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    Mercado Aberto

    Indústria terá cinco polos de inovação no país

    01/10/2014 03h00

    A Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) vai selecionar institutos federais de ensino para a criação de polos voltados ao desenvolvimento de tecnologias para a indústria.

    As unidades terão de criar programas de qualificação de longo prazo para a formação de pesquisadores.

    Serão investidos cerca de R$ 120 milhões na iniciativa.

    "A ideia é que os alunos façam pesquisas com a indústria, mas também sejam preparados para que, no futuro, possam ser contratados por essas empresas", diz João Fernando Gomes de Oliveira, diretor-presidente da entidade.

    "Não dá para adiantar quais segmentos serão selecionados, mas há institutos federais com um trabalho muito bom em áreas como tecnologia de informação e petróleo e gás", afirma.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Das 38 unidades de ensino que pertencem ao Ministério da Educação em todo o país, até cinco serão escolhidas.

    Os projetos serão financiados pela Embrapii, pelos institutos federais participantes e pelas indústrias que serão beneficiadas pelo programa.

    O edital, que será lançado nesta quarta-feira (1º), é a segunda fase do trabalho da Embrapii na área de inovação.

    Na primeira etapa, cuja seleção foi encerrada em agosto, foram definidos 13 centros de tecnologia que atuarão de forma atrelada à indústria em segmentos variados.

    Na lista estão o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), a Coppe/UFRJ e a Escola de Engenharia da Federal do Rio Grande do Sul, entre outras instituições.

    Para essa fase inicial do programa, o aporte no financiamento dos projetos poderá chegar a R$ 1,7 bilhão.

    Criada por iniciativa de associações da indústria, como a CNI, e do governo federal, a Embrapii é uma organização social que tem contrato de gestão com o Ministério de Ciência e Tecnologia.

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    Comércio popular legal

    O grupo mineiro Uai, de shoppings populares, pretende construir seu maior empreendimento em Caruaru (135 quilômetros a oeste de Recife).

    Enquanto um centro de compras padrão da companhia recebe entre R$ 20 milhões e R$ 40 milhões em investimentos, esse demandará um aporte de cerca de R$ 100 milhões.

    "Nossos projetos têm, em média, capacidade para até 2.000 microempreendedores, nesse haverá espaço para 15 mil", diz o presidente da empresa, Elias Tergilene.

    Victor Moriyama - 7.jun.2013/Folhapress
    Elias Tergilene, presidente da rede de shoppings populares
    Elias Tergilene, presidente da rede de shoppings populares

    "Decidimos fazer maior porque a cidade tem hoje aproximadamente 12 mil feirantes nas ruas."

    Editoria de Arte/Folhapress

    Cada loja do shopping deverá ter cinco metros quadrados. Ao todo, o empreendimento somará 100 mil m2. As obras devem começar no segundo semestre do ano que vem e durar 18 meses.

    Os recursos serão injetados pelo próprio grupo Uai e por investidores da região de Caruaru. Uma parcela deverá ser financiada –há negociações em andamento com o Banco do Nordeste–, de acordo com Tergilene.

    A empresa também trabalha na instalação de centros de compras em São Paulo e no Rio, entro outros Estados.

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    Taxa na brincadeira

    A carga tributária de brinquedos e outros produtos tradicionalmente vendidos para o Dia da Criança pode chegar a quase 85% do valor final do item, segundo levantamento da consultoria BDO.

    O maior peso dos impostos está nos aparelhos de videogame (84,25%). Mesmo em produtos com menor tecnologia embutida, como a bola de futebol, a fatia dos tributos atinge 47,25%.

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    O cálculo da empresa considerou apenas os impostos indiretos, que incidem sobre o consumo, como ICMS, IPI e PIS/Cofins.

    "Quanto mais supérfluo é considerado um produto, maior é a incidência de IPI e ICMS", diz Valmir Oliveira, da área de tributos da empresa.

    "O IPI dos consoles de videogame, por exemplo, chega a 50%. No caso do violão, que tem uma finalidade mais cultural, esse imposto é zero", afirma Oliveira.

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    Demanda fluminense

    Nove em cada dez empresários fluminenses acreditam que a redução no valor dos tributos poderia aumentar a arrecadação do Estado, segundo levantamento da Fecomércio-RJ.

    Desse total, 40% afirmaram que o desconto tornaria as empresas mais competitivas e proporcionaria um aumento nas receitas, enquanto 24% disseram que a medida diminuiria os casos de sonegação fiscal.

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    Dos 400 empresários ouvidos em 21 municípios do Rio, cerca de 20% opinaram que a carga tributária poderia ser reduzida se houvesse menos corrupção.

    A melhor gestão dos recursos foi apontada como segunda principal solução para os altos encargos (13%), seguida pelo aperfeiçoamento da legislação (8%).

    Sete entre dez empresas participantes informaram emitir nota fiscal eletrônica.

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    Alimentação animal A Megazoo, empresa que produz rações para pássaros, investiu R$ 16 milhões em uma nova fábrica em Betim –cidade em Minas Gerais onde a companhia já tinha uma unidade em operação.

    Nutrição A EMS estima um incremento de R$ 20 milhões em vendas no próximo ano com o lançamento de dois polivitamínicos infantis, o Neutrofer Prev e o Neutrofer Poli. O lançamento está previsto para esta semana.

    Semana... A Anpei (entidade de desenvolvimento de empresas inovadoras) e o governo do Reino Unido organizam uma missão para levar empresas e instituições brasileiras a universidades e companhias britânicas.

    ...de inovação O foco da viagem marcada para novembro é em pesquisa, transferência de tecnologia e inovação. Os participantes visitarão a Innovate UK, um dos maiores eventos mundiais, realizado em Londres.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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