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    Mercado Aberto

    Empresa instalará usina térmica a gás de R$ 3 bilhões no Rio Grande do Sul

    30/11/2014 03h00

    Com R$ 3 bilhões, a gaúcha Bolognesi, de energia e infraestrutura, começará a construir em julho do próximo ano uma usina termelétrica a gás em Rio Grande (a 335 km de Porto Alegre).

    O projeto começou a ser desenvolvido há quatro anos, mas dependia da comercialização antecipada de energia para sair do papel.

    Na sexta (28), no leilão realizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a companhia vendeu o megawatt-hora por R$ 205,64.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Já havíamos levado o projeto ao leilão de dezembro do ano passado, mas não tinha preço [que viabilizasse a construção do empreendimento]", diz o vice-presidente, Paulo Cesar Rutzen.

    No certame de 2013, o governo federal havia fixado o preço-teto em R$ 150. Neste ano, passou para R$ 209.

    "Esse valor acima de R$ 200 sinaliza que há uma intenção de fazer o setor de gás natural crescer", acrescenta o executivo.

    "O preço definido no ano passado considerava que a usina seria construída em cima de poços de gás. Na verdade, o gás será importado do México, precisará ser liquefeito, transportado e regaseificado quando chegar ao Brasil. Isso torna o projeto mais caro."

    O leilão também viabilizou a instalação de outra termelétrica da empresa no porto de Suape (PE). O empreendimento terá a mesma potência do de Rio Grande (1.200 MW cada um) e receberá um investimento um pouco inferior (R$ 2,8 bilhões).

    A Bolognesi atua hoje com 15 usinas em operação. As duas termelétricas novas deverão começar a gerar energia em 2019.

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    Telona na mão

    A Samsung, líder mundial em smartphones, prevê que, daqui quatro anos, metade dos aparelhos comercializados no Brasil será do tipo tela grande –com mais de cinco polegadas.

    Em 2013, a venda de smartphones maiores atingiu 6% no país e deverá chegar a 30% em 2016, de acordo com levantamento da consultoria IDC.

    Ernesto Rodrigues/Folhapress
    João Pedro Flecha de Lima, da Samsung
    João Pedro Flecha de Lima, da Samsung

    "Quase não produzimos mais 'features' [celulares mais simples] no país", diz João Pedro Flecha de Lima, vice-presidente de mobile da Samsung no Brasil. O celular mais barato da empresa sai por R$ 299.

    As duas fábricas da multinacional no país produzem smartphones de tela grande desde meados de 2011.

    O desempenho do mais recente e sofisticado lançamento da empresa, o Note 4 –que custa R$ 2.899 e tem tela de 5,7 polegadas– foi acima do esperado.

    "As vendas na primeira semana foram três vezes maiores que as registradas pelo aparelho anterior", afirma o executivo.

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    O que estou lendo: Nicola Calicchio, presidente da McKinsey

    Entre os livros que Nicola Calicchio, presidente da consultoria McKinsey para América Latina, lê, o que mais atrai seu interesse é "Give and Take" ed. Penguin ("Dar e Receber", na ed. Sextante), de Adam Grant.

    O autor afirma que, por gerações, valorizaram-se para o sucesso a dedicação e o talento. Hoje, porém, cada vez mais, o êxito depende depende da interação com outras pessoas.

    Professor titular de Wharton (Universidade da Pensilvânia), Grant vê três categorias de pessoas.

    Há os 'takers' (tomadores), que ajudam os outros quando os benefícios superam os custos; os "givers" (doadores), que auxiliam sem esperar retorno; e os "matchers", que combinam os atos de dar e receber.

    "Ninguém é 'giver' 100% sempre. Nem sempre agimos da mesma forma, no amor, por exemplo, e a forma com que nos relacionamos com as várias pessoas também é diferente", diz.

    Grant diz que alguns doadores se exaurem a longo prazo. "Estou nessa parte do livro: o que esse grupo faz versus o que não [se esgota]. Mas é reconfortante saber que fazer o bem é bom, inclusive para quem faz."

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    Ajuda dos grandes

    Jovens profissionais de países emergentes acreditam mais que as grandes empresas devem ajudar as start-ups de empreendedorismo social com recursos e conhecimentos do que os de nações desenvolvidas.

    Pesquisa encomendada pela marca de uísque Chivas Regal aponta que essa parcela é de 89% no Brasil.

    No México, na África do Sul e na China, é de 92%, 91% e 90%, respectivamente. Nos Estados Unidos e no Reino Unido, são 64% e 71%.

    O levantamento também mostra que, para 68% dos ouvidos, o acesso a investimentos foi a principal dificuldade enfrentada para começar seu negócio social. Foram entrevistadas 2.000 pessoas.

    68% dos entrevistados afirmaram que a falta de investimentos foi a principal dificuldade enfrentada para começar o empreendimento social

    44% disseram que a falta de acesso a uma consultoria empresarial ou a um mentor com experiência também foi um dos empecilhos

    89% dos brasileiros ouvidos acreditam que os grandes grupos devem ajudar as pequenas empresas sociais

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    Trabalho de Natal A C&A vai contratar cerca de 3.000 funcionários temporários para o período de vendas de fim de ano. Em São Paulo, serão aproximadamente 600 admitidos. A rede varejista de moda tem mais de 280 lojas no país.

    Eficiência O Movimento Brasil Competitivo reunirá na quinta-feira (4), em São Paulo, governadores eleitos para discutir modelos de gestão. O movimento já implementou seu programa de administração pública em 13 Estados do país.

    Velati

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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