanização, como ciclovias e aterramento de fios.

    A proposta é induzir um novo tipo de ocupação econômica da região central, que hoje está degradada e tem pouco movimento à noite e aos fins de semana.

    Os projetos foram apresentados ao Banco do Nordeste para que a instituição avalie possíveis financiamentos. Os editais deverão ser publicados até dezembro.

    *

    Menos é mais

    A Enfil, de soluções ambientais, assinou um contrato de R$ 29 milhões com a Transpetro para realizar obras de manutenção no terminal de petróleo de Cabiúnas, em Macaé (RJ).

    Os serviços, que abrangem mecânica, elétrica e instrumentação da unidade, terão duração de três anos, com início neste semestre.

    "Focamos em contratos de menor porte, que giram em torno de R$ 30 milhões, pois disputamos com empresas pequenas e a chance de vencermos a licitação é maior", diz Franco Tarabini Junior, sócio-diretor da empresa.

    Para executar as obras, a companhia mobilizou 60 funcionários, sendo apenas dez de sua base, para supervisionar o trabalho.

    "Contratamos cinquenta trabalhadores na região, com salário médio de R$ 3.000. Outra vantagem dos contratos menores é que não exigem a dedicação de todos os profissionais da empresa."

    Carlos Cecconello/Folhapress
    Franco Tarabini Junior, sócio-diretor da empresa
    Franco Tarabini Junior, sócio-diretor da empresa

    A Petrobras responde por 45% do faturamento da companhia, segundo Tarabini.

    "Iniciamos as atividades desse segmento de montagens industriais há três anos, para atender a estatal."

    Apesar do cenário econômico desfavorável, a Enfil já alcançou neste mês o volume de novos negócios fechados em todo o ano de 2013.

    "No final do ano passado, projetávamos alcançar entre R$ 290 milhões e R$ 320 milhões neste ano, mas já prevemos R$ 600 milhões."

    1.200 são os funcionários da empresa, nas divisões de poluição, água, construções e montagens, solo e novos produtos

    R$ 280 milhões foi o faturamento em 2013

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    Casa ampliada

    A rede americana de imobiliárias Coldwell Banker pretende dobrar o número de franquias no Brasil até o fim deste ano e alcançar 60 unidades –hoje são 31. O projeto da empresa prevê 450 pontos até 2018.

    "Chegamos no Brasil em 2012 e, no primeiro ano, só preparamos a casa. Montamos um time e permanecemos com um único escritório", afirma o CEO, Jorge Paulo Fernandes.

    "Até 2016, vamos trabalhar com novos franqueados, pessoas que querem montar um negócio próprio. Depois, focaremos na conversão de imobiliárias para nossa bandeira."

    Karime Xavier/Folhapress
    Jorge Paulo Fernandes, CEO da rede de imobiliárias
    Jorge Paulo Fernandes, CEO da rede de imobiliárias

    Essa estratégia foi adotada porque o mercado de franquias imobiliárias no país ainda é imaturo.

    "Vamos consolidar a marca e ganhar market share para que as empresas independentes entendam o porquê de ser franqueado."

    Menos de 1% das companhias do setor no Brasil têm uma bandeira. Nos EUA, essa parcela chega a 85%, diz.

    O desaquecimento do setor não afetará os planos de expansão da rede, segundo Fernandes, pois a empresa comercializa mais imóveis usados –que devem ser menos prejudicados.

    "Quando o mercado estava aquecido, ninguém pensava em mudanças. Agora, poderá ser mais comum a busca por franquias e pelo trabalho em redes."

    3.100 é o número total de escritórios da rede no mundo

    47 são os países onde atua

    2,5% é a participação no mercado brasileiro que a rede pretende ter em 2018

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    Confiança abalada

    Após recordes sucessivos nos últimos meses, a expectativa dos consumidores alemães com a economia do país despencou 35,5 pontos em agosto, segundo a GfK.

    O indicador caiu de 45,9 pontos em julho para 10,4 em agosto, em uma escala de -100 a 100 (quanto mais alto, maior a confiança).

    Editoria de Arte/Folhapress

    O resultado reflete a preocupação dos alemães com questões como o enfraquecimento dos investimentos e as sanções contra a Rússia, que já impactam as exportações, de acordo com a consultoria.

    Foram entrevistadas para a pesquisa 2.000 pessoas.

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    Transparência A Orizon, de soluções para o setor de saúde, investiu R$ 9 milhões para desenvolver três produtos que atendem às novas exigências da ANS de transparência de dados e sigilo de informações dos pacientes.

    Novos ares A S&P Brasil Ventilação, empresa do grupo espanhol Soler & Palau (de fabricação de equipamentos de ventilação e exaustão), instalará uma fábrica em Mogi das Cruzes (SP), de acordo com a Investe São Paulo.

    RH A GI Group Brasil, filial da multinacional italiana de recursos humanos, entrará na área de estágios, com a intermediação entre empresas e instituições de ensino. O grupo projeta alta de 20% no faturamento neste ano.

    Banca O advogado Marcel Medon Santos, que já foi diretor do Departamento de Proteção e Defesa Econômica da SDE, do Ministério da Justiça, juntou-se à equipe de sócios da área de direito concorrencial do escritório TozziniFreire.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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