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    Mercado Aberto

    Avícola investirá R$ 205 mi em abatedouros

    05/12/2014 03h00

    O grupo GTFoods, do setor avícola, investirá R$ 205 milhões até 2016 em seu projeto de expansão, que inclui ampliação de abatedouros e de fábricas de ração.

    Com o aporte, a capacidade de abate da companhia passará de 480 mil aves por dia para 650 mil –aumento de pouco mais 35%.

    A produção de ração, por sua vez, avançará 19,6%: das atuais 56 mil toneladas por mês para 67 mil toneladas.

    A desaceleração econômica do país não deve modificar o planejamento estratégico do grupo, que vem crescendo a um ritmo mais acelerado que o PIB. A projeção para este ano é de uma alta de 8,8% no faturamento.

    "A avicultura não está com grandes dificuldades porque o frango é a proteína mais barata do mercado", afirma o diretor administrativo, Rogério Gonçalves.

    editoria de arte/folhapress

    Apesar do crescimento no mercado doméstico, o grupo também planeja ampliar a participação de suas exportações na receita total. A expectativa é que alcance 40% nos próximos dois anos. Hoje, está ao redor de 30%.

    Entre os principais destinos dos embarques do grupo estão Japão, Hong Kong, Qatar, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Venezuela.

    O aperfeiçoamento do parque industrial do setor e das granjas estão entre as estratégias adotadas pelas empresas avícolas do Paraná para se expandirem. O Estado é responsável por 25% da produção nacional e é o maior exportador de aves do país.

    "Por causa disso e da pulverização das vendas em outras regiões brasileiras, com a abertura de filiais em vários Estados, cresceremos 7% neste ano", diz Domingos Martins, presidente do Sidiavipar (sindicado das indústrias de produtos avícolas do Paraná).

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    Setor químico encerrará ano em estagnação, diz Abiquim

    O faturamento da indústria química nacional deve terminar estagnado em 2014 na comparação com o ano anterior, indica levantamento da Abiquim (entidade do setor).

    O montante gerado neste ano atingiu a marca de US$ 156,7 bilhões (R$ 405,8 bilhões) –0,3% superior ao desempenho obtido por toda a indústria química em 2013.

    "Esse resultado é um reflexo direto do PIB [Produto Interno Bruto] que neste ano não crescerá", afirma Fernando Figueiredo, presidente da associação.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Entre os nove segmentos do setor, os produtos químicos de uso industrial registraram a maior queda no faturamento em relação ao ano passado: 3,9%, um total de US$ 69,7 bilhões (R$ 180,5 bi).

    Em outro extremo, os defensivos agrícolas obtiveram a maior alta: 6%, com participação de US$ 12,2 bilhões (R$ 31,5 bilhões) no faturamento total da indústria.

    Neste ano, o deficit da balança comercial do setor químico fechará o ano com US$ 31,6 bilhões (R$ 81,84 bilhões), próximo do recorde de 2013: US$ 32 bilhões.

    "Esse deficit ainda ocorre em razão do nosso custo de produção", diz Figueiredo.

    Nesta sexta (5), empresários analisarão o setor em encontro em São Paulo.

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    Gelado em três rodas

    A rede Bacio di Latte, especializada em sorvetes italianos, investirá R$ 30 milhões para abrir 80 pontos nos próximos três anos.

    Já em 2015, o plano de expansão prevê que a rede dobre de tamanho no país: de 20 para 40 unidades entre lojas e quiosques próprios.

    Ao todo, as novas instalações serão montadas nas regiões Sul e Sudeste.

    "Decidimos expandir porque achamos que o preço do aluguel cairá", diz o italiano Edoardo Tonelli, CEO que criou a rede no Brasil.

    Karime Xavier/Folhapress
    Edoardo Tonelli, CEO da Bacio di Latte
    Edoardo Tonelli, CEO da Bacio di Latte

    Sem aderir a franquias, o grupo tem a estratégia de crescer com um tipo de quiosque feito por um artesão que adapta carcaças de ape (carro italiano).

    Nesse formato, o investimento sai pela metade do custo necessário para abrir uma loja física, que gira entre R$ 1,3 milhão e R$ 2 milhões, em média.

    Há três anos no país, a companhia possui sete quiosques e outras 13 lojas em São Paulo e no Rio.

    Em 2016, a rede também planeja internacionalizar a marca levando suas 70 receitas de sorvetes cremosos para os Estados Unidos.

    "O mercado americano é muito parecido com o brasileiro, mas tem a vantagem de ser menos burocrático. A nossa primeira loja será em Nova York ou em Los Angeles", afirma o empresário.

    R$ 40 milhões é o faturamento estimado do grupo para este ano

    280 é o total de funcionários da rede

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    Passagem no smartphone

    A integração de tecnologias móveis para atendimento aos clientes é a prioridade estratégica para 83% dos executivos de empresas globais de transportes ouvidos para uma pesquisa da EIU (Economist Intelligence Unit).

    Em cinco anos, equipamentos móveis, como smartphones e tablets, deverão ser responsáveis por 42% das operações feitas por passageiros, incluindo compras e planejamento de viagens, segundo os profissionais.

    Hoje, cerca de um terço das transações (33%) ocorre por meio de computadores.

    Editoria de Arte

    Para o avanço das novas tecnologias, no entanto, as empresas terão de superar entraves técnicos.

    Mais da metade (57%) dos executivos aponta a existência de cobertura insuficiente de rede. Para 36% deles, há dificuldades na integração de dados e sistemas.

    Foram entrevistados 116 representantes de companhias de transportes, das quais 21% sediadas na América Latina (Brasil, Argentina e México).

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    Comida... A Parmeggio, rede de grelhados e lanches, abrirá 16 novos pontos entre quiosques e restaurantes em 2015. Além de cidades do interior paulista, como Sumaré e Atibaia, o grupo planeja montar um ponto em Cuiabá (MT).

    ...rápida O investimento para adquirir uma franquia da rede varia entre R$ 98 mil (quiosque) e R$ 265 mil (restaurante). Ao todo, o grupo possui 32 lojas espalhadas pelos Estados de São Paulo, Pará e Rondônia.

    Humor... O nível de confiança do consumidor britânico se manteve estável em novembro em relação a outubro, segundo pesquisa feita pela consultoria GfK. O índice marcou -2 pontos, em uma escala que vai de -100 a 100.

    ...inalterado O indicador que avalia as finanças pessoais nos próximos 12 meses caiu dois pontos no período e chegou a 2. A propensão para comprar, por sua vez, subiu cinco pontos no mês, ainda segundo o levantamento.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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