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    Mercado Aberto

    Indústria médica avança mais do que o esperado

    22/10/2014 03h00

    Ao contrário do que deve ocorrer na maioria dos setores industriais do país neste ano, a de produtos e equipamentos médicos registrará um crescimento maior do que o projetado inicialmente.

    Em janeiro, a Abimed (associação do setor) estimou para 2014 um incremento de 8% na comercialização de unidades. Agora, a expectativa é que a alta chegue a 10% -mesmo número atingido no ano passado.

    "É um bom aumento, mas, em 2011, por exemplo, nossa expansão foi de 19%. Passamos da casa dos dois dígitos gordos para a dos dois dígitos magros", afirma o presidente-executivo da entidade, Carlos Goulart.

    O avanço do segmento é creditado à demanda reprimida brasileira.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "É normal que o crescimento comece a diminuir conforme atendemos a demanda, mas achamos que há espaço para seguirmos com aumentos ao redor dos 8% nos próximos quatros anos."

    "A saúde tende a estar sempre acima do PIB, já que a população está envelhecendo e a tecnologia traz novidades", acrescenta.

    No acumulado dos oito primeiros meses do ano, as vendas da indústria aumentaram 9,3%. A produção e o número de empregos também cresceram: 5,7% e 3,7%, respectivamente.

    No primeiro semestre, no entanto, a comercialização estava avançando em ritmo mais lento, com uma alta de 4,1% na comparação com o mesmo período de 2013.

    "A Copa também parou um pouco o nosso setor, mas já houve uma retomada."

    Para a produção, a entidade estima um incremento de 7% em 2014. No ano passado, essa expansão chegou a 8,5%, ainda de acordo com os dados da Abimed.

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    Leito recuperado

    Dois anos após ter comprado o hospital São Leopoldo, na zona sul de São Paulo, a Unimed Paulistana vai reformar a unidade. O investimento será de aproximadamente R$ 30 milhões.

    O imóvel pertencia à operadora de planos de saúde Samcil e foi arrematado pela cooperativa médica em um leilão, em 2012. Desde então, permanece fechado.

    "Nesse período, foi preciso atualizar toda a papelada, fazer a regularização da planta", afirma o presidente da Unimed Paulistana, Paulo José Leme de Barros.

    O prédio, de oito andares e 6.000 metros quadrados, terá 120 leitos, incluindo 20 para maternidade e 18 para UTI. A obra deverá ser concluída em julho de 2015.

    Eduardo Knapp/Folhapress
    Paulo José Leme de Barros, presidente da cooperativa médica
    Paulo José Leme de Barros, presidente da cooperativa médica

    "Fechamos um cronograma e vamos tentar cumpri-lo com recursos do nosso próprio fluxo de caixa", diz.

    Com a unidade, a cooperativa, que atua em 30 municípios da Grande São Paulo, terá capacidade para atender 60% das internações em leitos próprios.

    A instituição administra outo hospital na capital, o Santa Helena, na Liberdade, que possui 249 quartos.

    O imóvel, no entanto, pertence à Fundação Antonio e Helena Zerrenner, entidade que era a antiga controladora da cervejaria Antarctica e hoje é acionista da Ambev.

    750 mil é o total de clientes próprios da cooperativa médica

    2.300 são os médicos do quadro de cooperados da instituição

    3.000 é o número aproximado de funcionários

    5,3 milhões foi o total de consultas realizadas no ano passado

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    Orçamento tecnológico

    Cerca de 40% dos CIOs (diretores de TI) de administrações públicas americanas entrevistados pela consultoria Grant Thornton informaram que projetos na área de tecnologia custam menos de US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 49,5 milhões).

    Os maiores orçamentos requerem entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, segundo 37% dos diretores ouvidos.

    O preço é o principal quesito analisado ao aprovar um projeto na área de tecnologia.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Todos os gestores entrevistados citaram o fator como relevante ao contratar um serviço, seguido pela complexidade e risco e a importância da ação no Estado.

    Sete em cada dez gestores disseram que seu Estado possui um sistema formal de classificação para acompanhar o progresso do projeto.

    O uso de aplicativos em nuvem foi citado pela maioria (86%) como principal foco de ação para o próximo ano.

    A pesquisa foi feita em 52 Estados e regiões norte-americanas membros da Nascio (associação de chefes de Estados da área de TI).

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    Sem perspectiva

    Estagnação na carreira e falta de estímulo estão entre os principais motivos para profissionais brasileiros pedirem demissão, segundo pesquisa da empresa de recrutamento Page Personnel.

    As duas causas aparecem, respectivamente, com 18% e 14% das respostas e só perdem para novas oportunidades de trabalho, com 22%.

    "Hoje, se um profissional não tem um cargo em vista, ele não sai da empresa. Isso era diferente em 2011, quando havia um recorde de criação de vagas e havia trabalhadores que pediam demissão sem ter um novo emprego", afirma Ricardo Haag, executivo da Page Personnel.

    O sentimento de estar estagnado na carreira também está ligado ao momento econômico, segundo Haag.

    "Com esse cenário mais restrito, 80% das vagas que abrem são para substituição de profissional, e não para novos postos. A qualificação da equipe pode gerar insegurança e falta de perspectiva de crescimento."

    Ao todo, 400 profissionais foram entrevistados.

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    Clima... O shopping Pátio Paulista, de São Paulo, espera elevar o fluxo de clientes em 8% no período de compras de Natal neste ano. Hoje, a média mensal de clientes é de 1,5 milhão de pessoas.

    ...de Natal O centro de compras investiu R$ 600 mil na decoração interna para o fim de ano. O projeto inclui ações de interação com o público do shopping.

    Contêineres... A Portonave, terminal portuário privado localizado em Navegantes, em Santa Catarina, bateu no sábado (18) o recorde sul-americano de movimentação de contêineres por hora.

    ...em série O terminal atingiu a marca de 270,4 movimentos por hora durante operações envolvendo o navio MSC Agrigento. Foram usados seis guindastes.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
    Escreve diariamente,
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