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    Mercado Aberto

    Caem vendas de viagens para férias e fim de ano

    06/11/2014 03h00

    As vendas de viagens para o fim deste ano e para as férias de janeiro diminuíram em outubro e estão em um patamar inferior ao projetado inicialmente, de acordo com operadoras de turismo.

    Na Agaxtur, por exemplo, a retração chegou a 18% na comparação com outubro de 2013, segundo o presidente da empresa, Aldo Leone.

    "Setembro havia sido bom, mas a eleição, a conjuntura econômica e a inflação prejudicaram o mês passado."

    A Agaxtur está investindo em promoções para recuperar a queda.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Até agora, foram comercializadas no país cerca de 70% das viagens disponíveis pelas agências de turismo para o Réveillon. O setor espera vender entre 85% e 90%.

    "Em outros anos, nessa época, não tinha mais nada para a maioria dos destinos", afirma o presidente em exercício da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), Edmar Bull.

    "O pessoal estava aguardando o resultado [das eleições] para comprar. Esperamos preencher as vagas nos próximos 30 dias", acrescenta o presidente da Braztoa (associação das operadoras), Marco Ferraz.

    As operadoras apresentaram um primeiro semestre estável em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa era avançar entre julho e dezembro –o que não deve ocorrer.

    "Devemos manter os números de 2013, com faturamento ao redor de R$ 11 bilhões."

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    Visão acelerada

    Mesmo com colete e a perna engessada em decorrência de um acidente, o italiano Lapo Elkann, neto de Gianni Agnelli (Fiat e Juventus FC), veio ao país para o lançamento oficial de sua grife de moda e óculos.

    O empresário fechou há cerca de dois meses uma joint venture da sua Italia Independent com a distribuidora Biz do Brasil.

    Elkann, que fundou a empresa em 2007 e que por ora vende no país seus óculos em óticas, confirma a abertura de uma loja própria.

    "Está certo para daqui a um ano, em São Paulo", conta em português corrente, que aprendeu por ter vivido no Brasil. "Já estamos abrindo neste ano em Miami e Nova York, depois de termos chegado em Paris e Torino (Itália). E no início de 2015, estaremos também em Los Angeles e Tóquio."

    Eduardo Knapp/Folhapress
    Lapo Elkaan (esq.) e Andrea Tessitore, sócios da empresa italiana
    Lapo Elkaan (esq.) e Andrea Tessitore, sócios da empresa italiana

    Mesmo para alguém como Elkann não estava fácil ter crédito em 2013 na Itália e a empresa optou pelo IPO, em junho retrasado.

    "Como se pode chamar 'independent' e ir com os fundos? Nós os respeitamos, mas a Bolsa foi a melhor decisão, a mais natural", diz.

    "Com os recursos, expandimos para muitos outros países. Hoje, 40% do faturamento vem do exterior, contra os 20% anteriores ao IPO", acrescenta o sócio Andrea Tessitore.

    A empresa cresceu cerca de 40% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2013, ano em que o faturamento foi de € 25 milhões (R$ 78,2 milhões).

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    Fôlego feminino

    A Contours, rede americana de academias para mulheres, pretende abrir 24 unidades no Brasil no primeiro semestre de 2015. Hoje, são 50 pontos em operação.

    A expansão ocorrerá após uma fase de reestruturação da empresa em 2014, quando a marca não focou na abertura de novos locais.

    Nesse período de remodelação do negócio, o grupo voltou a fazer por conta própria a comercialização de franquias, atividade que havia sido assumida por uma consultoria externa.

    "Fizemos a terceirização, mas não houve um bom retorno. A avaliação é que ninguém vende melhor o seu produto do que você mesmo", diz Patricia Martins, diretora-executiva da rede.

    Zanone Fraissat/Folhapress

    O principal alvo do crescimento será São Paulo, sobretudo em municípios com mais de 200 mil habitantes localizados no interior.

    O Estado já concentra hoje mais da metade das unidades da empresa.

    "O segmento ainda tem muito espaço para avançar. Mesmo em um ano difícil como este e sem nenhum esforço para abrir academias, o nosso faturamento deverá aumentar cerca de 30%."

    15 mil é o total de alunas da empresa no país

    28 é o número de academias da rede no Estado de São Paulo

    12 são os Estados com unidades da marca

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    Duas mãos

    Com o apoio da Tarpon Investimentos, o Instituto Semear (que beneficia jovens universitários de baixa renda) amplia sua atuação em São Paulo.

    O Semear, que iniciou sua história em 2010 em São José dos Campos, tem hoje 36 bolsistas na capital –20 deles com o patrocínio da gestora de recursos.

    "Tínhamos a ambição de que o nosso time pudesse se qualificar como mentor. É um benefício de duas mãos, que engajou muito as pessoas", diz o CEO Eduardo Mufarej.

    Além disso, a cada ajuda de custo dada a um estudante por um funcionário, a gestora financia outros dois alunos, segundo Mufarej. Ao todo, foram alocados cerca de R$ 50 mil no programa.

    O instituto oferece auxílio financeiro a jovens em universidades públicas para que, vencida a barreira do acesso ao ensino superior, os estudantes consigam concluir o curso de graduação.

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    Presença O governador de Utah (EUA), Gary R. Herbert, estará nesta quinta-feira (6) na Faap para um encontro com alunos, professores e líderes empresariais sobre o papel da educação no desenvolvimento econômico.

    Liga A Gerdau desenvolveu um tipo de aço microligado que diminui de sete para quatro as etapas de fabricação de pino-bola no setor de autopeças. A redução nos custos de produção é de em média 20%, segundo a empresa.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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