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    Mercado Aberto

    Empresa terá novos hotéis no Rio e em Goiás

    18/09/2014 03h00

    A rede Allia vai abrir quatro novos hotéis nos Estados de Rio de Janeiro e Goiás para atender principalmente o mercado corporativo.

    As unidades ficarão em São Pedro da Aldeia (RJ), Goiânia, Aparecida de Goiânia (GO) e Catalão (GO). Outros seis contratos deverão ser fechados até dezembro, de acordo com a empresa.

    Juntos, os dez projetos receberão um aporte de R$ 150 milhões –em média, cada um custa R$ 15 milhões.

    Entre os quatro hotéis com locais já definidos, o da cidade fluminense também tem potencial para o turismo de lazer por estar em uma região litorânea, segundo Marcello Medeiros, diretor de desenvolvimento da companhia.

    "Na área corporativa, o forte deverá ser o setor de petróleo, por causa da proximidade com Cabo Frio e Macaé."

    A maior parte dos recursos virá de incorporação imobiliária no formato de condo-hotel, no qual investidores compram partes do projeto.

    Com o cenário de desaceleração da economia, a rede espera fechar este ano com um desempenho semelhante ao registrado em 2013.

    "Nos nossos destinos, como temos mais hotéis para o turismo de negócios, a Copa não foi positiva", diz o presidente, André Monegaglia.

    "Em agosto e setembro, já houve um retorno da atividade para um nível melhor."

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    Resorts preveem um segundo semestre sem crescimento

    Após um primeiro semestre com crescimento médio de 7,78% na taxa de ocupação, os resorts brasileiros devem ter um fim de ano fraco.

    A Resorts Brasil (associação que reúne o setor) prevê que os últimos seis meses de 2014 registrarão um resultado igual ao do mesmo período de 2013.

    "Se ficar no mesmo nível, será uma vitória. Não acreditamos em incremento da receita nem da ocupação", diz o presidente da entidade, Luiz Daniel Guijarro.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A Copa do Mundo foi responsável tanto pela expansão no primeiro semestre como será pela possível retração no segundo.

    "O mercado corporativo antecipou seus eventos para antes do Mundial. Para este período de fim de ano, houve uma retração nas solicitações das empresas."

    Guijarro afirma ainda que 2015 deverá ser difícil por causa da inflação. "Nossa grande preocupação é o custo da energia e da mão de obra. Teremos de apertar muito as margens para atingir um resultado satisfatório", diz.

    "A folha de pagamento vem sendo reajustada acima da inflação e ela corresponde a 40% do total das despesas dos hotéis."

    A política cambial que o novo governo adotará também deverá impactar o setor.

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    Consumo brasileiro

    A intenção de consumo das famílias brasileiras caiu 3,4% em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2013, de acordo com levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio).

    Em relação a agosto deste ano, houve alta de 0,9%.

    O indicador ficou em 121,9 pontos (em escala que vai de 0 a 100, na qual números mais elevados indicam maior otimismo). Resultados acima de cem são considerados favoráveis pela entidade.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O desaquecimento na intenção de compras a prazo é atribuído ao elevado custo do crédito e ao atual nível de endividamento das famílias.

    O acesso ao crédito, um dos itens que compõem o indicador, recuou 5,1% em relação a setembro do ano passado e atingiu o menor nível da série histórica. Ante agosto, houve queda de 0,6%.

    O subíndice momento para duráveis diminuiu 11,2% na comparação anual. Em relação a agosto, no entanto, avançou 1,4%.

    Ao todo, 18 mil questionários são analisados pela CNC mensalmente.

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    Mais bolhas

    A venda de espumante nacional deverá crescer 8% neste ano, na comparação com 2013, indica o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho).

    Serão comercializados 17 milhões de litros ante os 15,8 milhões de 2013.

    "A Copa e a alta do dólar ajudaram. Mas o bom desempenho deste ano veio porque não repassamos o aumento da inflação para o consumidor. Os preços ficaram estáveis", afirma Dirceu Scottá, vice-presidente do Ibravin.

    O período entre setembro e dezembro, que costuma ser o de maior comercialização do produto, deverá concentrar a venda de 11 milhões de litros -alta de 10% na comparação com os últimos quatro meses do ano anterior.

    O crescimento da venda do espumante importado continuará nos dois dígitos, mas em um ritmo menor.

    "Essa tendência foi verificada nos sete primeiros meses, quando o índice de importação atingiu 11,75%."

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    Gás em pauta

    Os formuladores dos programas de governo de Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) discutirão políticas direcionadas ao gás natural.

    O encontro será realizado em São Paulo, na próxima segunda-feira (22), pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e pela Abrace (associação de grandes consumidores de energia).

    Atualmente, o país importa a metade do gás que consome, segundo a CNI.

    Em 2013, a balança comercial do combustível registrou deficit de US$ 6,9 bilhões.

    "O país só perde com a falta de uma política específica para o gás. Sem ela, nunca teremos o produto por aqui", diz José Mascarenhas, do setor de infraestrutura da CNI.

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    Unidade... O grupo Vivence ergue em Canaã dos Carajás (PA) um hotel com 103 apartamentos. A nova unidade consumirá R$ 10 milhões. A rede conta com outros sete empreendimentos nos Estados de Goiás e Tocantins.

    ...amazônica O novo hotel do companhia, cuja inauguração está prevista para este ano, terá como público-alvo viajantes do segmento corporativo que atuam nos projetos de exploração de minério de ferro da Vale.

    Pressão... O laboratório Torrent lançará no Brasil o genérico da olmesartana, anti-hipertensivo que é prescrito por cardiologistas. A substância movimenta 42 milhões de comprimidos por ano no país, segundo a empresa.

    ...alta Fabricado na Índia, o produto será lançado de forma simultânea nos Estados Unidos. A Torrent entrou no segmento de genéricos há oito meses. O Brasil é o terceiro maior mercado para a companhia, que atua em 80 países.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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