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    Mercado Aberto

    Syngenta investe para nacionalizar fungicida

    02/11/2014 03h00

    A Syngenta, multinacional suíça de insumos agrícolas químicos e sementes, vai expandir a sua fábrica localizada em Paulínia, no interior do Estado de São Paulo.

    A empresa investirá US$ 44 milhões (aproximadamente R$ 110 milhões) para nacionalizar a produção de um fungicida destinado ao combate da ferrugem asiática, que atinge a soja e provoca redução da produtividade.

    O defensivo é vendido no Brasil desde março, mas é importado de uma unidade do grupo localizada na França.

    O produto é uma das principais apostas da empresa para ampliar os negócios no país nos próximos anos. Só na safra atual, a projeção é que as vendas do fungicida, ainda na versão francesa, atinjam US$ 300 milhões (R$ 750 milhões) no Brasil.

    "É a nossa maior inovação nos últimos dois anos", diz Laercio Giampani, presidente da Syngenta no Brasil.

    Ao contrário de fungicidas tradicionais, fornecidos aos agricultores na forma líquida, o novo material é composto por grânulos solúveis.

    Quando a produção brasileira for iniciada, em 2016, a fábrica de Paulínia também vai abastecer os países vizinhos com o defensivo.

    "O produto já está registrado em países da América do Sul, como Paraguai e Bolívia, e com a situação encaminhada em outras localidades, como nos Estados Unidos", afirma o executivo.

    Sobre o atual cenário econômico, Giampani diz que há um otimismo menor agora, na comparação com o início de 2014. "É uma combinação de coisas, como o país reduzindo a sua produção, as commodities com os seus preços menores e as condições de clima desfavoráveis."

    A multinacional, no entanto, não abre números específicos sobre o desempenho registrado no Brasil.

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    Indústria de sucata de ferro dispensa 10% de seus empregados

    O setor de sucata de ferro demitiu o maior volume de funcionários desde a crise de 2008, segundo o Inesfa (que representa as empresas).

    A redução do preço do minério e do consumo interno são alguns dos motivos apontados para os desligamentos.

    "A tendência é que ocorram mais dispensas, pois o período de final de ano é historicamente menos produtivo nas indústrias que consomem sucata", diz Marcos Fonseca, presidente do Inesfa.

    Desde os meses de junho e julho, foram aproximadamente 4.000 funcionários, 10% de toda a mão de obra do setor no país.

    "É um termômetro da construção civil e da indústria de bens que contenham aço, como automóveis, linha branca e latas. Se esses segmentos não vão bem, eles não compram sucata."

    Os cortes só não se assemelham aos reflexos da última crise por conta do desempenho das exportações, que em setembro subiram 30,2% em relação ao mês anterior.

    A demanda interna pela matéria-prima, por sua vez, diminuiu 30% no segundo semestre deste ano, em relação aos primeiros seis meses.

    No mesmo período, houve uma queda de geração de 15%, diz Fonseca.

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    Fabricantes de móveis do RS terão resultado negativo em 2014

    A indústria moveleira do Rio Grande do Sul deverá registrar retração neste ano, de acordo com a Movergs (associação das empresas do setor do Estado).

    A projeção é de uma queda de 2% na produção. Em 2013, o resultado havia sido uma alta de 6,8%.

    O faturamento deverá crescer nominalmente ao redor de 7,5%. "Mas a inflação do nosso setor está acima do IPCA. Utilizamos muita matéria-prima importada, cotada em dólar", diz o presidente da entidade, Ivo Cansan.

    "No final, deveremos ter um recuo na receita."

    No ano passado, o faturamento real das moveleiras gaúchas avançou 4,1%, somando R$ 6,7 bilhões.

    "As famílias estão endividadas demais e os juros subiram muito. Os consumidores perderam a confiança e acabaram cortando gastos", acrescenta Cansan.

    45 mil é o número de empregados pelo setor no Rio Grande do Sul

    18,6% do faturamento da indústria moveleira brasileira concentra-se no Estado

    2.580 são as empresas no RS

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    Sem ir ao banco

    Quase metade dos americanos com idade entre 25 e 34 anos considera realizar pagamentos por celular ou tablet mais eficiente e mais rápido que qualquer outro meio, segundo pesquisa da GfK.

    O levantamento mostra também que, entre os entrevistados dessa faixa etária, 34% afirmam que esse método de pagamento é mais seguro do que todos os outros.

    Entre o grupo com idade de 50 a 68 anos, no entanto, os celulares são vistos como mais seguros por 12%. Pouco menos de 20% os consideram mais eficientes.

    Em geral, 57% dos americanos ouvidos afirmaram se preocupar com a segurança de suas informações pessoais quando realizam uma transação através dos equipamentos móveis.

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    Análise britânica

    O número de britânicos que considera a economia a principal questão do país subiu cinco pontos percentuais de setembro para outubro e ficou em 15%, segundo pesquisa da Ipsos.

    À frente da situação econômica do país, apareceu a imigração, com 23%.

    As parcelas que acreditam que o desemprego e que a desigualdade deveriam ser prioridades permaneceram estáveis no período, com 8% e 5%, respectivamente.

    Salário mínimo e União Europeia apareceram com 3% cada um. Ao todo, foram entrevistadas 976 pessoas.

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    Sem choque A Steck, de materiais elétricos, investiu cerca de R$ 10 milhões em sua planta em Manaus. Os recursos foram destinados à renovação do setor de injeção plástica e a novos sistemas de refrigeração, entre outras melhorias.

    Crédito A Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) realizará no início de dezembro um mutirão de renegociação de dívidas entre consumidores e empresas credoras em Itaquera, na zona leste de São Paulo.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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