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    Mercado Aberto

    Faturamento da Zona Franca cresce menos do que a inflação em 2014

    22/02/2015 03h00

    A alta do faturamento da Zona Franca de Manaus ficou abaixo da inflação no ano passado. Enquanto o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) avançou 6,41%, o polo industrial cresceu 4,74%, considerando os valores em reais.

    Quando se analisa o faturamento em dólares, o desempenho da zona foi pior: retração de 3,83%.

    O resultado negativo foi puxado pelo segmento de motocicletas, que registrou queda de 1,72% em reais e de 10,12% em dólares.

    "O ano não foi muito bom tanto para a economia mundial como para a brasileira, e a Zona Franca acompanhou essa tendência", afirma o superintendente em exercício, Gustavo Igreja.

    "Mas, se as motos tivessem um faturamento normal, teríamos tido uma alta em dólares", acrescenta.

    "Até 2008, o setor crescia em média 20% por ano. Depois, começou a recuar."

    A maior exigência de critérios para concessão de crédito é apontada como responsável pela retração.

    As vendas de televisores, que poderiam ter sido alavancadas pela Copa do Mundo, também não atingiram o desempenho esperado. Foram comercializadas 14,5 milhões de unidades, quando se projetava 16 milhões.

    A produção de aparelhos com tela LCD, que representam 87% das TV do polo, caiu 1,59% no ano.

    Apesar do desempenho fraco das empresas, a média de trabalhadores empregados por mês no local se manteve estável, com ligeira alta de 0,33%.

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    Leitos em Minas

    A rede Mater Dei, dona de dois hospitais em Belo Horizonte, planeja a construção de uma unidade em Betim, na região metropolitana da capital mineira.

    O investimento no hospital, que deverá ter cerca de 250 leitos, é estimado em R$ 150 milhões.

    "Compramos uma área de 256 mil metros quadrados e, neste momento, estamos na etapa de projetos", diz o presidente, Henrique Salvador.

    Um dos objetivos da expansão é acompanhar a crescente demanda de clientes de planos de saúde. Os convênios representam hoje 95% do movimento –a parcela restante é formada por pacientes particulares.

    A nova unidade focará a sua atuação em atendimentos de baixa e média complexidade. "A ideia é complementar a nossa rede, não competir com os dois hospitais que temos em Belo Horizonte", afirma o dirigente.

    A área escolhida deverá dar ao complexo um perfil regional, pois a estrutura ficará em um eixo que interliga Betim e Contagem.

    Os hospitais da rede que funcionam na capital têm, juntos, aproximadamente 650 leitos. O mais novo deles foi inaugurado no ano passado, após um investimento de R$ 350 milhões.

    "Ainda está em fase de maturação, com cerca de 70% de uso da capacidade."

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    Supermercados de SP têm alta de 1,25% nos preços em janeiro

    Os preços nos supermercados paulistas subiram 1,25% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo índice calculado pela Apas (entidade do setor supermercadista).

    No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, a inflação nos supermercados do Estado atingiu alta de 7,80%.

    No mesmo mês do ano passado, o índice em igual período foi de 2,70%.

    A pressão sobre os custos de produção e a menor disponibilidade interna de alguns produtos influenciaram no aumento da inflação.

    Entre seis categorias de alimentos pesquisadas, os hortifrutigranjeiros registraram a maior alta: 9,2%.

    O desempenho foi puxado pelos tubérculos, entre eles, a batata e a cebola, que tiveram elevação de 60,34% e 16,68%, respectivamente.

    No segmento de carnes, leite e cereais, a subida foi de 0,62% no mês. Entre os cereais, a maior alta foi registrada pelo feijão, com 19,59%.

    Os industrializados sofreram ligeiro avanço de 0,11% e as bebidas, de 1,16%.

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    Shopping na palma da mão

    A parcela de brasileiros que usam smartphones e tablets para fazer compras on-line é maior que a média global, segundo estudo da consultoria Ipsos.

    Cerca de 10% dos entrevistados no país afirmaram ter adquirido produtos pelo smartphone nos últimos 12 meses, em comparação com aproximadamente 9% das pessoas ouvidas em 22 países.

    O uso de tablets foi citado por cerca de 6% dos brasileiros, ante 5% da média global.

    A maioria (84%) consumiu pela internet no último ano com o auxílio de computadores e notebooks.

    Os Emirados Árabes Unidos são o país que mais gastou pelo celular (24%), seguido pela China (21%). O estudo, à pedido do PayPal, ouviu 17.500 pessoas no mundo.

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    Fim de ano europeu

    O humor do consumidor europeu melhorou no último trimestre do ano passado, segundo pesquisa da GfK feita em 28 países do continente.

    Houve, em quase todas as nações, evolução nos três indicadores avaliados pela consultoria. Apesar do avanço, ainda há grandes diferenças entre um país e outro.

    O índice que analisa as expectativas do consumidor com a economia, por exemplo, marcou 24,8 pontos na Espanha, mas ficou em -16,3 na Grécia e -35,4 na Itália.

    A escala vai de -100 a 100 (números mais elevados indicam maior otimismo).

    Foram entrevistados para o estudo 40 mil adultos.

    com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA

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    Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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