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    Mercado Aberto

    Vendas de farmácias têm alta de 12,8% em 2014

    09/02/2015 03h03

    As vendas do varejo farmacêutico desaceleraram no ano passado, mas o setor conseguiu crescer 12,8%, segundo dados da Abrafarma (associação do segmento).

    As grandes redes de farmácias fecharam 2014 com um faturamento de R$ 32,38 bilhões, de acordo com a pesquisa feita em parceria com a FIA-USP (Fundação Instituto de Administração).

    Editoria de Arte/Folhapress

    O ritmo de expansão ficou um pouco abaixo de 2012 e de 2013, quando as farmácias haviam avançado 16,7% e 13,8%, respectivamente.

    "O ano [de 2014] foi mais complicado, nós esperávamos até que o resultado fosse pior", diz Sérgio Mena Barreto, presidente da associação.

    A queixa do executivo está ligada principalmente ao período da Copa, em que houve um recuo nas vendas.

    Sobre os reflexos da retração do consumo causada pela piora do cenário econômico, ele disse que o impacto foi menor que em outras áreas.

    "O nosso segmento não está imune [à crise], mas trabalhamos com bens essenciais. O consumidor deixa de trocar de carro ou de comprar uma roupa, mas não pode ficar sem o medicamento."

    Assim como ocorreu em anos anteriores, a categoria de produtos que inclui os cosméticos e outros itens de conveniência avançou em ritmo mais acelerado do que a média -a alta foi de 14,7%.

    Também houve evolução de 6,4% na comercialização de medicamentos genéricos.

    Juntas, as maiores redes de farmácias encerraram o ano com 5.570 lojas, um crescimento de quase 10% em relação a 2013. O total de funcionários, por sua vez, aumentou cerca de 3%.

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    Queda do aluguel favorece consultorias imobiliárias

    Mesmo com o mercado imobiliário em desaceleração, as consultorias que atendem o setor estão crescendo.

    A queda do preço do aluguel do imóvel corporativo registrada em 2014 fez com que grandes companhias mudassem para escritórios melhores ou concentrassem todas as suas operações em um único local, em vez de tê-las espalhadas por diferentes pontos da cidade.

    Karime Xavier/Folhapres
    Lauralee Martin é CEO da Jones Lang LaSalle
    Fábio Maceira, CEO da JLL

    "A gente [as consultorias imobiliárias] ganha quando o mercado se movimenta. A taxa de vacância pode não se alterar, mas, se houver grandes empresas se mudando, nós nos favorecemos", diz o CEO da JLL, Fábio Maceira.

    "Não vejo hoje um crescimento no uso dos escritórios, mas há, por exemplo, empresas indo para locais mais baratos, como Alphaville, onde os impostos são mais baixos."

    Editoria de Arte/Folhapress

    Com as mudanças, as consultorias também elevam o faturamento ao oferecer serviços de gestão de obras.

    O valor pedido para a locação de espaços de alto padrão em São Paulo recuou 9,2% no ano passado, de acordo com a consultoria Cushman & Wakefield.

    "A queda do preço decorre da desaceleração econômica e da entrega de novos prédios", afirma Raquel Miralles, da Cushman.

    Só no último trimestre de 2014, foram concluídos 207,5 mil metros quadrados em São Paulo, o que representa 7% do estoque da cidade.

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    Recrutamento de fornecedores

    A rede LinkedIn vai anunciar nesta segunda-feira (9) um novo segmento de atuação no Brasil, voltado para vendas corporativas.

    A ferramenta, com lançamento previsto para o mês de maio, permitirá às empresas prospectar potenciais clientes e fazer contatos.

    "A equipe de vendas de uma empresa de tecnologia, por exemplo, poderá saber mais sobre seu futuro cliente e ter mais recursos para poder vender seu produto", diz Osvaldo Barbosa de Oliveira, principal executivo do LinkedIn na América Latina.

    Hoje, a companhia tem outras três fontes de receita: publicidade on-line, usuários premium (que pagam pela assinatura) e área de talentos (recrutadores de empresas).

    O segmento de vendas corporativas já existe desde julho de 2014 nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia.

    A empresa ainda não divulgou quando o produto chegará aos outros países da América Latina.

    O Brasil é a terceira principal operação para o LinkedIn, atrás dos Estados Unidos e da Índia.

    20 milhões é o número de usuários da rede social no Brasil

    US$ 2,2 bilhões foi o faturamento global da companhia em 2014, o equivalente a R$ 6,1 bilhões

    57% foi a participação da área de talentos no faturamento no 4º trimestre de 2014

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    Odontologia... A Neodent, brasileira de implantes odontológicos e instrumentais cirúrgicos, abrirá uma unidade em Bogotá. Da sede na Colômbia, a empresa atenderá ainda Equador, Peru e Venezuela.

    ...brasileira No segundo semestre deste ano, deverão ser abertos escritórios na Argentina (responsável também por Uruguai e Chile) e no México (que cobrirá todos os países da América Central).

    Coelho A fabricante de chocolates Arcor projeta um crescimento de 5% nas vendas do período de Páscoa deste ano, em relação ao mesmo intervalo de 2014. No ano passado, a empresa registrou uma evolução de 20%.

    Mimo... A rede de confeitarias e fabricante Ofner, com planta em Socorro, no interior paulista, espera aumentar em ao menos 15% o comércio de produtos para a Páscoa neste ano, na comparação com o mesmo período de 2014.

    ...doce A empresa prevê produzir cerca de 80 toneladas de ovos de chocolate e colombas pascais para vender no período. Foram contratados 200 funcionários temporários para trabalhar no atendimento e na produção.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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