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    Mercado Aberto

    Setor de materiais de construção terá em 2014 a menor alta em dez anos

    07/12/2014 03h00

    O varejo de materiais de construção deverá terminar 2014 com um crescimento bem abaixo da projeção de 7% que havia sido feita no início do ano pela Anamaco (associação da área).

    Após registrar estagnação nas vendas em novembro, a entidade revisou a estimativa para baixo pela segunda vez e agora calcula que o aumento será de 2%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    "Esse percentual dificilmente vai mudar em dezembro. As vendas para as reformas de fim de ano já ocorreram", diz Cláudio Conz, presidente da Anamaco.

    Se o cálculo se confirmar, será o pior crescimento dos últimos dez anos para o setor. "Mais baixo até que o registrado na crise de 2009. Mesmo assim, em vista do PIB previsto para este ano, não será de todo ruim."

    Em julho, depois da Copa, a entidade já havia reduzido a estimativa para 3,5%.

    Mais do que a desaceleração da construção civil no país, a perda de dias úteis por causa do Mundial e das eleições foi a principal causa da evolução menor das lojas de materiais, segundo Conz.

    "A diminuição dos lançamentos imobiliários não impacta diretamente o nosso setor, quem sente mais são os fabricantes de materiais de construção", explica.

    Entre os segmentos que apresentaram quedas nas vendas em novembro, estão os de revestimentos cerâmicos (5%) e cimentos (3%).

    Com cerca de 145 mil lojistas no país, o setor movimentou R$ 57,4 bilhões em 2013.

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    Atrás do consumidor

    Agências de publicidade que começaram com foco só no digital têm visto crescer o investimento que fazem off-line (TV, jornal impresso, TV paga e OOH -"out of home" (fora de casa).

    Em 2012, 98% dos R$ 200 milhões faturados pela F.biz, que pertence ao grupo WPP, vieram do digital.

    O percentual caiu para 85% um ano depois, com alta do faturamento. Neste ano, a projeção é chegar a 75% de participação nos R$ 300 milhões de resultado.

    Lalo de Almeida/Folhapress
    Roberto Grosman, sócio e presidente da F.biz
    Roberto Grosman, sócio e presidente da F.biz

    "Houve uma diminuição da dependência do digital, agora que 25% dos nossos investimentos vão para o off-line", diz o sócio e presidente Roberto Grosman.

    "O mesmo consumidor que lê o jornal, vê a TV, está na internet e no celular. Temos de atingi-lo no momento certo e no meio certo. Ele é multimeio, não faz sentido se limitar a uma mídia." Hoje, 40% dos seus clientes são integrados, querem outros meios além do digital.

    Na W3haus, que também surgiu 100% para internet, a fatia do off-line (filmes e impresso) já é de cerca de 15%, segundo Tiago Ritter, sócio e CEO da agência, que tem 240 funcionários em Porto Alegre e São Paulo.

    "As digitais estão acostumadas a se reinventar todo o ano por causa de mudanças tecnológicas. A tendência de terem uma fatia maior nessa entrega em meios off-line vem disso", diz Ritter.

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    Sem abastecimento

    Editoria de Arte/Folhapress

    Falta de energia e água são os maiores riscos que as cidades correm por causa das mudanças climáticas, segundo 248 executivos entrevistados pelas EIU (Economist Intelligence Unit) a pedido da Rockefeller Foundation.

    A pesquisa também mostra que, para 45% dos entrevistados, o maior obstáculo para se implementar medidas preventivas são os custos altos. Em seguida, aparece o ceticismo em relação ao aquecimento global, com 33%.

    Pouco mais da metade (51%), porém, afirmaram que os investimentos em prevenção poderiam melhorar a competitividade ao reduzir a probabilidade de interrupções no trabalho.

    Dos entrevistados, 12% trabalham em empresas com faturamento superior a US$ 10 bilhões (cerca de R$ 26 bilhões) e 40% em companhias com receita entre US$ 500 milhões e US$ 10 bilhões.

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    Confiança americana

    Editoria de Arte/Folhapress

    Quase oito (79%) em cada dez norte-americanos afirmam acreditar que os bancos são as instituições mais seguras para proteger as informações pessoais de seus clientes contra fraudes, indica pesquisa da consultoria Ipsos.

    Outros 65% avaliam que as empresas de cartão de crédito são seguras. Quase o mesmo índice de confiança foi dado para as companhias de varejo on-line: 64%.

    A maior parcela dos entrevistados (55%) não acredita que as redes tradicionais do varejo protejam dados.

    Por outro lado, 69% dos entrevistados ainda não estão dispostos a usar smartphones para efetuar pagamentos no futuro.

    Entre a maioria dos desinteressados, 37% disseram que falta confidencialidade.

    Foram entrevistados cerca de 1.000 americanos.

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    Café... A Lavazza Espression, marca de cafeteria italiana, vai abrir sua segunda unidade no Brasil no primeiro trimestre do próximo ano. A loja será instalada no novo terminal do aeroporto de Viracopos, em Campinas.

    ...italiano O primeiro ponto da empresa no país fica em São Paulo, nos Jardins. O grupo Épura, detentor da marca no Brasil, projeta ter 30 lojas nos próximos cinco anos. A Lavazza Espression está em 17 países com 50 unidades.

    Pauta... A Confederação Nacional da Indústria apresentará nesta semana um pacote de reivindicações da área energética na 20ª Conferência das Partes sobre Mudança do Clima (COP-20), em Lima, no Peru.

    ...verde Entre os principais pontos que serão abordados, estão o aumento dos investimentos governamentais no setor e medidas para incentivar à produção e o consumo de energias renováveis, como eólicas e gás natural.

    Lei... O Sebrae e a Controladoria-Geral da União assinarão um convênio para tornar a Lei Anticorrupção mais conhecida entre empresas pequenas.

    ...popular O acordo prevê a produção de materiais e cursos para disseminar as normas entre empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano.

    Alves/Divulgação

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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