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    Mercado Aberto

    Itatiba terá parceria com o setor privado para a iluminação pública

    21/10/2014 03h00

    Faltando pouco mais de dois meses para que as prefeituras assumam a gestão dos sistemas de iluminação pública, mais um município vai recorrer ao setor privado para terceirizar a tarefa.

    A Prefeitura de Itatiba (SP), na região de Campinas, lançará em novembro a licitação de uma parceria público-privada que inclui a iluminação e outros serviços, como a implantação de fibra óptica.

    O negócio é estimado em R$ 122 milhões. A Fipe foi contratada para os estudos que precedem a disputa.

    "A prefeitura não tem eletricistas nem estrutura para assumir a gestão da rede, que é extensa e complexa", afirma a secretária de Obras, Andrea Cruz Sanfins.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) determinou que os municípios devem se tornar responsáveis pelos ativos de iluminação após 31 de dezembro deste ano.

    Hoje, o trabalho é das concessionárias de energia –em Itatiba, é feito pela CPFL.

    A empresa que vencer a concorrência também terá de investir em outras áreas, como em 20 quilômetros de fibras ópticas para interligar prédios públicos e sistemas de semáforos "inteligentes".

    "Como são atividades diversas, acreditamos que haverá o interesse de consórcios", diz Jefferson Cirne da Costa, secretário de Finanças.

    Na cidade de São Paulo, a prefeitura deverá lançar até o início de dezembro o edital da PPP de iluminação, que prevê cerca de R$ 2 bilhões em investimentos.

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    Ocupação em hotéis deve ter alta no Revéillon

    A ocupação das redes hoteleiras do país deverá crescer no Réveillon deste ano na comparação com o mesmo período de 2013.

    A expectativa do setor é que cerca de 70% dos quartos fiquem ocupados –dez pontos percentuais a mais do que no ano passado–, de acordo com projeção do Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil).

    "O turismo interno tem tido resultados mais positivos com a elevação do dólar. As pessoas estão um pouco mais receosas de viajar para o exterior", diz o presidente da entidade, Roberto Rotter.

    Karime Xavier/Folhapress
    Roberto Rotter, presidente da entidade
    Roberto Rotter, presidente da entidade

    "Ainda tem o ambiente político, que deixa os consumidores inseguros. A cotação da moeda poderá mudar depois das eleições", acrescenta.

    A estagnação do mercado no período da Copa também deverá favorecer os negócios de fim de ano.

    "Quem não conseguiu viajar em julho pretende aproveitar agora", afirma.

    Alguns hotéis já estão lotados em dezembro.

    "Em Florianópolis e na Bahia, por exemplo, há unidades com 100% dos apartamentos reservados. Em outubro do ano passado, não tínhamos isso. Muita gente estava viajando para fora."

    Rotter projeta que a receita por quarto disponível (revpar) avance 6% neste ano, descontada a inflação. "Deveremos ter uma retomada neste último trimestre."

    70% deverá ser a taxa de ocupação média dos hotéis do país durante o feriado de Réveillon

    60% foi a taxa registrada no mesmo período do ano passado

    6% é o crescimento esperado para a receita por quarto disponível em 2014

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    Pedra mineira

    A Pedreira Beira Rio, que fornece brita e derivados para o varejo e a construção civil na região do Triângulo Mineiro, vai investir R$ 41 milhões para ampliar sua participação no mercado.

    A expansão prevê a duplicação da capacidade da sede, em Uberaba (MG), que passará a produzir 120 mil toneladas de material por mês.

    O aporte no local será de R$ 21 milhões, 90% virão de financiamento do BNDES.

    "A demanda na região está crescendo com a chegada de fábricas de amônia e ureia, além de obras públicas e concessões rodoviárias", afirma Artur Braghetto Barillari, diretor-presidente da empresa.

    Para 2015, a empresa terá duas novas operações no Estado, em Patrocínio e em Araxá, com investimentos de R$ 10 milhões em cada planta, dos quais 80% também serão financiados pelo BNDES.

    Cada unidade tem capacidade para atender um raio de 150 quilômetros de seu entorno, segundo Barillari.

    "Patrocínio hoje não tem nenhuma pedreira e compra material de Uberlândia."

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    Desigualdade nos EUA

    Quase a metade (46%) dos americanos entrevistados para uma pesquisa avalia que a desigualdade é um problema nacional. Há, no entanto, uma divisão no apoio às ações que devem ser tomadas pelo governo, segundo o Pew Research Center.

    Entre os eleitores democratas, 71% afirmam que a elevação de impostos para custear os programas sociais para os mais pobres deve ser a principal iniciativa. A parcela de republicanos que defendem a medida é bem menor: 17%.

    A redução de impostos para incentivar os investimentos, por sua vez, tem o aval de 71% dos republicanos e de 19% dos democratas.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Há também divergência partidária em relação às razões que são consideradas as principais causadoras da desigualdade no país.

    Os republicanos são mais propensos a dizer que ela existe porque algumas pessoas trabalham mais do que as outras e por causa de políticas econômicas do governo.

    Os democratas, por sua vez, culpam sobretudo as deficiências do sistema educacional americano.

    Foram ouvidas para o levantamento 1.002 pessoas. A margem de erros da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

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    Exame... A Axial Medicina Diagnóstica acaba de lançar seu primeiro laboratório dentro de um shopping center, em Belo Horizonte. No total, cerca de R$ 8 milhões foram investidos no projeto.

    ...antes das compras A empresa já havia inaugurado neste mês uma unidade em Contagem, na qual foram injetados R$ 5 milhões. No ano passado, a companhia faturou R$ 90 milhões. Para 2014, a expectativa é de uma alta de 8%.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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