A Saint-Gobain, grupo francês de produtos industriais, embalagens e itens para obras, planeja entrar em 2015 no varejo de materiais de construção no Nordeste, com a rede Telhanorte.
A companhia tem hoje 38 lojas nos Estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, e pretende abrir até quatro pontos no próximo ano.
"O mercado de distribuição ainda tem um potencial de desenvolvimento importante para o grupo no país", diz Thierry Fournier, presidente da companhia para Brasil, Argentina e Chile.
No Brasil, o varejo é responsável atualmente por 20% das vendas da empresa, que na área industrial é dona de marcas como Brasilit, de telhas de fibrocimento, e Quartzolit, de argamassas.
| Karime Xavier/Folhapress | ||
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| Thierry Fournier, presidente da multinacional francesa na América do Sul |
"No grupo todo, o segmento de distribuição representa aproximadamente 45%. Há um grande espaço para crescer aqui", afirma o executivo francês, que assumiu o comando na América do Sul em julho deste ano.
| editoria de arte/folhapress |
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Embora tenha incluído o Nordeste no projeto de ampliação para 2015, a empresa ainda não abre quais Estados receberão lojas da Telhanorte. Na área industrial, a região abriga oito plantas fabris.
A expansão integra o pacote de aproximadamente R$ 550 milhões que deverão ser investidos no próximo ano, montante parecido com o que será aportado em 2014.
O valor inclui a construção de quatro novas fábricas no Brasil, mas não engloba possíveis aquisições. "Temos interesse principalmente em pequenas e médias empresas", afirma Fournier.
"Não estamos olhando apenas o nosso 'core business' [negócio principal], mas também setores que são vizinhos ao nosso. O objetivo é ampliar o portfólio de produtos para melhorar a oferta."
O Brasil é o terceiro maior mercado para a Saint-Gobain, atrás de França e Estados Unidos. É o único país, fora da sede, onde a companhia tem todas as linhas de produção que também existem nas plantas francesas.
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Desafio argentino
Além das quatro novas fábricas que terá no Brasil, onde a Saint-Gobain projeta um avanço de 10% no faturamento neste ano, a multinacional abrirá uma planta de vidros automotivos na Argentina.
Hoje, os produtos são comercializados pela empresa no mercado argentino a partir da fabricação brasileira.
"Não será uma transferência, será uma ampliação de mercado", diz Thierry Fournier, presidente da empresa na América do Sul.
"Primeiro desenvolvemos as vendas na região, e agora o investimento na produção local já se justifica."
Sobre a situação econômica pela qual passa o país vizinho, o executivo afirma que é possível ter um bom desempenho, apesar das taxas elevadas de inflação.
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Controlador da Dicico, grupo traz bandeira chilena a SP
Cerca de um ano e meio depois de ter assumido o controle da rede de lojas de materiais de construção Dicico, o grupo chileno Falabella definiu a entrada da bandeira Sodimac no Brasil.
A primeira loja com a marca, que é usada pela companhia em Chile, Argentina, Peru e Colômbia, ficará em Barueri, na Grande São Paulo.
A empresa avalia que não haverá uma concorrência direta entre as duas bandeiras porque a Sodimac tem um modelo diferente de atuação.
Enquanto a Dicico é especializada em itens de acabamento, com lojas de 3.000 m² de área de vendas, as unidades da Sodimac são mais generalistas, com até 12 mil m².
"Não é simplesmente uma loja maior, o mix é diferente, vai de materiais básicos a móveis", afirma Dimitrios Markakis, presidente da Construdecor, empresa que reúne as duas marcas no Brasil.
A companhia, que tem capital aberto no Chile, não informa detalhes sobre quantas unidades da Sodimac serão abertas no país.
A expansão da Dicico, no entanto, será mantida independentemente da nova bandeira, segundo Markakis.
"Apostamos muito nessa proposta de multiformato, de lojas com perfis para públicos diferentes. É algo que já ocorre no varejo alimentar, por exemplo, com supermercados, afirma.
O empresário comprou a Dicico em 1999 e, em maio do ano passado, vendeu 50,1% das ações da empresa para o grupo chileno Falabella por R$ 388 milhões.
59 são as lojas da rede de materiais de construção Dicico, todas no Estado de São Paulo
237 são as unidades do grupo Sodimac, incluindo os pontos de venda da Dicico
US$ 5,6 bilhões foi o faturamento da Sodimac no ano passado, o que representa R$ 14,5 bilhões
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Tijolo com tijolo
Quinto maior varejista de materiais de construção do país e com forte penetração na região Nordeste, a rede BR Home Centers, com sede em Goiás, planeja abrir mais quatro ou cinco lojas em 2015.
A empresa tem 24 pontos de venda, dos quais nove em quatro Estados do Nordeste –a região é responsável por 40% do faturamento.
"Assim como ocorre com o PIB, as vendas no Nordeste ainda crescem acima da média do país", afirma Guilherme Moraes, diretor do grupo.
Os locais que receberão as novas unidades, no entanto, ainda não foram fechados pela empresa.
A maior concentração de lojas da rede está no Rio de Janeiro, com oito pontos e 35% das vendas. A BR Home Centers surgiu em 2010, após fusão das bandeiras TendTudo e Casa Show.
R$ 900 milhões é o faturamento anual projetado pela empresa para 2014
2.500 são os funcionários da companhia
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| Velati/Reprodução | ||
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com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA
Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
Escreve diariamente,
exceto aos sábados.