A Tanac, indústria gaúcha de insumos vegetais, vai construir uma fábrica de cilindros granulados de madeira (péletes), que são utilizados como biocombustível.
A planta será a terceira da companhia e ficará no município de Rio Grande (a 335 km de Porto Alegre), com um investimento de R$ 150 milhões em recursos próprios.
"Fechamos um contrato de dez anos com um grupo europeu que comprará 100% da produção, de cerca de 400 mil toneladas por ano", diz Otávio Decusati, principal executivo da companhia.
Por cláusula contratual, o nome do comprador e a sua área de atuação não podem ser informados, segundo ele.
Em geral, os granulados de madeira são usados como alternativa ao carvão e a outros combustíveis fósseis na queima para a geração de energia em usinas termelétricas.
A Tanac tem quase 30 mil hectares de manejo florestal da espécie acácia no Rio Grande do Sul. A empresa também compra matéria-prima de terceiros, sobretudo de pequenos produtores.
Hoje, as árvores de reflorestamento são destinadas à fabricação de dois itens. Da casca, são retirados aditivos naturais vendidos para indústrias de couro e sistemas de tratamento de água.
A madeira, por sua vez, é comercializada na forma de cavacos (lascas) para fábricas de painéis e de celulose.
"A nossa produção atual de cavacos vai toda para exportação", diz Decusati. O mercado externo responde por 90% do faturamento.
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Ainda no setor têxtil
Os irmãos Armando e Rui Hess de Souza, da família fundadora da camisaria Dudalina, adquiriram uma participação da Karsten, do setor de cama, mesa e banho.
Com Márcio Bertoldi (da fabricante de tecidos RenauxView, da qual Armando também é presidente) e Alvin Rauh Neto (ex-presidente da Karsten), eles investiram cerca de R$ 35 milhões na companhia.
Os quatro e a família Karsten detêm agora 85% da empresa. "Essa parcela ficou dividida praticamente à metade", diz Armando, que assumiu a presidência da companhia e que comandou a Dudalina até 2003.
"Os esforços da nossa gestão estarão voltados para a renegociação da dívida [superior a R$ 200 milhões]."
Projetos de criação de novos canais de distribuição, como lojas próprias, franquias e vendas on-line, também serão desenvolvidos.
A Karsten passa por uma crise desde 2006, quando seus embarques ao exterior começaram a diminuir por causa da valorização do real.
"Se a moeda ficar entre R$ 2,50 e R$ 2,60, voltaremos a ser competitivos no mercado internacional. Caso contrário, não investiremos em exportações", diz.
R$ 150,4 milhões foi a receita com vendas no primeiro semestre deste ano
R$ 21,3 milhões foi o prejuízo da empresa no período
2.800 é o número aproximado de funcionários
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Compras no Sul
A Paysage, de empreendimentos imobiliários, vai construir um shopping em Passo Fundo (RS), o primeiro do grupo no Estado.
O projeto receberá R$ 120 milhões em investimentos e será construído em parceria com outras duas empresas, a AR Participações (com 40% da sociedade) e a Trust & CO Investimentos (detentora de 10% dos negócios).
"Nossa estratégia é priorizar cidades sem grandes centros comerciais e com influência no entorno, como Passo Fundo", diz Marco Antônio Cândido Barbosa, presidente da Paysage, que também será responsável pela administração.
| Theo Marques/Folhapress | ||
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| Marco Antonio Candido Barbosa, presidente do grupo de empreendimentos imobiliários |
O executivo estima que ao menos 1 milhão de habitantes passem pelo município. Hoje, o grupo tem ações em um shopping em funcionamento em Curitiba e em outros dois empreendimentos em construção no Estado.
"Apesar de atrair públicos diversos, será um shopping de alto padrão, voltado para os públicos A e B."
O centro de compras terá 33 mil m² de área bruta locável e 280 lojas, quatro delas âncoras. As obras devem começar em 2015.
R$ 226 milhões foi a receita operacional líquida da Paysage em 2013
38 são os projetos entregues em PR e SC, com foco em urbanização e loteamentos
87 são os empreendimentos em desenvolvimento na região Sul do país
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Recuperação passageira
O índice de confiança do empresário do comércio recuou 0,7% em setembro, em relação ao mês anterior, de acordo com pesquisa feita pela CNC (Confederação Nacional do Comércio).
O resultado foi de 111,0 pontos (em uma escala que varia de 0 a 200, na qual números mais elevados indicam uma maior confiança).
Na comparação com setembro do ano passado, o otimismo dos empresários teve uma retração de 9%.
| Editoria de Arte/Folhapress |
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A queda no mês passado voltou a ocorrer depois de uma recuperação registrada em agosto, quando o índice havia subido 2% e interrompido uma sequência de dez resultados negativos.
A baixa foi influenciada por recuos em dois dos três subíndices que compõem o cálculo. A maior deterioração, de 4,7%, se deu no indicador que mede a percepção dos empresários sobre as condições atuais do setor.
Para 62,4% dos pesquisados, a situação atual está pior que a registrada há um ano. Na opinião de 28,9%, houve um recuo acentuado.
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Roupa... A rede de consertos de roupa Arranjos Express abrirá mais sete unidades neste ano, em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
...ajeitada Para 2015, estão previstas 50 pontos, com foco em Belo Horizonte, Fortaleza, Maceió e Cuiabá. Hoje, são 23 franquias.
Bula O Ministério da Saúde vai investir R$ 12 milhões a mais no ano que vem para incorporar oito novos medicamentos ao SUS. São remédios para o tratamento de esclerose múltipla, autismo e aids.
Três rodas A Motocar, que fabrica triciclos na Zona Franca de Manaus, abrirá suas três primeiras concessionárias em São Paulo, nos bairros Jabaquara, Freguesia do Ó e Lapa.
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com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI
Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.