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    Mercado Aberto

    Operadoras de saúde pagaram R$ 8,4 bilhões em tributos no ano passado

    12/09/2014 03h00

    A carga tributária das operadoras de planos de saúde da modalidade de medicina de grupo alcançou 26,7% do faturamento em 2013. O número é um ponto percentual superior ao registrado quatro anos antes.

    No total, as empresas pagaram R$ 8,4 bilhões em impostos em 2013 -o faturamento do setor ficou em cerca de R$ 31,5 bilhões.

    Os dados são de estudo feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação) a pedido da Abramge (que representa o segmento de medicina de grupo).

    "A alta é decorrente do aumento difuso de algumas alíquotas e vai em direção contrária ao que ocorre em vários setores da economia", diz Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor-executivo da Abramge.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Muitos segmentos tiveram desoneração tributária e na folha de pagamento nos últimos anos", acrescenta.

    O executivo ainda afirma que, apesar da alta de 16% no faturamento registrada pelo setor em 2013, a performance das companhias não tem sido boa devido à pequena margem de lucro. "Ela não chega a 1%", diz.

    "Nossos custos administrativos são altos e temos um grande índice de sinistralidade, diferentemente de outros segmentos de seguros."

    A entidade levará o estudo ao governo federal. "Nunca tivemos um projeto de desoneração. A reforma tributária poderá entrar em pauta no ano que vem e esperamos ser beneficiados por algum novo arranjo do sistema."

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    Impostos cobrados de instituições financeiras não chegam a 20%

    Enquanto os gastos com tributos das operadoras de saúde podem chegar a 26,7% do faturamento, os da indústria são ainda maiores: alcançam 35,47%. Por outro lado, as instituições financeiras pagam 17,58%.

    O setor de energia elétrica é o que tem a maior parcela da receita destinada aos cofres públicos: 38,65%, de acordo com dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).

    "A diferença entre os setores é muito grande. A atividade industrial arca com um grande número de impostos, que ainda têm alíquotas pesadas", diz Claudia Maluf, sócia da área tributária do Demarest Advogados.

    "As instituições financeiras não são vistas como grandes contribuintes. O ISS, por exemplo, é pago por elas só em algumas atividades, não em todas que elas prestam. Apenas aí, a diferença pode chegar a 5%", acrescenta.

    O presidente do IBPT, João Eloi Olenike, afirma que "existe uma certa injustiça tributária no Brasil, pois segmentos que movimentam e empregam mais são também mais tributados."

    "O setor de transportes, primordial em um país grande como o Brasil, é outro que está entre os mais taxados."

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    Com R$ 110 mi, laboratório terá novas fábricas em Minas Gerais

    O grupo Cimed, laboratório com sede em São Paulo, terá duas novas unidades de produção e um armazém central em Minas Gerais. Juntos, os projetos receberão um aporte de R$ 110 milhões.

    As fábricas, uma de cosméticos e outra de medicamentos sólidos, ficarão em Pouso Alegre (a 390 km de Belo Horizonte), onde a empresa já tem um complexo produtivo.

    Adriano Vizoni - 11.mai.2012/Folhapress
    João Adibe, presidente do grupo farmacêutico
    João Adibe, presidente do grupo farmacêutico

    A maior parte dos recursos irá para a unidade de remédios e vitamínicos em comprimidos. As obras deverão começar em janeiro.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "A demanda na área de sólidos hoje é maior que a nossa capacidade. A nova planta fará até 600 milhões de comprimidos por mês", diz o presidente, João Adibe.

    A fábrica de cosméticos abrigará a linha de coloração de cabelo que foi comprada pela empresa em 2011 e que hoje opera no Rio de Janeiro.

    O armazém central, por sua vez, ficará em São Sebastião da Bela Vista, a 25 km de Pouso Alegre. "Temos três depósitos no complexo industrial que serão transferidos para um só local", afirma.

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    Olhar estrangeiro

    "Que diferença faz se o PIB do Brasil crescerá neste ano 0,48% ou 0,52%, como se estimava na semana passada?" Há um ano no país, o espanhol David Diaz, presidente da Arteris, diz se surpreender com o número de índices de inflação e estimativas do PIB.

    "É importante acompanhar as variáveis macroeconômicas, PIB, vendas e indicadores, em geral, mas, esse acompanhamento semanal, quase diário, é algo que não temos na Europa", diz.

    "O debate na mídia lá é mais sobre medidas que o país precisa tomar."

    A empresa de concessões rodoviárias anunciou nesta quinta-feira (11), uma emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor de R$ 300 milhões para financiar investimentos.

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    Serviços em alta nos EUA

    Oito entre cada dez empresas de serviços de limpeza nos Estados Unidos acreditam que fecharão novos negócios e que terão um desempenho maior nos próximos 12 meses, segundo a Ipsos.

    Dos 400 gerentes de operação de limpeza entrevistados para o estudo, 39% disseram acreditar que a recessão econômica chegou ao fim.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Os segmentos de hotelaria e alimentação são os mais otimistas quanto ao desempenho de seus negócios e da economia de seu país.

    A área de cuidados com a saúde é a que mais pressiona as empresas a manter os preços dos serviços baixos, de acordo com a consultoria.

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    Energia A TS Shara, de protetores de energia, entrará na área de segurança eletrônica.

    "Melhores"... Marina Silva não deve antecipar quem será seu ministro da Fazenda, se eleita, enquanto estiver em campanha. Nem para estimular ou tranquilizar eleitores, como fez Aécio Neves, dizem assessores da candidata.

    ...a postos "Mas não faltarão nomes", frisa um deles. "Como Marina disse que quer governar com os melhores, a cada dia várias pessoas se oferecem para participar e todos que se apresentam se consideram nessa condição."

    Bolsa Entre rumores e apostas no mercado financeiro para um eventual ministério marineiro, já apareceram até nomes de ex-conselheiros da Petrobras durante o caso Pasadena -para ironia de membros de outras campanhas.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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