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    Mercado Aberto

    Com R$ 260 mi, grupo vai ampliar porto em Manaus

    12/01/2015 03h00

    O terminal portuário privado Chibatão, localizado na margem esquerda do rio Negro, em Manaus, vai investir R$ 260 milhões até 2016 para ampliar as suas operações.

    O aporte inclui a expansão do pátio de cargas e também a compra de novos equipamentos e veículos.

    "[O investimento] vai aumentar a nossa oferta de serviços, principalmente aos clientes que fazem parte do polo industrial de Manaus", afirma Jhony Fidelis, diretor-executivo da companhia.

    Hoje, cerca de 80% da movimentação de cargas do complexo industrial passa pela estrutura portuária, de acordo com a empresa.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Com as obras, que foram aprovadas no fim de dezembro do ano passado pela Secretaria de Portos da Presidência da República, o pátio do empreendimento chegará a 358,5 mil metros quadrados.

    O local ganhará mais quatro guindastes sobre rodas -atualmente, são dez aparelhos em operação.

    O píer flutuante do porto também será estendido.

    "Só a ampliação do píer aumentará a capacidade em 50%. O terminal, que opera com quatro navios ao mesmo tempo, poderá receber simultaneamente seis", diz.

    No cais, uma nova ponte de acesso para carretas será construída, o que deverá reduzir o tempo de transporte de contêineres do pátio até as embarcações atracadas.

    As obras serão feitas com recursos próprios, ainda de acordo com o executivo.

    Em 2014, a movimentação de contêineres no local foi de 210 mil unidades.

    Além do porto, o grupo Chibatão atua na região Norte com armazéns logísticos, transporte rodoviário e navegação, entre outras áreas. São cerca de 3.500 funcionários em sete empresas.

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    Setor de implementos rodoviários recua 10,2%

    A indústria de implementos rodoviários, que engloba reboques e carrocerias, registrou retração de 10,2% nas vendas em 2014.

    No total, foram comercializados 159.618 mil produtos. Em 2013, haviam sido 177.795.

    "Já esperávamos uma diminuição porque o ano anterior havia sido muito bom. Mas a previsão era de que a queda ficasse ao redor de 5%", afirma o presidente da Anfir (associação nacional do setor), Alcides Braga.

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    Em 2013, houve uma antecipação das compras por causa da taxa de juros de financiamento, que chegou a 4%.

    Apesar do recuo em 2014, o empresário, que também é sócio da fabricante de implementos Truckvan, avalia o ano como positivo: "Ficamos acima do volume histórico."

    A média anual de venda da linha pesada é de 55 mil itens e da leve, de 100 mil. Em 2014, foram 56,5 mil e 103,1 mil, respectivamente.

    Para 2015, a projeção é de nova retração. "A queda deverá ser de pelo menos 5%. A economia está na retranca, os clientes têm uma frota nova e o BNDES diminuiu os financiamentos. Precisamos que os bancos privados voltem a conceder crédito."

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    Dívida maior no orçamento

    A média de famílias endividadas fechou 2014 com queda em relação ao ano anterior, mas o comprometimento da renda com o pagamento de débitos cresceu, de acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio).

    No ano passado, a parcela de famílias que relataram ter valores a pagar (não necessariamente de dívidas vencidas) foi de 61,9%. Em 2013, o percentual ficou em 62,5%.

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    O recuo na oferta de crédito e o consumo mais moderado das famílias foram os principais fatores que contribuíram para a redução, segundo o relatório da entidade.

    A parcela média da renda familiar comprometida com dívidas, no entanto, passou de 29,4% em 2013 para 30,4% no ano passado. A explicação está no aumento do custo do crédito, causado pela alta dos juros, na análise da CNC.

    A pesquisa foi feita com cerca de 18 mil consumidores em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal.

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    Mais do mesmo

    Nove em cada dez empresários brasileiros não estão confiantes em relação à economia do país em 2015, de acordo com estudo global da Grant Thornton.

    A parcela, registrada no último trimestre de 2014, caiu 15 pontos percentuais na comparação com os três meses anteriores.

    Entre os empresários entrevistados, 56% acreditam que o país vive um momento de instabilidade econômica.

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    Quando questionados sobre o governo, eles estão ainda menos otimistas: 72% acham que a nova política econômica não vai melhorar a percepção do país por parte dos investidores.

    Ainda segundo o estudo, 63% não acham que a presidente vai investir em reformas fiscal e política para o desenvolvimento do país.

    O Brasil ocupa a 22ª posição no ranking, abaixo de países como México e Nigéria. A média global ficou em 35% -no trimestre anterior, a parcela era de 43%.

    A pesquisa foi feita 10 mil empresas em 35 países, 300 delas no Brasil.

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    Voo... Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, está em sua primeira viagem internacional de 2015. Desde domingo (11), participa da reunião bimestral do Banco de Compensações Internacionais (BIS), na Basileia (Suíça).

    ...externo Além do encontro bimestral de presidentes de BCs, Tombini também estará no Comitê de Estabilidade Financeira (que define padrões para o setor), na mesma cidade. Ele volta na terça-feira (13) para Brasília.

    Compras... O e-commerce nacional fechou 2014 com um faturamento de R$ 39,5 bilhões, um crescimento de 27% na comparação com o ano anterior, de acordo com a ABComm (associação que representa as empresas do setor).

    ...na rede Para 2015, o segmento projeta um avanço de 26%. A evolução das compras por meio de aparelhos móveis, como smartphones, deverá ajudar a impulsionar a área, principalmente na categoria de serviços, diz a entidade.

    Editoria de Arte/Folhapress

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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