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    Mercado Aberto

    Contraceptivos crescem menos que mercado de medicamentos em geral

    30/10/2014 03h00

    O segmento de contraceptivos avança em ritmo mais lento que o do mercado de medicamentos em geral.

    Enquanto a venda dos anticoncepcionais cresceu 9,5% em valores nos últimos 13 meses, o setor de remédios registrou incremento de 13%.

    Quando se considera a comercialização em unidades, os números são 4,7% e 8,4%, respectivamente.

    "A indústria farmacêutica tem se expandido mais por causa dos genéricos. Como há poucos genéricos no segmento de contraceptivos, ele acaba tendo uma alta menor", diz o presidente do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo), Nelson Mussolini.

    "Mas os anticoncepcionais são importantes para o setor e crescem dentro da média dos produtos de marca."

    Para impulsionar a venda desses medicamentos, os laboratórios investem na propaganda médica, pois o comércio costuma ser realizado com prescrição.

    Segundo o executivo, as vendas para o governo não são muito representativas hoje. "Seria diferente caso houvesse algum controle de natalidade, mas o governo não faz ações desse tipo até por causa da Igreja Católica."

    Entre setembro de 2013 e setembro de 2014, foram vendidos no país R$ 2,3 bilhões em anticoncepcionais -3,6% do movimentado por medicamentos no período.

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    Disputa pela pílula

    A MSD mira a liderança no mercado de contraceptivos até 2018 e espera avançar no setor público também.

    "Nossa atuação está em dois pilares: no mercado privado e no público, com um trabalho voltado às sociedades médicas para que se incorporem mais opções de contraceptivos no SUS", diz Fabiola Fonseca, executiva responsável pela área.

    Raquel Cunha/Folhapress
    Fabiola Fonseca, da MSD
    Fabiola Fonseca, da MSD

    Fonseca lembra a necessidade de aperfeiçoar o acesso a contraceptivos para usuárias de drogas e adolescentes. "De 7,3 milhões de novas mães adolescentes, 2 milhões têm menos de 15 anos, segundo as Nações Unidas."

    O Brasil é o segundo maior mercado de contracepção do mundo, atrás dos Estados Unidos. O segmento é o segundo em vendas no país, depois do de analgésicos. Fatura cerca de R$ 2,3 bilhões.

    O último anticoncepcional lançado pela MSD há dois meses foi o Stezza, com hormônios similares aos femininos, segundo a empresa, que produz também o anel contraceptivo, o implante e a pílula só com progesterona.

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    Novo nome na coleira

    Com previsão de fechar o ano sem novas inaugurações, a rede de lojas de produtos para animais de estimação Petz (antiga Pet Center Marginal) investirá R$ 30 milhões na abertura de dez unidades em 2015.

    A expansão se concentrará em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Goiânia, cidades onde a empresa atua.

    "Decidimos prorrogar em um ano a ampliação para focar em reestruturações internas e em um crescimento mais sustentável", diz Sergio Zimerman, presidente e fundador da rede, que foi adquirida no ano passado pelo fundo Warburg Pincus.

    Leticia Moreira/Folhapress
    Sergio Zimerman, presidente e fundador da rede de lojas
    Sergio Zimerman, presidente e fundador da rede de lojas

    Também serão aportados R$ 5 milhões em alteração de fachadas e comunicação interna das lojas de São Paulo, que ainda operam com o nome antigo.

    "A mudança ocorreu porque Pet Center Marginal remetia muito à cidade de São Paulo e hoje já temos operações em outros municípios", explica Zimerman.

    Hoje, são 27 pontos em funcionamento, sendo 22 no Estado de São Paulo.

    R$ 250 milhões foi o faturamento da rede no ano passado

    1.300 m² é a área média de venda de uma loja do grupo

    1.300 é o número de funcionários na empresa

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    Consumo vitaminado

    A América Latina teve a segunda maior taxa de crescimento no mundo na venda de vitaminas e suplementos alimentares nos últimos cinco anos, segundo estudo da Euromonitor International.

    O segmento avançou em uma média anual de 4,9% de 2008 a 2013, atrás apenas da região da Australasia, onde a alta chegou a 9% no período.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O Brasil tem a maior parcela do mercado latino-americano, com 32% do total. O aumento do consumo dos produtos por pessoas mais jovens, na faixa dos 30 anos, é um dos motivos para o desempenho no país, segundo o relatório da consultoria.

    Entre as nações vizinhas, as que tiveram as maiores taxas de crescimento do setor nos últimos cinco anos foram Equador e Venezuela –6,1% e 5,5%, respectivamente.

    A empresa calcula que, até 2018, o mercado de vitaminas e suplementos deverá atingir US$ 5,5 bilhões (R$ 13,5 bilhões) na América Latina.

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    Humor alemão

    A expectativa dos consumidores alemães com a economia do país se estabilizou em outubro, após duas baixas nos meses anteriores, segundo a consultoria GfK.

    O indicador sofreu pouca alteração em relação a setembro (queda de 0,1 ponto), apesar da possibilidade de um avanço pequeno do PIB neste ano, perto de 1%, e de questões externas, como as crises na Síria e no Iraque e a epidemia de ebola na África.

    Foram ouvidas 2.000 pessoas para a pesquisa.

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    Jeans... Outra marca internacional de moda mais acessível chega ao Brasil. A Carrera, grife italiana de jeans, fundada na década de 60 em Verona, vai abrir no início de 2015 uma loja em São Paulo, nos Jardins.

    ...italiano A marca será trazida pela MHL. O contrato com a Carrera Itália prevê para os próximos anos cinco lojas da marca em shopping centers de São Paulo, uma no Rio de Janeiro e a abertura de franquias em outras capitais.

    Treino... A MSA, multinacional de equipamentos de proteção e de segurança, instalará no Brasil o seu primeiro centro de treinamento contra quedas no mundo. A unidade ficará em Diadema (SP), onde está a fábrica do grupo no país.

    ...para não cair O local terá simuladores que retratam ambientes de trabalho em altura. O grupo teve receita global de US$ 1,1 bilhão em 2013. No Brasil, o crescimento médio foi de 15% nos últimos cinco anos, segundo a empresa.

    Oferta O Alibaba realizará pela primeira vez no Brasil o Festival de Compras 11.11, promoção com o perfil do "Black Friday", idealizada na China para o Dia dos Solteiros.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

    mercado aberto

    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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