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    Mercado Aberto

    País ganha 4.000 micro e pequenas empresas por dia

    18/11/2014 03h00

    O Brasil ganhou, em média, cerca de 4.000 micro e pequenas empresas por dia neste ano.

    A estatística é do Empresômetro MPE, que será lançado nesta terça-feira (18) pela Confederação Nacional do Comércio e pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República.

    São Paulo é o responsável por mais de um quarto dessas novas empresas, de acordo com dados do sistema desenvolvido pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação).

    No Estado, a média diária é de 1.108 inaugurações. Na sequência, aparecem os Estados de Minas Gerais (411), Rio de Janeiro (348), Rio Grande do Sul (305) e Paraná (274).

    Editoria de Arte/ Folhapress

    O segmento de vestuários e acessórios lidera o ranking de áreas com mais micro e pequenas empresas em atividade, seguido pelo varejo de alimentos (minimercados, mercearias e armazéns) e por lanchonetes e similares.

    "São áreas em que, tradicionalmente, há uma grande presença de empresas de pequeno porte", diz Roberto Nogueira Ferreira, da CNC.

    Cabeleireiros, restaurantes e lojas de peças para veículos também estão na lista.

    De início, o sistema não trará dados sobre o tempo necessário para a abertura de empresas. A expansão das micro e pequenas, no entanto, será computada com informações por cidade.

    "A ferramenta servirá para a definição de estratégias para governos e entidades, que poderão, por exemplo, oferecer cursos de capacitação de acordo com os tipos de empresas existentes em cada município", afirma Ferreira.

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    Paranaense no centro do Rio

    A rede de hotéis Slaviero, com sede em Curitiba, vai entrar no mercado fluminense com a instalação de uma unidade no centro do Rio de Janeiro.

    "A cidade é uma das principais praças do Brasil e já estava há algum tempo no nosso planejamento estratégico. Queremos estar nas maiores capitais do país", diz o diretor-geral da rede, Eduardo Slaviero Campos.

    Theo Marques - 27.set.11/Folhapress
    Eduardo Slaviero Campos, diretor-geral bda rede hoteleira
    Eduardo Slaviero Campos, diretor-geral bda rede hoteleira

    A empresa atua hoje em cinco Estados (Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Espírito Santo e Mato Grosso) e projeta a entrada em pelo menos outros três.

    "Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, além do Distrito Federal, são as principais cidades onde ainda não estamos", acrescenta.

    Com foco no público corporativo, o novo empreendimento demandará R$ 95 milhões e será construído até o fim de 2015.

    A previsão é de entrar em operação em fevereiro ou março de 2016.

    Sobre a desaceleração econômica do país, Campos afirma que a companhia ainda não sentiu seus reflexos.

    "Junho e julho foram ruins por causa da Copa do Mundo. Os executivos não viajaram. Depois, aqueceu bastante. Mas estamos esperando, sim, um cenário um pouco ruim para o início do próximo ano."

    R$ 126 milhões foi o faturamento da rede no ano passado

    R$ 150 milhões é o faturamento esperado para 2014

    24 são os hotéis em operação

    10 é o número de contratos de novos empreendimentos assinados

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    Farmacêuticas querem ampliar exportação de medicamentos

    Executivos do ramo farmacêutico discutirão com representantes do governo federal medidas para destravar as exportações do setor. O encontro será no dia 3 de dezembro, na capital paulista.

    Entre os 30 países que mais exportam medicamentos, o Brasil figura na 27ª posição, segundo levantamento do instituto IMS Health. De 2003 a 2013, o valor exportado saltou de US$ 280 milhões (R$ 728 milhões) para US$ 1,52 bilhão (R$ 3,9 bilhões).

    Rodrigo Capote - 01. out. 2010/Folhapress
    Antônio Britto, presidente da Interfarma
    Antônio Britto, presidente da Interfarma

    "Nações como Alemanha e Suíça só exportam mais porque inovaram sua produção", afirma Antônio Britto, presidente da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutico de Pesquisa).

    Em 2016, o Brasil tem a perspectiva de subir da sexta para a quarta posição no ranking global dos maiores mercados internos de fármacos.

    Hoje, o segmento movimenta no país aproximadamente US$ 20 bilhões (R$ 52 bilhões) e está à frente de economias como Itália, Espanha, Canadá e Reino Unido.

    Editoria de Arte/ Folhapress

    É a venda externa de medicamentos produzidos no país que ainda não decolou, analisa Britto. "Não temos indústria forte de insumos nem custo competitivo para fabricar remédios básicos", diz.

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    Gatilho asiático

    A brasileira Condor, especializada na fabricação de armas não letais, planeja ampliar sua participação no mercado asiático em 2015.

    A expectativa é saltar de R$ 6 milhões para R$ 60 milhões o volume de vendas de itens como balas de borracha, pistolas elétricas e bombas de gás lacrimogêneo.

    A companhia montou um escritório em Cingapura e prevê espalhar uma rede de distribuidores credenciados em 26 dos 45 países asiáticos.

    "Também planejamos adquirir uma indústria concorrente na Coreia do Sul para erguer um depósito na região", afirma Paulo Amorim, CEO da companhia.

    A empresa disputa neste ano processos licitatórios para a entrega de armamento não letal em nove países do continente, diz Amorim.

    A Condor tem uma fábrica em Nova Iguaçu (RJ) e vende seus produtos para aproximadamente 40 países.

    Neste ano, prevê faturar R$ 250 milhões ante os R$ 185 milhões obtidos em 2013.

    130 são os modelos de armamentos não letais da companhia

    760 é o número de funcionários da empresa espalhados por quatro continentes

    35% é o crescimento esperado para o faturamento da empresa neste ano

    Editoria de Arte/ Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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