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    Mercado Aberto

    Empresas investem R$ 210 mi para recuperar botijões de gás de cozinha

    20/11/2014 03h00

    O número de botijões de gás de cozinha de 13 quilos restaurados pelas empresas do setor cresceu 37% de janeiro a setembro deste ano, segundo o Sindigas (sindicato do segmento).

    Foram recuperados 11,5 milhões de botijões nos primeiros nove meses deste ano. No mesmo período de 2013, o total havia sido de 8,5 milhões.

    Em 2014, o aporte das empresas da área até setembro foi de R$ 210 milhões.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Mesmo em um cenário econômico como o atual, em que a tendência das empresas é adiar investimentos, o número do programa de requalificação é recorde", diz Sergio Bandeira de Mello, presidente do sindicato.

    A atuação fiscalizadora da ANP (Associação Nacional do Petróleo) é um dos motivos para o crescimento, de acordo com o executivo.

    Por norma, os cilindros de gás precisam passar por requalificação, que inclui testes de pressão e reparos, quando apresentam danos visuais ou após 15 anos contados da data de fabricação.

    O segmento vende no país uma média de 35 milhões de botijões de gás por mês. Até setembro, o volume comercializado cresceu 1,8% em relação a igual período de 2013.

    "Não é um avanço a ser comemorado, mas, com o quadro da economia, também não é ruim", afirma Mello.

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    Do vinho para a vodka

    Após anunciar, no início deste ano, a entrada no mercado de malte uísque, a fabricante gaúcha de vinhos Salton decidiu começar a produzir vodka.

    O início da fabricação das bebidas ocorrerá em 2015. Para isso, a empresa transferiu sua planta de São Paulo para Jarinu (SP), onde haverá mais espaço para logística.

    "A ideia é não trabalhar com ociosidade. Também agregamos novos produtos e entramos no segmento jovem", diz o presidente da companhia, Daniel Salton.

    Fabiano Mazzotti - 26.mar.10/Folhapress
    Daniel Salton, presidente da empresa
    Daniel Salton, presidente da empresa

    A transferência da produção para o interior, no entanto, causou uma perda pontual à empresa. Em São Paulo, ficava a linha do conhaque Presidente, que precisou ser paralisada durante a mudança.

    "Deixamos de produzir 450 mil caixas no período."

    Com a redução, o faturamento com conhaques caiu 20% no primeiro semestre deste ano e a expectativa de crescimento total em 2014 passou de 11,5% para 8%.

    O empresário projeta que o resultado do último trimestre deste ano reverterá o prejuízo. "As vendas entre outubro e dezembro representam 45% do total". Em outubro, a Salton registrou alta de 35,7% no faturamento ante o mesmo mês de 2013.

    R$ 296 milhões foi o faturamento em 2013

    R$ 320 milhões é o esperado para 2014

    540 são os funcionários

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    Habilidade do futebol

    Os jogadores Falcão (futsal), Nenê (do clube Al-Gharafa, no Catar) e os ex-atletas de futebol Denílson e Marco Aurélio Barbosa se uniram fora das quatro linhas para criar uma franquia de moda jovem: a 100RSDN.

    "De uma brincadeira após a comemoração de um gol surgiu a ideia do negócio. Queremos levar o nosso estilo para o mercado", afirma Falcão.

    Fábio Braga - 19.nov.2014/Folhapress
    Os atletas Denilson (da esq. para dir.), Falcão e Marco Aurélio
    Os atletas Denilson (da esq. para dir.), Falcão e Marco Aurélio

    Até 2019, o grupo prevê um investimento de até R$ 105 milhões feito por seus franqueados para abrir 300 lojas no país.

    Há dois tipos de ponto: quiosque (R$ 80 mil) e loja de rua (R$ 350 mil).

    "Se o franqueado não se adaptar em dois anos, devolveremos 100% do valor que ele investiu", diz Romério Souza, administrador da franquia.

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    O que estou lendo: Rachel Maia, diretora da Pandora

    A diretora das joalherias Pandora no Brasil, Rachel Maia, lê o livro "It's Your Ship" ("É o seu Navio"), do capitão Michael Abrashoff.

    Ex-comandante do USS Benfold, o autor baseou-se em sua experiência para escrever sobre gestão. "A obra mostra como um bom líder deve se portar em diferentes situações", diz ela.

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    Otimismo abaixo da média

    Após três meses de estabilidade, a confiança do consumidor brasileiro com a economia subiu em outubro, mas a parcela de entrevistados otimistas no país permaneceu abaixo da média global, segundo estudo da Ipsos.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Entre os consultados no Brasil, 32% avaliaram como boa a situação econômica, uma alta de seis pontos em relação a setembro.

    Nas 25 nações pesquisadas, a média foi de 41%. Espanha e França tiveram os piores índices: 7%.

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    Bolsa corporativa

    O Fundo de Bolsas de Estudo do Insper, em São Paulo, atingiu neste ano a maior captação de recursos de sua história: R$ 2 milhões.

    Entre 2008 e 2013, foram captados R$ 4 milhões.

    Desde que foi criado pela instituição, o fundo recebeu 1.002 doações feitas por ex-alunos e empresas.

    O programa já beneficiou 190 graduandos de baixa renda com bolsas de estudo do tipo parcial ou integral.

    "Para o próximo ano, queremos captar mais recursos para atender outros 49 estudantes", diz Camila Dup Lessis, gerente de relacionamento institucional.

    Hoje, dos 1.700 alunos de graduação, 8% são beneficiados pelo fundo de bolsas.

    Alves

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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