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    Mercado Aberto

    Renovação de contrato pode dar à Chesf R$ 600 mi ao ano para investir em eólica

    07/01/2015 03h18

    A renovação dos contratos de fornecimento de energia da Chesf com um grupo de indústrias no Nordeste, que está prevista na Medida Provisória 656, permitirá a geração de investimentos em energia renovável na região.

    Os recursos poderão chegar a R$ 600 milhões por ano, segundo consultoria contratada pelas empresas.

    "Podem ser R$ 7 bilhões em dez anos, o que possibilitaria fazer uma parceria e obter crédito para investir em energia como a eólica", diz Paulo Pedrosa, presidente da Abrace (associação que reúne grandes consumidores de energia do país).

    Somados, os recursos dobrariam para R$ 14 bilhões nos próximos anos, segundo estimativa da entidade.

    Esse valor viria da diferença de cerca de R$ 80 por megawatt hora (MWh) entre os preços praticados com as indústrias e o valor que seria vendido no mercado cativo (pequenos e médios consumidores), conforme a Abrace.

    Daniel Marenco - 15.dez.2010/Folhapress
    Paulo Pedrosa, presidente da entidade que reúne grandes consumidores de energia
    Paulo Pedrosa, presidente da entidade que reúne grandes consumidores de energia

    Hoje, indústrias intensivas de energia na região, entre as quais Gerdau, Vale, Braskem, Dow, Ferbasa, Mineração Caraíba e Paranapanema, têm um contrato que vence em junho deste ano com a Chesf de compra de energia por R$ 110 por MWh.

    Com o fim do contrato, essa energia seria direcionada para o mercado cativo a preços mais baratos, de cerca de R$ 30 por MWh.

    Os investimentos poderiam ser feitos para a ampliação do parque eólico do Nordeste (projetos em geração, distribuição e transmissão de energia eólica).

    A Medida Provisória 656 foi aprovada no Congresso em dezembro passado e aguarda a sanção presidencial.

    Se os contratos não forem renovados, as empresas terão de comprar energia no mercado livre a cerca de R$ 300 por MWh.

    "Isso encareceria demais a produção naqueles Estados e o Nordeste passaria a subsidiar a energia de outras regiões, prejudicando a sua indústria", afirma.

    Se, por outro lado, a energia não for vendida por contrato especial às indústrias, ela poderá ir para o mercado cativo e ajudar a suavizar o custo da energia, inclusive em residências.

    "O país já favoreceu os pequenos consumidores em prejuízo dos industriais e precisa dar competitividade ao setor no Nordeste", completa Pedrosa.

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    Cresce número de contratados temporários para a Páscoa

    O número de trabalhadores temporários contratados pela indústria de chocolates para a Páscoa de 2015 atingiu 26,5 mil –elevação de 10,4% na comparação com a data no ano passado.

    Os funcionários são admitidos para trabalhar entre outubro e março. A alta, porém, não significa necessariamente um avanço na produção e na venda de mercadorias.

    Editoria de Arte/ Folhatress

    "Ainda não temos os dados fechados do que será fabricado para a Páscoa, mas o crescimento das contratações ocorre também por causa do aumento do número de lojas", diz Ubiracy Fonseca, vice-presidente da Abicab (associação do setor).

    "A expansão das redes de supermercados exige mais promotores nas lojas."

    Em 2014, foram produzidas 17 mil toneladas de ovos no período. O volume corresponde a 3,2% da média de chocolates fabricados anualmente.

    "A produção total para a data representa um pouco mais porque inclui também barras e bombons. Mas é o valor agregado do ovo que importa, pois é mais alto que o dos outros itens."

    Entre janeiro e setembro de 2014, a produção de chocolates no país caiu 2%.

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    Negócio de luxo

    Após uma queda de 17% em 2012, a venda de diamantes brutos no mundo cresceu 2% em 2013, segundo relatório anual da consultoria Bain & Company.

    O comércio de diamantes polidos e cortados subiu 4% no mesmo período. Entre 2011 e 2012, o segmento teve uma retração de 8%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O desempenho é reflexo de uma estabilização do mercado desde a retomada após a crise de 2008.

    No ano, foram extraídos 130 milhões de quilates do mineral bruto no mundo –2% a mais que em 2012, enquanto o volume lapidado foi de 25 milhões de quilates (19% da matéria-prima total).

    Cinco grandes produtores detiveram 70% de todo o montante vendido e 85% da receita global, diz a entidade. O conglomerado De Beers lidera o grupo.

    A maior parte da demanda (95%) vem de joalherias e somente 5% de pessoas interessadas em investir na pedra.

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    Grandes e familiares

    As companhias familiares de grande porte são as mais confiáveis na análise dos consumidores brasileiros.

    Dos entrevistados no país pela empresa de relações públicas Edelman para uma pesquisa sobre o assunto, 80% afirmaram acreditar nesses grupos. A média global é de 73%.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Entre os 12 países analisados, apenas na China há uma maior confiança nas companhias de capital aberto do que nas familiares de grande porte: 83% contra 80%.

    Enquanto a média global das empresas abertas foi de 64%, no Brasil, elas marcaram 75%.

    Performances superiores e maior preocupação com as comunidades costumam tornar as familiares mais confiáveis, de acordo com o relatório da Edelman.

    Os entrevistados também apontaram que creem mais nos fundadores das empresas do que em seus sucessores. Dos ouvidos, 69% afirmaram acreditar nos donos das grandes companhias e 54%, na geração seguinte. Foram entrevistadas 12 mil pessoas.

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    Teto no Reino Unido

    Quase sete em cada dez (67%) britânicos ouvidos para uma pesquisa disseram esperar um aumento no preço dos imóveis residenciais neste ano, de acordo com a consultoria Ipsos Mori.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Para um terço dos entrevistados (34%) pela empresa, a alta será de até 5%.

    Entre as maiores barreiras atuais para a compra de uma propriedade, os britânicos citaram o valor de entrada (61%), a insegurança com o emprego (50%) e a elevação nos preços (29%).

    Foram consultadas para o levantamento 1.970 pessoas com mais de 16 anos.

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    Troca... O grupo Sanofi, do setor de saúde, tem novo diretor-geral no Brasil. Pius Hornstein está desde 1º de janeiro à frente das duas maiores operações farmacêuticas da empresa no país, a Sanofi Farma e a Medley.

    ...de comando Até o fim de 2014, o executivo, de origem suíça, atuava como vice-presidente da companhia na Turquia e no Oriente Médio. O grupo Sanofi emprega 5.200 funcionários no Brasil.

    Balanço anual As vendas do setor de cama, mesa e banho do Estado de São Paulo avançaram 1,2% em 2014, segundo o Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos. Em dezembro, a alta foi de 2,5% ante o mês anterior.

    Novo no time O escritório de advocacia BM&A - Barbosa, Müssnich & Aragão tem um novo sócio. O advogado Hermano Barbosa passa a integrar a equipe, com atuação na área de direito tributário da banca.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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